quarta-feira, 7 de setembro de 2011

CP reafirma encerramento de oficinas da EMEF na Figueira da Foz




A administração da CP reafirmou ontem a intenção de encerrar as oficinas da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) da Figueira da Foz, durante uma reunião com trabalhadores e representantes sindicais.

O representante do Sindicato Nacional dos Trabalhadores Ferroviários, assumiu que na reunião «conjunta» as administrações da CP e EMEF mantiveram a decisão de encerrar as oficinas da Figueira da Foz. «Não anunciaram nada que já não estivesse anunciado anteriormente. A EMEF, com o apoio do accionista, disse que a empresa é para encerrar a partir de 30 de Novembro», frisou.

A razão invocada, adiantou, passa por «alterações de exploração do operador [a CP] que tem vindo a reduzir a entrega de trabalho à EMEF», isto trocado por miúdos, quer dizer uma parte da manutenção é feita externamente à empresa. Mas tendo na mira o encerramento da Linha do Oeste (agora “desmentida”…) e a não reactivação do Ramal da Pampilhosa.

Nas instalações da Figueira da Foz, trabalham neste momento 34 trabalhadores, 10 por cento dos 340 que ali chegaram a laborar em meados dos anos 1980. Estes trabalhadores ou serão despedidos ou deslocalizados para as oficinas do Entroncamento.

Os trabalhadores da EMEF da Figueira da Foz vão reunir em plenário na quinta-feira, a partir das 14h30, para análise dos resultados da reunião de ontem.

Com a prevista privatização da CP Carga, da própria EMEF, com o previsto encerramento de linhas férreas consideradas “inoperacionais”, o governo cumprindo as medidas incluídas no memorando com Tróica, vai descapitalizando a empresa, para a tornar mais apetecível para os interessados na compra aos bocados desta empresa.

A luta dos trabalhadores só poderá ter como objectivo a NÃO privatização da CP e o seu desmantelamento. E esse objectivo só pode ser conseguido com um combate férreo e determinado por parte de todo os trabalhadores do sector dos transportes e na luta mais geral do povo trabalhador português por um governo democrático patriótico.

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