segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Um Seguro, inseguro e sem futuro

António José Seguro

O líder em funções, enquanto tergiversa na direcção a tomar para o voto sobre o OE 2012, dando conta pública que será na próxima quarta-feira, depois de ouvir a família política, Sócrates, que tem vários rastilhos de saudade, adianta-se a pedir o chumbo parlamentar do P”S”.

Com meses à deriva e a pesada herança de capacho da “troika”, Seguro não produziu qualquer ideia útil, mostrando o completo vazio que é este partido fora dos tachos do poder.

Com o país numa preparação surda para o combate às medidas reaccionárias deste Governo PSD/CDS, o P”S nem sabe o que fazer, quando o seu sim, não ou abstenção, em nada limpam as suas profundas responsabilidades na situação de falência em que nos encontramos, como em nada alteram a hipocrisia do seu respeito pelo decidido pela maioria parlamentar (não social), que pode assim levar os planos da “troika” em frente.

Como nem o movimento de contestação conta com este tipo de gente (ao nível das suas estruturas), para as acções de combate contra os articulados da ingerência estrangeira que assinaram e apenas resmungam o Governo, de levar mais longe as sub-intenções que o escrito acordo contempla.

O P”S” e o seu “socialismo democrático”, que não tem qualquer consistência filosófica mas tem substância prática à vista de todos, é claramente um partido de direita nas suas estruturas, devendo as camadas simpatizantes rejeitar as suas políticas e engrossar os protestos que se avizinham e assentam em contrariar a validação do roubo dos especuladores depois de saquearem a nossa economia.

Sobre a greve geral de 24 de Novembro e a sua justiça, esta seita não produziu quaisquer opiniões, sabendo que qualquer que seja o sentido do voto em nada impede, pela via parlamentar em que chafurdam, a passagem do OE e as medidas reaccionárias que a luta de rua pretende impedir. Eles sabem que o não valida, no que duvidamos tenha o apoio dos simpatizantes.

Seguro, que ainda não aqueceu o lugar, já recebeu de fora o sinal de que está a prazo, atrevendo-se o líder deposto (?!), a ditar ordens. Falta o velho cangalheiro, Mário Soares, do alto do seu repasto, também à conta do erário… dizer que não desejo o caos e devemos honrar os compromissos… sem que nos expliquem quem contraiu a dívida, a favor de quem e o que tem o povo a ver com isso.

Luis Alexandre

Poesia...

Vazias? Não amigo! Cheias...




“ (...) e muitas vezes (...), em que fugimos a sete pés,
de gentalha que se enche de coisas vazias."


Coisas vazias bem cheias!
Cheias do que, não tendo,
a tantos sofregamente tiram:
o grão que outros cultivam,
o pão que outros amassam,
o saber que outros criam,
e a quem os cínicos chefes de quina
servis servos de quem servo exige,
lacaios de quem julgam forte,
tão forte sacam e troçam,
humilham, ocultam, deturpam,
amesquinham, perseguem, matam.

Coisas vazias bem cheias
de balas, de fardas, de batas,
para que o que é diferente
sobre tudo pareça igual
e diferença nenhuma haja
entre o que rouba e o que é roubado,
entre o que sabe e o que faz que sabe,
entre o que pensa e o que só pensa
o que julga que o outro pensa que pode pensar-se;
o que julga que o outro julga
que pode fazer-se;
o que julga que pode aferir
recusando com que comparar.

Coisas vazias bem cheias.
Tão cheias do que tiram
que mal espaço fica
para o que de si fica!

27 Out 2011

Pedro Pacheco

domingo, 30 de outubro de 2011

Encerramento definitivo dos Correios da baixa...

Estamos de luto...




Obrigado senhor presidente Desidério Silva! Obrigado senhor presidente da assembleia municipal (futuro candidato do PSD à Câmara)!

O encerramento da estação de Correios deve-se à vossa incapacidade, tendo pelo meio as mentiras de Desidério Silva, o tal que afirmou que "a ser verdade, se juntava aos manifestantes" da acção de protesto desenvolvida no princípio do verão, quando os cidadãos souberam das manobras que se vinham desenvolvendo, com a preparação do buraco Labisa para passar a "pay-shop".

O PSD, na sua saga de defender em exclusivo os interesses privados com desprezo pelo serviço público, tem de ser chamado a prestar contas por todos estes actos lesivos dos interesses locais, deixando uma cidade em extensão, com um único verdadeiro posto de Correios, em zona de grande compressão e sem condições de comodidade para os utilizadores.

Subtilmente, o PSD vai deixando as suas marcas de desagregação, no urbanismo, na falta de condições de saúde, no desemprego e dificuldades das empresas, no aumento da pobreza, na criminalidade e agora com o fecho de um serviço público... de Correios.

É obra!


FORUM ALBUFEIRA
Espanha: 5 milhões de desempregados...



As previsões dos…especialistas… afirmavam que os nossos vizinhos, o reino de Espanha, pudesse vir a atingir 5 milhões de desempregados mas só em 2012…mas como sempre os especialistas, politólogos e outros “enganaram-se”… os registos agora revelados incluem o máximo histórico em termos de número de pessoas (4.978.300 trabalhadores) e a maior taxa desde o início desta crise: 21,5%.

Os dados referidos indicam que existem 1,43 milhões de lares com todos os membros desempregados e, no universo dos jovens com menos de 25 anos, a percentagem dos que não têm trabalho sobe para 45,8%...(Fonte)

E nós aqui tão próximos…(a previsão…mais uma…por cá no próximo ano, o desemprego chegará aos 13%...que na realidade serão 15%...).

Os povos só têm de impor a única saída para esta crise, uma saída revolucionária, afirmando bem alto, que esta Europa do capital não é solução.
Até 2014, Governo quer mandar embora 15 mil funcionários públicos




Com as medidas fascizantes que este governo quer impor, inseridas no OE 2012, afirmava que estas “impediriam” despedimentos na função pública, mas este governo, como o anterior, está cheio de pinóquios…agora pela voz do secretário de Estado da Administração Pública, este governo reaccionário admite que a redução de pessoal é um imperativo e que os cortes podem ir ainda mais longe. E não afasta a hipótese de despedimentos nem da redução para 12 dos vencimentos a pagar, anualmente, aos funcionários públicos, integrando os montantes equivalentes aos subsídios de férias e de Natal …é fartar!

Para além dos cortes salariais - que podem chegar, em dois anos, aos 40% dos actuais rendimentos dos trabalhadores do Estado -, o governo vai afastar pelo menos 15 mil funcionários até 2014. A redução de pessoal pode ser atingida com a simples passagem à aposentação dos trabalhadores, mas, admite o secretário de Estado da Administração Pública, "não poderão à partida ser excluídas quaisquer possibilidades ou medidas que possam vir a concretizar esse ajustamento"…meia palavra basta!

Existirá mais dúvidas para que os sindicatos actuem com firmeza e com determinação para lutarem contra estas medidas draconianas? Bastará lamentarem-se ou fazerem umas passeatas? Do nosso ponto de vista esse caminho levará os anseios dos trabalhadores de derrota em derrota. O combate tem de ser de luta dura, com objectivos bem explícitos, e para impor uma derrota clara ao governo, só o derrube deste governo e em contrapartida um Governo Democrático Patriótico é que interessará aos trabalhadores.

Protestos em Salonica...

Protestantes gregos chamam traidor ao presidente e impedem parada militar

Karolos Papoulias

sábado, 29 de outubro de 2011

A crónica do correio da Manhã...

Desidério dixit



Depois de várias crónicas inócuas, completamente de auto elogio para consumo de quem não conhece a realidade do concelho, com correspondência nas suas ausências das sessões públicas de Câmara para dar a cara, Desidério Silva, pega num tema de actualidade - o corte de recursos centrais -, ditados pelo Governo da mesma côr partidária, para escamotear as ineficiências anteriores da sua gestão e objectivamente as de futuro.

A intenção é absurdamente clara, encontrar justificações para o não cumprimento das promessas eleitorais, à sombra da crise e do corte da transferência de verbas do Estado central, quando a autarquia viveu anos de desafogo assente nas taxas autárquicas mais elevadas do país, recursos que foram desperdiçados e precisam ser explicados no futuro...

Desidério Silva, escreve hoje o que escrevia debaixo da gestão nacional do P"S", que Albufeira merece uma distribuição de verbas em função do movimento de ocupação turística, mas omite a ineficácia dos milhões recebidos e injectados no Programa Polis/Câmara, que deveriam ser orientados para o desenvolvimento e criação de mais-valias privadas e públicas, com os resultados a tomarem o sentido oposto, de degradação da actividade económica e das receitas camarárias.

No êxtase da despedida, com 10 anos de presidência e 4 de vereador das obras privadas a convite do presidente P"S" (Arsénio Catuna), Desidério Silva, o homem da régua e esquadro, procura um rasto de desculpabilização para o desordenamento construído com intenção, no gozo dos orçamentos mais elevados de sempre.

Mas parece que tal como o P"S" não ouvia, o seu partido, o PSD, também não o ouve, nem mesmo com crónicas... porque falta o sentido de demarcação, que é escolher entre servir a estratégia central do partido e os os interesses locais que prometeu defender...

Este tipo de política está em escrutínio...



FORUM ALBUFEIRA
EM FRENTE COM A GREVE GERAL DE 24 DE NOVEMBRO!

PELO DERRUBE DO GOVERNO FASCIZANTE PSD/CDS!

POR UM GOVERNO DEMOCRÁTICO E POPULAR!

TNC: Polícia repete operação nocturna e arresta mais cinco camiões da sede da empresa



C
erca de meia centena de polícias voltaram a coberto da noite, - mostrando mais uma vez, pura cobardia, - à sede da empresa TNC, em processo de insolvência, e arrestaram mais cinco camiões, repetindo a operação nocturna de há duas semanas.

Esta miserável acção policial teve início por volta das 22h45 de ontem e durou perto de duas horas. As cinco viaturas saíram da empresa de Alverca, escoltadas pelos agentes e seguiram no sentido de Vila Franca de Xira, sem se saber o destino das mesmas…mas nós desconfiamos…informações por nós recolhidas, os veículos TNC estarão a ser recuperados pela nova empresa (irmão da administradora da TNC), para as instalações da TNC2 ou WE GO…é fartar vilanagem

Os trabalhadores foram, mais uma vez, apanhados de surpresa. Sentem-se indignados e revoltados com o novo arresto de bens, uma vez que a juíza do Tribunal do Comércio de Lisboa (TCL) já suspendeu a liquidação da transportadora e agendou para 5 de Dezembro uma nova assembleia de credores, onde será votado o plano de viabilização…está demonstrado que os trabalhadores a esperar que judicialmente a sua situação seja resolvida, só para as calendas gregas…e já agora uma sugestão, porque não os trabalhadores cercarem a empresa TNC2 e verificarem se os ditos camiões não estarão por lá…a luta é dura, mas os trabalhadores não podem vergar!

Mais uma história do gato e do rato...

As acções injustas da nossa... "Justiça"...







A benevolência do Estado volta a abrir as algemas. E as consequências?




Fábio cigano, conhecido meliante e perigoso, foi solto. Fábio cigano, teve melhor tratamento da Justiça do que muitos pés descalços que roubam por razões de desespero.


Até as autoridades que o prenderam, com razões e custos para o Estado, estão receosas de represálias de um indivíduo desta natureza.

Mais uma vez a interpretação da lei determina que um reiterado ladrão e psicopata, de calibre perigoso, esteja em liberdade.

No mínimo, os cidadãos estão perplexos!



FORUM ALBUFEIRA

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Poemas políticos...



3 poemas políticos…

fora a batalha vencida
e os guerreiros tiveram o seu repouso
mas
pé ante pé
os ventos juntaram nuvens
repentinamente as tendas foram varridas por temporais de holocausto
os heróis apunhalados
e o sol se pôs de novo em mãos dos usurpadores

ó bravos
juntai os sobreviventes
formai de novo os exércitos
enfrentai nova peleja
para que a luz do sol aqueça o infinito
e as multidões se embebedem de alegrias
é necessário que o sangue corra sem cessar

não te submetas

e se os traidores chegarem com disfarces
para atacarem o fogo da tua revolta
repele-os para tão longe que possas
no espaço livre que fica
assumir-te no risco da identidade completa

a cobardia é sempre uma morte infame

Joaquim Murale (n. 1953)

(extraído da colectânea de poesia «Poetânea 4» - coordenação de Julião Bernardes - Lisboa, Fevereiro/2006)

Fatalidades no aeroporto?

Destruição do tecto do Aeroporto de Faro.

Para o bem e para o mal, o aeroporto fica no concelho de Faro. Mas, depois das más experiências quando das poeiras vulcânicas, deixamos que mais um anátema se abata sobre o nosso nome, porque não aprendemos nada na arte de bem cuidar das pessoas.

O cidadão comum, face aos acontecimentos e à imagem de confusão instalada e do atendimento surrealista, apenas ultrapassado pelo profissionalismo, tem o direito de perguntar se tudo foi mais uma fatalidade deste país.

A estrutura de uma gare aeroportuária debaixo de milhões de olhos, poderá sucumbir a uns ventos ciclónicos de curta duração? Não deveria!

Uma estrutura desta dimensão e importância para albergar a passagem de milhões de pessoas, na grande maioria portadores de uma mensagem para fora, não pode proporcionar este tipo de espectáculo. Não seremos capazes de melhorar os níveis de resposta em termos de protecção civil e comodidade possível para passageiros (comprem as tendas do Kadafhi em 2ª mão)? E qual foi o papel de intervenção da Câmara Municipal, que não teve visibilidade nenhuma?

Sobre o acidente, parece-nos limitador atribuir as responsabilidades a um fenómeno atmosférico, que a engenharia está preparada para enfrentar. Os materiais cederam e deveriam estar acautelados para situações extraordinárias.

Abrem-se as portas para as investigações das autoridades da aeronáutica civil, com uma palavra a dizer para as conclusões e as acções posteriores. Só tivemos feridos mas poderia ter sido pior. Mas não foi fatalidade.

Estes factos da leveza da planificação de edifícios e as facilidades da engenharia civil e autoridades fiscalizadoras, levam-nos a pensar na imensa tragédia que será no Algarve, a forte probabilidade de um terramoto com epicentro num raio curto da região.

Temos um micro-clima que nos ajuda no sustento mas, não estamos imunes a situações de elevada gravidade… as falhas estão do nosso lado… e já levamos duas lições.

Luis Alexandre

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

EM FRENTE COM A GREVE GERAL DE 24 DE NOVEMBRO!

PELO DERRUBE DO GOVERNO FASCIZANTE PSD/CDS!

POR UM GOVERNO DEMOCRÁTICO E POPULAR!



A Greve Geral de 24 de Novembro é um passo dos trabalhadores portugueses contra as políticas deste Governo lacaio dos interesses estrangeiros, que leva e traz ordens para nos obrigar a pagar uma dívida contraída em favor dos interesses especuladores que minaram a nossa economia.

A 24 de Novembro devemos sair à rua para chumbar o Orçamento e criar as condições políticas futuras para as mudanças que reponham a independência nacional e linhas de desenvolvimento com base na produção nacional, nos seus recursos e nas capacidades do nosso povo!
Trabalhadores do Pingo Doce em luta contra as condições de trabalho



Os trabalhadores do Pingo Doce estão hoje concentrados em algumas lojas do país, exigindo aumentos salariais, cumprimento dos horários definidos semestralmente, melhores condições de higiene e a atribuição de um cartão de descontos para funcionários.

A loja de Algés, em Oeiras, foi uma das escolhidas para estas concentrações. No local, estiveram trabalhadores a distribuir panfletos informativos aos clientes, envergando também com bandeiras do CESP (Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal). «Estamos aqui para reivindicar aumentos salariais: queremos para 2012 um aumento de um euro por dia e queremos que o nosso subsídio de alimentação sofra um aumento para passar para os 5,65 euros. Gostávamos que nos fosse dado o cartão funcionário que já muitas empresas da concorrência têm, que atribui aos funcionários um desconto de oito por cento nas compras feitas em loja», disse uma trabalhadora sindicalista do Pingo Doce.

A sindicalista, que trabalha no Pingo Doce desde 1994 e está actualmente no CESP a tempo inteiro, referiu ainda que, apesar de os horários dos trabalhadores estarem organizados a seis meses e «afixados para a ACT [Autoridade para as Condições do Trabalho] ver», «na realidade, os praticados são muito diferentes e todos os dias [os funcionários] têm horários diferentes», o que viola o definido no Acordo da Empresa. Horários, esses, que as diversas lojas impõem indiscriminadamente, usando só o critério dos patrões e seus chefezinhos locais.

A higiene é outro dos problemas apontados e denunciados pelos trabalhadores, há várias lojas que não asseguram as condições mínimas de higiene aos trabalhadores: «Nesta loja (Algés), por exemplo, temos falta de higiene nas casas de banho, sobretudo na das mulheres», sendo frequente a ocorrência de infecções urinárias.

A empresa, não tem dialogado com os trabalhadores: «Antes de convocar a concentração, enviámos uma carta à empresa para nos receber. A resposta foi um ofício a dizer que não tinham disponibilidade nas datas que tínhamos proposto mas também não apresentaram alternativas», afirmou a sindicalista. A última reunião, raras, aconteceu «no ano passado, no Ministério do Trabalho», coisa que não voltou a acontecer desde então e que já não acontecia «há vários anos» concluiu a trabalhadora.

E soube-se hoje que o resultado líquido do grupo, entre Janeiro e Setembro, aumentou 32% em relação ao ano transacto. Para além disto, também hoje se fica a saber que o grupo vai expandir-se para a América do Sul, mais propriamente para a Colômbia…é fartar!


A luta destes trabalhadores, - a maioria deles a trabalhar com contratos precários, falsos recibos verdes, mal pagos, e em condições que não cumprem no mínimo, na maioria das vezes, os Acordos de Empresa, (por exemplo. no último 1º de Maio milhares de trabalhadores foram forçados a trabalhar nesse dia), - é mais que justa, e por isso é fundamental que insiram esta sua luta no combate mais geral contra o governo, mostrando que no dia 24 de Novembro aderem à Greve Geral, pelo derrube deste governo e pela constituição de um Governo Democrático Patriótico.

Protestos em Portalegre pelos Centros de Saúde




C
om raiva contida, mas determinada, centenas de pessoas, utentes, representando a população de Avis, protestaram nas ruas de Portalegre, contra a redução dos horários dos Centros de Saúde e o encerramento de muitas extensões nas aldeias.

O povo demonstrou junto a Unidade de Saúde Local do Norte Alentejano a sua indignação contra o encerramento dos postos de saúde, que este governo se prepara para fazer, mais vez contrariando as necessidades das populações no interior do país, que na última década têm sofrido um abandono sistemático por parte dos serviços, sejam correios, hospitais, centros de saúde, escolas, tribunais, notários e outros, aumentando assim, criminosamente, a desertificação nestas terras.

A luta destas mulheres destes homens é mais que justa, a raiva e a zanga demonstradas na reportagem, mostram que não estão dispostos aceitarem mais ataques á sua dignidade como seres humanos e viventes com direitos inalienáveis.

As filigranas e os “retrates”

Cumprindo a sua palavra (haja uma vez), a ACRAL accionou um gabinete de advogados seu parceiro, dirigindo-me uma carta registada a pedir que me retrate em oito dias (escusado será dizer que o tempo já expirou), no mesmo local (este), pelo conteúdo do meu texto publicado em Julho e que incomodou as excelências.

Diz o arrazoado jurídico do texto, longo e inexplícito, como convém, que o senhor João Rosado, presidente em exercício, se sente ofendido no bom nome, tal como a associação e que, para salvar a minha pele, eu devo retratar-me publicamente.

Como não tiro uma vírgula à minha liberdade de opinião e não vejo ofensas (esta gente que ocupa cargos julga-se protegida), porque se as houver serão em sentido inverso, na opinião pública e nos comerciantes, que ficaram espantados com o alcance das novas capacidades desta associação e a deriva no campo de intervenção.

Longe vão os tempos de dificuldades de tesouraria (?!), que com a entrada deste super gestor presidente, levaram uma volta para novas aventuras que em nada percebemos os fins no que concerne aos interesses dos comerciantes que, afinal, são o objecto fundamental da actividade estatutária desta associação.

No meu texto pedia-se o esclarecimento sobre a origem dos recursos, que não teve qualquer explicação pública (sintomático), nem na carta dirigida, mas veio do blogue “Olhão Livre”, que lançou um novo anátema afirmando que a compra do jornal online “O Observatório do Algarve”, que tem como co-proprietário Nuno Aires, vice-presidente da ERTA, foi feita pela Canalalgarve, detida pela ACRAL, que recebeu um subsidio de igual montante do valor da compra, atribuído por este gestor da entidade de Turismo do Algarve, onde se configura um tráfico de influências e meios, não desmentido.

Quase em simultâneo, o director do quinzenário “A Avezinha”, com sede em Paderne, escreveu em editorial uma queixa direccionada a denunciar uma mudança de critérios da atribuição da publicidade oficial em benefício de preferências, onde aparece o “O Algarve”, agora o palco de tudo o que cheira a “poder”.

As acusações que me são dirigidas, que nos critérios democráticos julgo sem consistência, não me demovem de exercer a minha actividade crítica sobre esta associação que tem um rasto de morte e compadrio com factos que não me importo de levar a Tribunal.

Aí sim, espero que o meretíssimo Juiz me prove a necessidade de retratar, caso seja aceite mais uma nova perda de tempo nos Tribunais, por umbigos mal resolvidos!

Luis Alexandre