Antes de sairmos do Palácio das Laranjeiras pedimos o agendamento de uma reunião com o Ministro da Educação para o início da próxima semana e aguardamos a confirmação da data concreta. Na agenda temos muitas lutas por travar e para confrontar quem nos (des)governa: ilegalidade dos concursos, direito à compensação pela caducidade do contrato, vinculação ao fim de três anos de contratos anuais, critérios transparentes nas Ofertas de Escola, um ensino de qualidade e com menos alunos por turma. Na próxima terça-feira faremos nova reunião, para a qual todos/as estão convidados, às 18h, na sede dos Precários Inflexíveis (Rua da Silva, 39).
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Antes de sairmos do Palácio das Laranjeiras pedimos o agendamento de uma reunião com o Ministro da Educação para o início da próxima semana e aguardamos a confirmação da data concreta. Na agenda temos muitas lutas por travar e para confrontar quem nos (des)governa: ilegalidade dos concursos, direito à compensação pela caducidade do contrato, vinculação ao fim de três anos de contratos anuais, critérios transparentes nas Ofertas de Escola, um ensino de qualidade e com menos alunos por turma. Na próxima terça-feira faremos nova reunião, para a qual todos/as estão convidados, às 18h, na sede dos Precários Inflexíveis (Rua da Silva, 39).
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
A arte de cavalgar…
A forma como a crise geral se está a reflectir na região algarvia, evidenciando todos os estrangulamentos de que padece, fruto das várias indiferenças governamentais e das forças partidárias que as compuseram, leva a que as extensões políticas de cobertura se reorganizem e procurem novas formas de controlo e expressão sobre o generalizado descontentamento.
Nessa orientação que os tempos recomendam, um processo novo foi encontrar parceiros enraizados em correntes da opinião pública organizada, estando a ACRAL nessa linha e sobretudo nessa disponibilidade, pela grande empatia que criou com os poderes locais no terreno das decisões de inundar o Algarve com a grande distribuição.
A ACRAL, uma associação cuja actividade mais saliente consiste no acompanhamento dos funerais das pequenas e médias empresas da região e sustenta muitas das suas iniciativas com o regalo dos dinheiros do fundo de instalação das grandes superfícies, descobriu ou sopraram-lhe uma nova vocação, enveredando por projectos editoriais comprados (“O Algarve” e o “Observatório do Algarve”) e acabou de arrecadar uma maquia europeia para venda de serviços de imagem exterior para os sócios e demais, cada vez mais depenados pela crise.
Basta abrir o jornal “O Algarve”, um dos títulos em posse, para percebermos que quem por ali debita e vegeta intelectualmente, são todos os círculos do poder local e regional que decisivamente têm amortalhado o comércio local, ligados ao poder central de apoio à “troika” e aos seus desmandos sobre o país, onde estão encomendadas mais asfixias.
A abordagem desta estratégia desviante dos interesses específicos dos comerciantes, é tão importante como a ausência desta associação da luta pelas soluções dos problemas próximos e estratégicos da região, como ainda está a criar outros não tão visíveis e que começam a ser denunciados.
No último editorial do quinzenário “A Avezinha”, o meu amigo Arménio Aleluia, decano director e proprietário, lançou um grito lancinante, denunciando a quebra da relativa equidade e a transferência dos privilégios dos anúncios oficiais para o jornal “O Algarve”, deixando à míngua muitos dos jornais regionais que com largos sacrifícios produziram a cobertura dos acontecimentos locais e regionais.
Começam a perceber-se no horizonte os contornos da estratégia, por um lado aglutinar a força da opinião do poder que ali tem uma janela escancarada, sustentada por via de pagamento, com a primazia na publicidade oficial das diferentes entidades.
O que temos, em linguagem simples, é que as diferentes autoridades que de forma hipócrita se serviram e elogiam o trabalho da imprensa regional, em nome dos seus exclusivos interesses, elaboraram estratégias com objectivos muito concretos, por um lado, concentrando meios e informação de suporte dos seus propósitos e, por outro, procurando reduzir a influência ou silenciar formas de expressão que lhes não são fiáveis.
Esta é claramente uma manobra planeada, com objectivos pouco transparentes e que terá novos desenvolvimentos para que lhe percebamos os objectivos, que estarão mais perto da linha que vem derrubando a região…
Luis Alexandre
Afirmam que só abandonarão as instalações do Palácio das Laranjeiras quando lhes for dada uma resposta cabal à sua indignação, por verificarem que os resultados das colocações, publicadas pelo ministério no passado dia 19, conterem muitas "irregularidades no concurso de professores" que "devem ser imediatamente corrigidas".
A última é querer reduzir as obrigações de comunicação das empresas à Autoridade para as Condições de Trabalho. Entre elas, os horários de trabalho, intervalos para descanso, isenções de horário e alargamentos dos períodos de laboração…cumprindo como óbvio o memorando com a Tróica! É fartar Vilanagem!
Com o pretexto de “agilizar” os mecanismos…esta medida se for avante irá impor uma arbitrariedade monstruosa, fazendo terminar com obrigações das empresas que constituíam um primeiro filtro (já de si não cumprido milhentas vezes) do cumprimento da lei.
Concretamente, a medida prevê que a empresa deixe de ser obrigada a comunicar à ACT o regulamento interno da empresa, “podendo ser dispensado pela sua mera publicitação em local de trabalho”. A Comissão de Trabalhadores ou, “na sua falta, as comissões intersindicais, as comissões sindicais ou os delegados sindicais” terão de ser ouvidas…vilanagem!
A empresa deixa de ter de pedir autorização à ACT para reduzir ou acabar com o intervalo de descanso, do mesmo modo se passa com o mapa de horário de trabalho que se pretende deixe de ser obrigatório o seu envio prévio à ACT, a desculpa para esse procedimento por parte do governo ainda é pior que o soneto…”o envio do mapa do horário de trabalho não assegura a integridade do documento nem o escrupuloso cumprimento mesmo, facto que apenas uma acção inspectiva pode acautelar”…é fartar!
Crónicas de Vasco Barreto
Contando que o nosso País tem como tradição o nacional-porreirismo e o desenrascanço a actividade náutica não podia fugir à regra.
É visível e palpável que alguns barcos da marítimo-turística têm por hábito navegar com excesso de lotação embora a situação tenha melhorado nos últimos anos. Quanto ao tráfego local e ao recreio continua uma desgraça.
Algumas pequenas lanchas que fazem a travessia para a ilha na jurisdição de Tavira parecem autênticos autocarros de passageiros. Na jurisdição de Olhão há pequenas lanchas da marítimo-turística com excesso de motorização. Na parte da tarde com o regresso das lanchas das ilhas na jurisdição de Faro, ficamos com a sensação de avistar-mos pequenos submarinos na medida que não se consegue ver os cascos mas apenas as pessoas de pé dentro de água tal é a carga
Na medida que a policia marítima aparenta não se preocupar com esta situação é lógico e desejável que o Ministério do Mar decida obrigar a afixação das lotações das lanchas profissionais nos cascos, em locais bem visíveis, afim de alertar os próprios passageiros.
Vasco Barreto
Albufeira
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
De novo Fado, Futebol e Fátima... recuperados pela democracia burguesa...
Cavaleiros da Ordem do Infante Dom Henrique…
O meu nome é Catarina Patrício, sou licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, fiz Mestrado em Antropologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, sou doutoranda em Ciências da Comunicação também pela FCSH-UNL, projecto de investigação "Dissuasão Visual: Arte, Cinema, Cronopolítica e Guerra em Directo" distinguido com uma bolsa de doutoramento individual da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
Sinto orgulho em muitos dos professores que tive, tanto no ensino secundário como no superior. Sinto orgulho em tantos pensadores e teóricos portugueses que Vossa Excelência deveria condecorar. Essas pessoas sim são brilhantes, são um bom exemplo para o país... fizeram-me e ainda fazem querer ser sempre melhor. Tenho orgulho nos meus jovens colegas de doutoramento pela sua persistência nos estudos, um caminho tortuoso cujos resultados jamais são imediatos, isto numa contemporaneidade que sublinha a imediaticidade. Tenho
orgulho até em muitos dos meus alunos, que trabalham durante o dia e com afinco estudam à noite...
São tantos os portugueses a condecorar...e o Senhor Presidente da República condecorou com a distinção de Cavaleiro da Ordem do Infante Dom Henrique jogadores de futebol... e que alcançaram o segundo lugar...que exemplo são para a nação? Carros de luxo, vidas
repletas de vaidades...que exemplo são?!
Apresento-lhe os meus melhores cumprimentos,
Catarina”
terça-feira, 27 de setembro de 2011
O país… que faz de conta
Com a populaça entretida a desancar o senhor Jardim, os seus comparsas do continente ensaiaram mais uma manobra de encobrimento dos seus próprios abusos.
Numa decisão com certeza concertada entre a coligação no Governo e o P”S”, os principais interessados, foi extinta a IGAL – Inspecção Geral da Administração Local e exonerado o seu chefe.
Na hora da despedida, este chefe máximo, conhecedor do volume e dos conteúdos dos processos em curso ou terminados sobre irregularidades na gestão autárquica, não deixou de desabafar o que lhe ia na alma, dizendo para a imprensa e para dentro do poder, “que a corrupção ganhou”.
Deduz-se de tão grave acusação, que estaria em cima da mesa matéria criminal de vulto que havia sido investigada e deduzida acusação sobre elementos da política que gerem as autarquias do país e, por extensão, funcionários de vários níveis.
Esta manobra da extinção e da exoneração, pela oportunidade e a par das afirmações de um cidadão responsável máximo por uma entidade fiscalizadora, não pode passar ao lado de uma investigação por parte dos órgãos superiores do Ministério Público (DCIAP).
Apesar do actual contexto, em que as forças do poder procuram controlar os fluxos de opinião que não concorram para o cumprimento das imposições da “troika”, estas declarações não passaram completamente despercebidas e levaram o responsável português pela Transparência Internacional, a considerar “um erro a extinção da IGAL e que nunca tinha visto grande empenho da ANMP (Associação Nacional de Municípios) no combate à corrupção”.
De pronto e sentindo-se alcançada, esta estrutura supra-municipal – a ANMP -, reage com ênfase às declarações de Luis de Sousa (TI), exigindo-lhe provas da falta de empenho…, enquanto o desaparecimento da IGAL e a profundidade das acusações do seu dirigente não merecem atenção e muito menos qualquer exigência de aclaração…
Sendo as autarquias um velho alvo de variadas afirmações públicas de corrupção, a atitude do Governo PSD/CDS, quando está em palco a gestão do seu principal partido no desbaratar dos dinheiros públicos na Madeira e quando as próprias autarquias vão implodindo uma a uma pelas mesmas razões – as dívidas estranguladoras -, deveria ter sido de proceder ao cabal esclarecimento, ao contrário da decisão para enterrar o trabalho de anos… de investigações com custos sobre o erário… e a necessidade de transparência na maior rede de intervenção partidária.
O clima de embaraço na gestão pública é notório. Os partidos da “troika”, PSD, P”S” e CDS, que sempre dividiram o poder, conduziram o país ao estado de pobreza em que está e se arvoram em salvadores roubando o povo e lançando a economia numa recessão prolongada e sem precedentes, neste episódio, mostram que têm muito a esconder… engrossando as desconfianças da população nas instituições e na forma como as manipulam…
No desmantelamento da IGAL não estarão razões economicistas…, não nos tomem por parvos, nem o grito lançado para a sociedade se pode perder na surdez do DCIAP…
Luis Alexandre
Crónicas de Vasco Barreto
O descalabro turístico desta cidade que já foi uma das grandes potencias económicas do Algarve, começou logo com a administração do presidente Gracias.
A extinção da descarga do pescado na lota velha; a transferência dos barcos do turismo para o cais comercial; a construção da marina no local errado e por fim a extinção da sardinha assada na lota velha foi a machadada final.
Construíram depois a marginal gay também com palmeiras como não podia deixar de ser. Os ignorantes autarcas nunca conseguiram perceber que a cidade não é afecta à hospedaria e não precisa de jardins e marginais às moscas. Portimão é uma cidade comercial e a baixa tem de funcionar em conformidade. Afecta à hospedaria é a Praia da Rocha. A lota velha era ampliada; o rio era dragado para dar acesso aos arrastos costeiros; a marina era fixada entre o pontão velho e o convento; os barcos do turismo operavam a partir da marina e a sardinha assada ficava no mesmo lugar. A outra banda do rio ficaria para os armazéns, amarração e estaleiro. Temos a baixa da cidade às moscas a olhar um rio já cadáver.
A ignorância acabou por matar uma potencia turística.
Vasco Barreto
Albufeira
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Quer a Alemanha, quer a França, verberam países como Portugal, a Grécia e a Irlanda, sobre o estado a que os governos desses países levaram a dívida e incitam, antes impõem, que obriguem os seus povos, que nada tiveram a ver com esta dívida e nada dela beneficiaram, a pagá-la.
Ao governo da Tróica interessa que a redução do número de trabalhadores se faça pela via das reformas antecipadas com cortes nas pensões, antes de chegar ao despedimento, encostando assim com esta chantagem permanente, os trabalhadores para que aceitem o corte que não ultrapasse os 30% do valor do último salário, (funcionários com 55 anos de idade).
domingo, 25 de setembro de 2011
Ainda a dívida da Madeira...
O devorador com bons amigos no continente... igualmente devoradores...
Éramos e vamos continuar amigos... o Jardim despesista e trafulha?... não lhe podemos atirar a primeira pedra...
sábado, 24 de setembro de 2011
Poemas de José Armando Simões
Derrames de super-egos, deprimidos?
De políticos nos seus empregos, merecidos!
1.
Sobre a dívida da Madeira
"Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?"
(Catilinárias)
Jardim e Catilina... iguais provocações? Não!
Catilina foi valente, foi frontal!
Jardim foi cobarde... e desleal!
Pode ser que desta vez se trame, dado o vexame.
2.
Outro derrame sinistro dos super-egos
Foi com ex-ministro da Revolução dos Pregos
Quando a ética cedeu aos autos de notícia
Lidos em catadupa pelo mandante da Polícia.
José Armando Simões
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Onde pára o Ministério Público...
Numa decisão com certeza concertada entre coligação no Governo e o P"S", foi extinta a IGAL - Inspecção Geral da Administração Local.
Na hora da despedida, o seu chefe máximo, conhecedor do volume e dos conteúdos dos processos em curso sobre irregularidades na gestão autárquica, não deixou de desabafar o que lhe ia na alma, dizendo para a imprensa e para dentro do poder, "que a corrupção ganhou".
Deduz-se de tão grave acusação, que estaria em cima da mesa matéria criminal que havia sido investigada e deduzida acusação sobre elementos da política que gerem as autarquias do país.
Esta manobra da extinção e da exoneração, pela oportunidade e a par das afirmações de um cidadão responsável máximo por uma entidade fiscalizadora, não podem passar ao lado de uma investigação por parte da cúpula do Ministério Público.
Mas como vivemos num país faz de conta e altamente controlado pelos aparelhos dos partidos parlamentares, o mais provável é o saco roto... da impunidade!
FORUM ALBUFEIRA
Portagens: as consequências da derrota…
Com as portagens em tiro de partida, o retrato de família dos seus apoiantes, dos que não concordam mas aprovam, dos que não aprovam mas votam favoravelmente, dos que se escondem atrás de propostas para o caixote de lixo e, em especial, daqueles que nunca se comprometeram de boca e escrita mas não assumem o compromisso para com a região, não parou de engrossar.
Mesmo com uma nova contestação na agenda, nos limites de cumprir um programa…, a capitulação das instituições de poder e a falta de empenho das figuras que se dizem representativas da região, fazem pairar um ar fúnebre onde as carpideiras se preparam para fechar o ciclo.
Com mais cobres prestes a serem arrancados dos bolsos dos algarvios, vão espalhar-se pela estrada toda a justeza da panóplia de argumentos levantados e que esbarraram na obstinação de fazer receita.
Todos os princípios e sobretudo o pagamento da enorme dívida para com os algarvios, que determinaram em longos anos a concretização da “Via do Infante”, vão ser rasgados e fazem regredir a região aos velhos congestionamentos da EN 125 e à abertura de mais sepulturas e traumatizados entre as famílias.
Ao Governo e aos seus agentes na região, particularmente aqueles que fundamentaram a sua cambalhota na condição da requalificação da EN 125 e na solidariedade do pagamento da dívida, esquecendo que dois terços da via são estrada nacional e a única digna desse nome, devem ser imputadas todas as responsabilidades sociais e políticas no futuro.
Tendo sido a questão das portagens o maior ponto de unidade dos algarvios nos últimos tempos e a frente de luta com mais tempo em curso, devemos reflectir as razões e as responsabilidades da causa… quase perdida…
As razões, de profunda raiz política, estão nas contradições e nos interesses tácticos e estratégicos dos dois partidos do bloco central, que agitam os problemas e os gerem no interesse da luta permanente que travam pelo controlo do poder. Todas as causas entram nesta voragem, nunca contando os verdadeiros interesses das populações.
Quanto à direcção actual da contestação, balbuciou a saída da desobediência civil… mas volta aos engarrafamentos.
Composta por partes da “esquerda” parlamentar que privilegiou o diálogo com quem não quer ouvir, esta desdobrou-se em projectos de lei para o lixo, retirando valor à mobilização em massa para a estrada, envolvendo todas as forças da sociedade civil, com particular importância para os Sindicatos, que são transversais e podem vencer os constrangimentos provocados pelo recuo das instituições oficiais e dos seus dirigentes.
No actual contexto de estrangulamento da actividade económica e financeira da região e quando os rumores de lentidão na requalificação da EN 125 são correntes, nem o próprio Governo sabe contabilizar as consequências das portagens…, sabendo que recairão sobre a população.
Chegámos a um ponto crucial da nossa vida colectiva e a questão das portagens tem um significado muito relevante, onde a vitória sobre o centralismo cego nos abrirá as portas para novas transformações…
Luis Alexandre