quarta-feira, 28 de maio de 2014



De repente… o mar ficou azul…

Comprovando que a política é feita de vozes e patamares, logo não estamos a falar de fantasmas que a lucidez não possa apalpar, nove anos depois e uma cheia desastrosa e precursora das que o tempo escreverá, o Programa Polis/Câmara deu à luz o esvoaçar azul que fazem a glória de quem nem sabe que palhas devia mexer no solo físico e real…
De cofres cheios nunca fomos azuis e até a vila branca em mar azul se conspurcou das cores e estilo da cabeça de cada um, negociados nas mesas do poder e, gastos 76 milhões em reconversões que nem apontadas ao azul dos mares foram, o milagre deu-se em terra de fé e ondas calmas, para espanto até daqueles que sabem que o acaso político não vive sozinho…
Com o milagre azul nos mastros, por mão humana, o que nunca se poderia levantar por si, levantou-se sem obra conhecida em práctica mas, por sabedoria da artificialidade que os números, se quisermos… não falam verdade mas podem falar para o horizonte curto de umbigos…
Os fotógrafos e os comentários estão prontos para a festa sem perceber o que pisam e sem perguntar como quarenta orçamentos foram azuis para o despesismo e a dívida, sem se vangloriarem do que admitiam impossível em cidade ribeirinha - tornar o mar azul -, vendo-o, acabar na orla onde os que trazem e justificam receita molham os pés… e isso é que contava e conta…porque… até se pode pintar a inércia… e o mapa hidrográfico…
Depois da visão de Duarte Pacheco que fez o caneiro em perspectiva de futuro, os locatários do poder nunca perceberam a mensagem e aplicaram-se no rendimento da terra, esquecendo que a riqueza estava na qualidade e brilho da água… e se a mão inteligente do homem não fez… volta a fazer a esperteza…
As bandeiras vão chegar no perfume do palavreado mas… a compreensão está prisioneira das tabelas que vão exigir ainda mais cuidados de visionamento e afixação… porque ainda há quem pense…

Luís Alexandre

terça-feira, 27 de maio de 2014

Crónicas de Vasco Barreto

Albufeira: Câmara quer combater a sazonalidade com as ruas fechadas.








Está mais que provado que o fecho da rua 5 de outubro e avenida da liberdade prejudicam grandemente a baixa da cidade e zona poente na estação baixa. A câmara municipal tem consciência disso mas não quer abdicar das valentes receitas das esplanadas e por isso não lhe interessa repor o transito corrente. A Câmara não está preocupada com o futuro da cidade mas sim apenas captar receitas para cobrir a dívida que o rei dos foguetes deixou. A cidade que se lixe. Querem combater a sazonalidade da cidade e não abrem as ruas ao transito. São só balelas.                                     
 
Vasco Barreto
Albufeira.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Cameron compromete-se com referendo à UE

Falando para a imprensa em plena campanha eleitoral para as europeias onde os ingleses sempre estiveram desconfiados, este reiterou que não vai defraudar as suas promessas eleitorais e, o referendo virá... declarando em simultâneo que não é um isolacionista...
Do outro lado, do continente, a mensagem foi ouvida e a imprensa internacional apressou-se a questionar a chancelerina Merkel que, não fugiu à resposta, de que o diálogo está aberto...
Dá que pensar como a economia inglesa cresce fora do euro, qualquer espirro inglês é escutado e o nosso país vive na míngua de dinheiro, economia e vozes que sejam respeitadas...

LA Maio/2014

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Crónicas de Vasco Barreto

Toque dos bombeiros ao meio-dia é anti-turístico

Os toques de sirene ao meio-dia são tradicionais nos bombeiros em cidades fabris. Albufeira não é uma cidade fabril e o toque ao meio-dia cria um suspense nos turistas estrangeiros onde até já têm sido vistos turistas que passaram a guerra de l945 a perguntarem às pessoas o que se está a passar quando soa a sirene. O toque ao meio.dia é sinónimo de horário de trabalho mas é preciso não esquecer que os turistas não procuram Albufeira para trabalhar. Os turistas procuram a nossa cidade para fugir aos horários que têm de cumprir durante todo o ano. O toque dos bombeiros não se justifica numa cidade turística. Os bombeiros devem submeter-se aos superiores interesses da cidade. 
                     
Vasco Barreto
Albufeira.

sábado, 10 de maio de 2014

Crónicas de Vasco Barreto

Ferreiras: estacionamento para deficientes não é fiscalizado.







O espaço reservado a deficientes à porta de mercado municipal de Ferreiras costuma servir para cargas e descargas, para ir às compras e ir à pastelaria tomar café. Os deficientes estão impedidos de lá estacionar. A GNR de Paderne é frequentemente alertada para o efeito mas raramente comparece. O espaço chega a estar tardes inteiras ocupado indevidamente. 40 anos passados do 25 de abril é este o policiamento que temos na capital do turismo de Portugal. Somos realmente um país europeu.                             
 
Vasco Barreto
Albufeira.

quinta-feira, 8 de maio de 2014



Choque académico? O que pode dar uma visita?

Sendo eu um crítico de uma academia sediada há mais de trinta anos sem que dela Faro e o Algarve tenham recebido mais-valias intelectuais substanciais no seu estruturamento e desenvolvimento, ainda que aqui e ali brilhe uma flôr entre a aridez, o recente périplo do novo reitor pelos municípios algarvios foi a constatação de uma ausência…
Noticiado e rodeado das circunstâncias de tal diligência oficial, contudo, o universo da população não conhece os conteúdos da experiência. Se sair foi bom e ouvir também, embora tudo se confinasse aos canais que não têm queixas e dificuldade em se libertarem dos raciocínios viciados, esperemos que o reitor formule as perguntas que se esperam de uma Academia que tem responsabilidades de interpretar e trabalhar a ligação ao mundo exterior, nas condições específicas do Algarve.
Nos tempos de grande competição, porque é este sistema que vigora, diminuindo a organização para a satisfação das necessidades das pessoas, a Universidade não pode abstrair-se das respostas sociais, pensando que não passa de uma fábrica de quadros… ditos superiores… teoria que o sistema também voltou a racionalizar no seu exclusivo interesse…
Esperemos que o périplo não se fique por um acto político para emoldurar!

LA, Maio/2014

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Uma saída "limpa"... depois do trabalho sujo (ainda não acabado...)!

A propaganda oficial e a imprensa de obediência a ordens, porque este Governo esteve sempre debaixo de olho, foi hoje um coro de elogios disfarçados sobre o que os credores impuseram. Para o quadro, até a chefe nazi se congratulou para português perceber, que o Governo da sua tutela esteve bem no caminho e que o futuro passa pela dívida... e o bom comportamento do povo, chamando aqui à razão deles (supostos credores), os colaboracionistas do PS e da CGTP...
Garantido (até ver aonde vai a cedência dos trabalhadores e do povo) ficou o rasto dos roubos dos salários e pensões, a degradação dos serviços de Saúde e do Ensino e, as leis laborais que remontam quase ao tempo da miséria fascista, deixando os capitalistas e os tubarões internacionais com o apetite aberto para nova fase de exploração.
Passos e Portas são dois lacaios limpinhos e quando forem despedidos deste Governo, já estão dadas as garantias que não vão morrer de fome política...


LA Maio/2014

domingo, 4 de maio de 2014

política à moda de albufeira

A morte de uma andorinha não desfaz um trabalho sério como o que o FORUM ALBUFEIRA vem fazendo. Não há desmobilização mas sim reorganização, até porque vivemos outro ciclo político - o da gestão da bancarrota desiderista e do PSD e as suas maiorias absolutas.

Com o governo local em fragilidade de arranjos políticos, ainda que conseguidos com uma correligionária "desavinda" mas do círculo de ideias, significa que o programa do eleito mais votado vive as contingências de uma pessoa "independente" e seus perfilhados, que nem sabem em que ramo puseram os pés e, não de uma linha política sustentada...

O presidente actual sabe disto e terá conseguido o acordo com mordomias, que é a linguagem do poder e também a de quem se candidatou como descoberto político negociável. O que parece seguro neste concerto poderá transformar-se num monte de contradições porque, as aspirações de quem não quer nada poderão ser o princípio de outros sonhos de carreira...

O que nos apraz afirmar é que, um concelho mal gerido pelo PSD ficou outra vez amarrado aos mesmos autores, ainda que por troca de cadeiras...

Agora intervencionados pelo PAEL para remendar as dívidas criadas no tecido económico do concelho, com as consequências a que o poder político nunca dá importância porque os seus componentes não respondem pelos seus actos... estamos deveras hipotecados e com muitas dúvidas sobre os rumos que os desconcertados do arranjo podem fabricar... 

A população de Albufeira tem todas as razões para desconfiar que o rumo suicida dos últimos anos não tem no executivo fios de mudança...

FORUM ALBUFEIRA