segunda-feira, 31 de agosto de 2009

política à moda de albufeira (53)


ESTÁ LANÇADA A PRÉ-CAMPANHA


Com a despedida da morna confusão de Agosto e depois das diferentes manobras partidárias para se aprontarem para o acto eleitoral de Outubro, a brandura de Setembro determina o arranque da pré-campanha eleitoral com a intensificação da abordagem da população.

Os cinco Partidos perfilados têm um traço comum entre si, que é a sua completa ausência na vida das pessoas ao longo dos últimos 4 anos.

O PSD gere a Câmara e os seus milhões e como é comum aos Partidos no poder, a vida partidária confunde-se com a vida pública. A acção do PSD limitou-se à gestão de meia dúzia de actos internos, sendo a propaganda partidária feita a partir e com os meios da Câmara.

O PSD, como Partido, desapareceu da vida das pessoas e todo o estabelecimento de laços foram feitos à volta dos interesses que uma Câmara desperta e pode resolver, e não das teorias politico-partidárias.

O PS, engoliu em seco mais uma derrota eleitoral humilhante depois de tantos anos no poder e só acordou para a preparação das próximas eleições. Andou quase oito anos no silêncio e facilitou a construção do monstro de influência e agência de favores em que se tornou o seu rival PSD, no conforto e abastança da cadeira municipal.

O PS tornou-se numa miragem e envergonhado e mal dirigido, simplesmente acobertou as políticas desastrosas do desiderismo saloio.

O PCP e o CDS, que se dizem de sinais contrários, remeteram-se ao mesmo papel, deixar correr o tempo e viverem da actividade propagandística central. Tantos e cruciais acontecimentos na vida da população poucos incómodos lhes causou. Um ou outro comentário disperso sobre política local e sem consequências, é o que se lhes conhece. Também é uma forma eloquente de fazer política, pela ausência.

Quanto ao Partido novidade, o BE, pouco ou nada de especial há a dizer a não ser que vive momentos de grande felicidade eleitoral, para gáudio dos seus dirigentes nacionais que constatam uma grande eficácia na sua postura crítica ao único Partido que lhes alimenta o ego e o eleitorado, referi-mo-nos ao PS.

Os números eleitorais, quer a nível nacional e local, beneficiando de uma conjuntura favorável de queda socialista, assentam mais no aproveitamento da má governação do PS, do que na sua capacidade programática e estratégica de convencerem e construírem a sua própria base de apoio. Logo não retiram eleitorado a não ser ao PS, o que lhes dá um espaço de ideias e existência pouco consistente e a vida encarregar-se-à de provar a sua durabilidade.

No concelho de Albufeira, apresentam-se encostados a supostos independentes e não têm qualquer trabalho realizado entre a população.

No conjunto, todos comungam de uma existência quase nula de intervenção na formação da opinião da população, com destaque para o PSD, que como Partido vencedor das últimas eleições, se "extinguiu", para de cima do pedestal executivo espalhar a teia de políticas e conluios que lançaram o concelho numa senda de retrocesso social e económico e que não deixará de ser um dos temas em discussão no palco destas eleições.

Nos próximos dias vamos vê-los num frenesim de que são todos bons e aqueles que se deixarem ver no meio da multidão, entre as promessas nebulosas e as mais solarengas, aqui estaremos para os acompanhar em mais um corridinho eleitoral.

sábado, 29 de agosto de 2009

O FORUM ALBUFEIRA ALERTA...

VÊM AÍ AS PRIMEIRAS CHUVAS...


Os acontecimentos graves de Agosto de 2007 e os trágicos de Setembro de 2008, ainda estão frescos nas memórias dos cidadãos e comerciantes de Albufeira.

As primeiras chuvas, em diferentes ocasiões e com grau de intensidade diferentes, não pedem licença para entrarem mas são uma realidade que tem custado caro a quem sobretudo vive e tem negócios na baixa da cidade, que como sabemos, está implantada em leito de cheia.

Este é um facto histórico, mais velho que a própria vila, a passagem de uma linha de água que na sua aparência tímida pode em circunstâncias naturais tornar-se numa avalanche de água que já deixou memórias muito desagradáveis em termos materiais e em perda de vidas.

As inundações de Agosto de 2007, em cima das finalizações das obras Polis/Câmara, provocaram prejuízos consideráveis e sem qualquer resposta por parte do executivo camarário mas deixaram um sério aviso de que nem tudo estava bem. Como as partes mais afectada foram a Rua 5 de Outubro e as suas adjacentes, o Executivo adiantou a desculpa da necessidade da intervenção na área, que chegou ao Sec. XXI sem rede separativa mas que estava em fase de projecto.

Os factos de Setembro passado foram bem mais graves e para além de deixarem um rasto de destruição e perdas sem retorno, puseram a nu todos os erros técnicos das obras lançadas pelo Governo PS, através da sua congénere Parque Expo, associada à Câmara de Albufeira.

Na ocasião e debaixo das críticas cerradas da opinião pública, o Executivo limitou-se, na pessoa do seu vice-presidente, a gerir as emoções e balbuciando aceitar as opiniões de peritos, que adiantaram a absoluta necessidade de se fazer com urgência um estudo da bacia hidrográfica do concelho.

Estudo que em nosso entender deveria ter servido de base à intervenção na baixa de Albufeira pelo Programa Polis/Câmara ou à planificação da intervenção camarária na EN395, em que está em causa a mesma ribeira, agora encanada mais 700 metros.

Lembramos os nossos leitores que, quando dos comentários do vice-presidente da Câmara, Dr. Carlos Rolo, a quente sobre as inundações, as obras de intervenção na ribeira já tinham data marcada para o principio de 2009 e sem qualquer projecto de impacte ambiental obrigatório, o que determinou o embargo, que compreendemos agora não passou de um pequeno incidente que a ARHAlgarve e o Governo PS já perdoaram.

Estamos em final de Agosto de 2009 e não há sinais desse estudo, como também nunca chegámos a conhecer os pareceres técnicos dos estudos dos tão famosos técnicos do LNETI. Após a desgraça, estiveram de facto a verificar as razões da tragédia mas os deuses continuam a saber mais que a população.

O período crítico das primeiras chuvas aproxima-se e todos temos muitas razões para estarmos preocupados.

Até as indispensáveis acções de limpeza das caleiras não se verificaram e o resto logo se verá...


FORUM ALBUFEIRA
UMA DÉCADA, TRÊS SETEMBROS NEGROS!

Debaixo do luar de Agosto, os números e os factos que fazem a realidade do Algarve, são de tirar o sono por longos meses.

Setembro aproxima-se a passo rápido, mês em que todos os factores conjugados começarão a mostrar sem tibiezas o mau estado geral da economia nacional, vão desmentir a propaganda oficial eleitoral e a incapacidade deste Governo em lidar com os problemas e as suas soluções.

Entre as medidas pós pancada na cabeça a 7 de Junho, que produziu um reavivar de memória, com recurso a vistosos investimentos públicos que se dividem entre a necessidade e o questionável, o Ministro da pasta das Finanças, no entretanto acumulada com a da Economia, por efeitos do descontrole e falta de convicção para o futuro do anterior titular, também incluiu o Algarve no seu roteiro, respondendo aos apelos que justamente partiam da região.

O Governo, na posse de todos os dados estatísticos estruturais, do deve e haver regional e percebendo a sua gravidade, baixou do seu pedestal de arrogância para dizer aos algarvios “que não deixará de dar respostas”, trazendo apenas um projecto de sustentação do emprego para um tecido fraccionado em dezenas de milhares de micro e pequenas empresas, o mesmo que foi formulado na EU para o sector automóvel europeu.

Faltando pouco tempo para o descalabro e as eleições, vivendo-se um período negro de perdas de receitas que variam entre os 40 e 60%, afectando todo o espectro empresarial, que determinaram números assustadores de desemprego em época alta e uma perda acentuada das receitas estatais provenientes do Turismo, faltando contabilizar o segundo semestre do ano, que inclui os meses fortes de Verão, tudo se prepara para mais um Setembro negro da História do Algarve, na primeira década de um novo milénio.

O Plano do Governo, ainda que apresentado debaixo da afirmação que “nenhuma empresa deixará de ser ouvida” e que não poderá ser aplicado sem o apoio das Associações, acabou por ser uma afirmação de impotência perante a gravidade da situação criada na economia e cujos efeitos se abatem violentamente sobre os que não têm qualquer responsabilidade, os pequenos negócios e o trabalho.

Todos os chamados planos de apoio em vigor, dotados de pequenas nuances, mantêm de pé o essencial dos mecanismos impositivos, bem como a palavra final continua a pertencer aos Bancos, eles próprios selectivos e face à profundidade da crise, limitados nas suas reservas e pelas garantias disponibilizadas pelo Governo.

A ideia que extraímos das intenções do Governo, é a de que vai seguir a premissa capitalista das mortes positivas e da renovação, depois de ter governado sobre a carga fiscal imposta aos rendimentos do trabalho e das empresas, ficando os problemas económicos e sociais envolvidos na grande mentira que são os programas existentes.

O choque financeiro do Setembro negro de 2008, teve um forte impacto negativo imediato na economia e na confiança dos consumidores, sofrendo o Turismo os seus nefastos efeitos com apogeu marcado para Setembro de 2009 e depois dos revezes iniciados com o Setembro de 2001, em que a procura, a qualidade e gastos dos clientes entraram em curva descendente, já assumida por responsáveis.

Contudo as leituras políticas e económicas não sofreram alterações e apesar da mensagem do futuro Presidente da República, Cavaco Silva, ter alertado em 2005 em terras algarvias e perante empresários e autarcas, para a necessidade de inverter a importância da quantidade sobre a qualidade, assistimos à continuação dessas más políticas persistindo no erro criminoso da oferta ser contundentemente superior à procura e criando constrangimentos a uma região que deveria evidenciar-se como destino de eleição.

A primeira década do novo milénio fica marcada por três Setembros negros, três grandes feridas que estão longe de cicatrizar e cujas lições não foram compreendidas.

O grito tem de partir do Algarve que precisa de uma Carta de Compromisso, assente nos esforços das forças no terreno, ultrapassando as disputas partidárias e de sectores, com o objectivo claro de estabelecer uma linha de autoridade e de pensamento a sul, para os tais rumos diversificados e horizonte estratégico de sustentabilidade.

Luis Alexandre

Nota de Imprensa

Odelouca: a última das
grandes barragens algarvias


Barragem de Odelouca - COTA 90 APENAS!

Mais uma Barragem, na Foupana? - NUNCA!

A Almargem esteve desde o início contra o projecto de construção da
Barragem de Odelouca, na medida em que esta teria graves impactes
sobre o património natural e cultural, sobretudo quando,
inicialmente, se apostava na sua localização a jusante da
confluência
da Ribª de Monchique. Conseguiu-se, pelo menos, que a barragem fosse
deslocalizada, contra a expressa vontade do Instituto da Água, mais
para montante, mas isso foi apenas um mal menor. O desaparecimento do
lince-ibérico e as fortes exigências por parte da União Europeia
que
faziam depender a construção da barragem de um vasto rol de
compensações ambientais, vieram provar que os ambientalistas tinham
razão. E, hoje, se é possível encarar a Barragem de Odelouca como
um
facto consumado, tal se fica unicamente a dever ao investimento
entretanto efectuado nas medidas ambientais e, sobretudo, na
implementação de um plano de reintrodução do lince-ibérico em
Portugal.
A Almargem, como lhe cabia fazer, não se limitou porém a dizer não
porque não, procurando antes demonstrar a existência de alternativas
que passavam essencialmente por racionalizar o consumo de água e
evitar os enormes desperdícios que ainda hoje se verificam, facto que
veio a ficar provado ser possível, ao contrário do que muitos
diziam,
aquando da seca extrema de 2005, em que a Região, sem racionamento do
consumo doméstico, mostrou ser capaz de ultrapassar a situação.
Note-se que tal só foi possível através de uma gestão integrada
dos
recursos hídricos superficiais (barragens) e subterrâneos
(aquíferos)
entretanto abandonados - que foi exemplarmente efectuada nesse ano.
Face à diminuição das disponibilidades das barragens do Barlavento
(Arade e Funcho), foi a conjugação do sistema Odeleite-Beliche com
vários aquíferos, em particular o de Querença -Silves que matou a
sede a praticamente toda a Região.

Pensada para ser uma peça fundamental do Programa de Aproveitamento
Integrado dos Recursos Hídricos do Algarve, idealizado há mais de 30
anos, a obra da Barragem de Odelouca constitui o derradeiro marco de
uma época em que as barragens eram vistas como solução para tudo,
conceito que infelizmente continua a ter muitos adeptos, mas cujos
enormes impactes são agora mais reconhecidos do que nunca: retenção
de sedimentos, com efeito directo sobre os fenómenos de erosão
costeira, destruição irreversível de habitats, desaparecimento de
património cultural, e até impactes sociais, serão certamente
razões
mais que suficientes para repensar a forma como queremos gerir o
futuro dos nossos rios, em vez de os represar a qualquer custo.

Sem noção do real valor do escasso recurso que é actualmente a
água,
iludida pela promessa de água fácil e barata a todo custo, a Região
e
todos os seus agentes económicos preferiram há muito enveredar por
um
caminho de falsa fartura, graças a um turismo ávido de mais e mais
água e promotor de desperdício. Sempre que havia um problema, lá
estava a solução fácil - construía-se mais uma barragem E foi
assim
nas últimas décadas. Primeiro, a de Odeleite e a do Funcho. Agora a
de Odelouca... Depois a da Foupana... e sabe-se lá que mais. O
resultado está a vista. Décadas de completa ausência de gestão dos
escassos recursos hídricos da região, perda irreversível de valores
naturais, dependência dos recursos superficiais sob o argumento de
suposta melhor qualidade, abandono e contaminação de aquíferos,
desperdício generalizado nos sistemas de distribuição (superiores a
40%) e, sobretudo, sensação generalizada de se poder gastar, gastar,
gastar sempre mais.

Implementada que está a barragem na Ribeira de Odelouca, a Almargem
continua ainda assim a opor-se a que a futura albufeira atinja o
nível máximo de enchimento previsto, o chamado Nível Pleno de
Armazenamento (NPA), fixado na cota 102m, de forma a poupar, pelo
menos a montante, as férteis várzeas da Sapeira (S. Marcos da
Serra),
mas igualmente algum do riquíssimo património natural e cultural da
zona do Talurdo. Para tal bastaria que a exploração da futura
barragem fosse efectuada 12 metros mais abaixo, à cota 90, o que
apesar de diminuir as disponibilidades hídricas (aproximadamente 92
hm3/ano, ainda assim superiores aos sistema do Funcho-Arade, que é de
23 hm3/ano), seria mais do que suficiente para suprir as necessidades
do Barlavento, permitindo diminuir drasticamente o impacto social do
empreendimento, tantas vezes ignorado.

Barragem de Odelouca - COTA 90 APENAS!

A não se optar por esta opção, a Região estará em definitivo a
dar um
sinal de que o seu desenvolvimento é para ser feito a todo o custo,
nem que o preço a pagar seja a destruição do seu riquíssimo
património natural, cultural e paisagístico.
E é isso que está em causa sempre que se fala de mais uma barragem,
sem que para tal haja justificação, e se apresentem alternativas
viáveis, que as há. Declarações como aquelas que foram proferidas
recentemente por um responsável regional a propósito do aumento das
necessidades de água para alimentar os novos habitantes das mais
de 80 mil camas que se preparam para invadir a Região e, obviamente,
os respectivos campos de golfe, reclamando a urgência de se construir
mais uma barragem, desta feita na selvagem e livre Ribeira da Foupana,
são pois um triste sinal que os nossos rios ainda não estão a
salvo, e
que a batalha pela sustentabilidade dos nossos recursos hídricos
ainda
não está ganha.

Mais uma Barragem, na Foupana? - NUNCA!

No dia em que é oficialmente inaugurada a Barragem de Odelouca, com o
fecho simbólico da comporta da albufeira, a Almargem preferiria que
esta data marcasse antes o inicio de uma nova tomada de atitude por
parte das autoridades, uma mudança que altere a forma como vemos os
nossos rios, não apenas como meros locais de abastecimento de água,
mas sim como parte essencial de um ecossistema que interessa
preservar e que a todos deveria comprometer na sua defesa. E também o
início de uma nova atitude perante a gestão dos nossos valiosos mas
escassos recursos hídricos, com mais parcimónia e espírito de
responsabilidade para com as gerações futuras.

Loulé, 28 de Agosto de 2009

A Direcção
Almargem

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Arribas do Algarve: seis anos de incúria dos Governos


A Razão está aqui, o resto são papagaios de sala:


O programa Finisterra foi anunciado com pompa e circunstância, em 2003, tinha um orçamento previsto de 150 milhões de euros e identificou todas as zonas em risco de erosão ao longo da costa portuguesa. Mas não chegou a sair do papel, avança a edição do SOL desta sexta-feira.

«Nunca recebemos um cêntimo», explicou ao SOL o antigo coordenador do programa, Carlos Reis, preocupado com a possibilidade de se repetirem acidentes como o que matou cinco pessoas na praia Maria Luísa, em Albufeira, na passada sexta-feira.
Segundo Carlos Reis, o Finisterra – que acabou em 2006 – «não fez mais do que tapar buracos». O investigador assegura que «existem largas dezenas de situações idênticas à da praia Maria Luísa», mas que pouco tem sido feito pelas autoridades para atrasar o processo de erosão da costa. «Há o Plano de Acção para o Litoral 2007/2013, mas não há dinheiro para tudo».
(in adf)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O PAPEL DO FORUM...

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A MARIA LUÍSA DESENCADEOU...


O FORUMALBUFEIRA, congratula-se com o movimento de preocupação demonstrado pelas autoridades, que face a um facto concreto de perdas de vidas, decidiram-se a desenvolver as suas competências e saltaram para o terreno numa demonstração que nem tudo estava bem.

Esta actividade necessária, manchada pela morte, já teve o condão de mostrar que, entre todas as entidades que têm jurisdição sobre a linha de costa, afinal cabe em concreto à direcção da ARHAlgarve, liderada pela Engª Valentina Calixto, proceder à identificação das áreas de risco e decidir sobre as intervenções específicas.

Este facto, confirmado pela acção prática e mediática em curso, a par da investigação do Ministério Público e com outros objectivos em função das cinco mortes, deveria desencadear um inquérito interno no Ministério do Ambiente para apuramento dos diferentes graus de responsabilidade pela tragédia.

A ARHAlgarve, recentemente constituída em substituição da antiga Direcção Hidráulica, recebeu as competências, os fundos, os meios e os dossiers em curso, entre os quais se contam a vigilância e os procedimentos sobre a segurança dos espaços físicos das praias.

Se agora é possível desencadear um trabalho de preocupação, apenas escassos dias após o acidente, porque não se fez antes? Se agora se reforçam as sinalécticas e se eliminam elementos de risco, porque não se fizeram antes? São perguntas que dificilmente terão respostas.

A ARHAlgarve é uma entidade que tem muitos pontos de intervenção no concelho de Albufeira e não tem uma história de relacionamento credor de satisfação.

Os abusos sobre a Lagoa dos Salgados e o recente embargo, por denúncia, do encanamento da ribeira das Ferreiras, obra que este executivo camarário, num péssimo exemplo para a população, decidiu fazer sem projecto, são duas situações onde este organismo tem tido um papel altamente negativo e lesivo dos interesses sociais e económicos do concelho.

Também depois das portas arrombadas, num acto hipócrita, o executivo camarário diz em plenos pulmões na imprensa que são cinco os locais que exigem intervenção urgente por parte da ARHAlgarve.

De repente, perante o irremediável, tudo mexe para transmitir a tal sensação de segurança reclamada pelos cidadãos e o FORUM ALBUFEIRA, sente que contribuiu para que o assunto não se ficasse pelos inquéritos de ocasião e que as medidas concretas e urgentes avançassem.


FORUM ALBUFEIRA

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

política à moda de albufeira (52)


OS 5 MAGNÍFICOS

Desidério Silva, o presidente-candidato, já deslindou o primeiro mistério que era a composição da sua lista concorrente, não se percebendo ainda onde está o delfim.

Não há novidades de especial, apenas o cumprimento da Lei determinou a promoção de Marlene Marrachinho, a inadaptação ao cargo justificou a saída de António Gonçalves e o papel de conselheiro festivaleiro, justificou a presença do omnipresente Dr. Rato Dias.

Como qualquer treinador de futebol, algumas vezes por superstição, outras por análise errada do valor dos adversários ou apenas desafiando a realidade, Desidério Silva e a direcção local do PSD, concluíram que em equipa ganhadora não se mexe.

Havendo neste conceito alguma confusão entre a experimentação e a prática, sobrevalorizar o acto de vitória eleitoral passada, mesmo com maioria absoluta, com a ideia que ganha forma na opinião pública do desastre da governação dos últimos 4 anos, pode levar a um estilo triunfalista, de menorização dos adversários e de surpresas.

A realidade eleitoral de Outubro de 2009 não tem paralelo com a de 2005. O primeiro mandato do PSD correu morno, sem oposição, o acto eleitoral de 2005 proporcionou a Desidério Silva o confronto com um homem do PS, de índole amiga, que estava ali mais para assegurar a estabilidade dos seus negócios do que revelar qualquer intenção de afrontar as políticas seguidas e as promessas não cumpridas.

A espinha dorsal da estrutura pensante e com à vontade no conhecimento da condução política da autarquia continua, com Carlos Rolo em número dois e Carlos Silva e Sousa na recandidatura à presidência da assembleia municipal. Desidério Silva é a cabeça populista necessária, o homem do aperto de mão, tarefa que desempenhou com sucesso para aproveitar as fragilidades de Arsénio Catuna e do PS, levando finalmente o PSD ao poder e que em 2005 resultou na inesperada maioria absoluta.

A presença do engº Sequeira na quinta posição da lista, um elemento sem chama e algo desgastado no meio profissional e relacional, revela um excesso de confiança do PSD, que numa análise mais fria e calculista deveria escolher uma figura forte para assegurar a conquista deste lugar.

A lista do PSD tem um ar de festa, está feita à medida do quadro psicológico do chefe Desidério e mantém a linha de subordinação dócil à autoridade de quem realmente manda dentro do Partido.

As características da estrutura das listas aos diferentes órgãos, evidenciam a absoluta necessidade de assegurar a continuação de um determinado programa de interesses que não foi acabado e que o terá de ser nos próximos 4 anos.

Entre a realidade criada pelas más políticas do PSD, com consequências desastrosas para diferentes aspectos da vida social e económica da população do concelho, e a tomada de consciência de muitos e importantes sectores da mesma, estão os resultados de Outubro que poderão ditar uma derrota tipo 7 de Junho último, em que o triunfalismo socratista em nada diferente do de Desidério Silva/Carlos Silva e Sousa, sofreu uma "inesperada derrota", assim como em jeito de ingratidão por quem se tomou por insubstituível.

A lista do PSD, tão fraca como a anterior, revela o ar emproado e despesista com que a autarquia foi dirigida, num desrespeito pelas mesmas regras da democracia que a patroa Ferreira Leite, em entrevista, acusou o actual Governo do PS, mostrando que na realidade estão uns para os outros.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A MARIA LUÍSA DAR-NOS-À LIÇÕES?

AGORA, TUDO VEM AO DE CIMA E...


Nestes dias subsequentes ao assassinato de cinco elementos de uma família portuguesa, numa praia algarvia, no concelho de Albufeira, em pleno gozo de férias e supostamente por culpa da natureza, a imprensa tem-se desdobrado a fazer investigações que são absolutamente arrasadoras do incumprimento das próprias regras estabelecidas pelo Estado, para a gestão da orla costeira e dos seus pontos críticos.

Desde arribas perigosas sem sinalética ou com sinalética deficiente e deslocada da vista de proximidade dos utilizadores, desde directivas à limitação de pessoas nos espaços que não são fiscalizados, as situações anómalas e sem acção dos organismos que têm competências são muitas e preocupantes.

A desgraça da praia Maria Luísa, muito para além da importância dos inquéritos-crime e da procura de culpados, põe a nu os aspectos deixados ao desleixo pela conjuntura que administra o património natural da nossa costa turística, que é uma fonte de satisfação e lazer de milhões de pessoas e o sustento de muitas centenas de milhar.

Com um problema nas mãos e que tem mobilizado a opinião pública, sem conseguirmos contabilizar os efeitos negativos na opinião pública estrangeira menos habituada a condescender, as autoridades desdobram-se em trabalhos e declarações de que vão fazer o que não fizeram.

A principal lição a extrair dos factos que não podemos apagar da História, é a de que o Governo, através da sua Secretaria de Estado e dos organismos que intervêm no sector do Turismo, para além da preocupação com as linhas estratégicas da macro gestão, tem de preocupar-se, traçar planos e definir responsabilidades para com os outros aspectos "menores" que contribuem para a imagem e bem-estar dos utilizadores.

Nestas horas de reflexão, temos de atentar em tudo o que é importante, desde os planos para o reordenamento do território, ponderando a necessidade das demolições, como a total proibição da construção a uma determinada distância da linha de costa chamem-se os projectos PIN ou outra coisa, bem como organizar e agir sobre a preocupação com o saneamento básico das frentes urbanas, os sistemas de rectaguarda onde destacamos a saúde, higiene, segurança, ruído, animação equipamentos e vias de comodidade.

A crise no Turismo está instalada e o sucedido na praia Maria Luísa é apenas um pormenor da despreocupação que tem caracterizado a actuação dos seus agentes, do topo à base.

Passadas as horas críticas, já podemos testemunhar o afastamento por parte do Governo, depreendemos que o acidente está ultrapassado com os procedimentos e a leviandade do costume, não havendo indícios de extracção de ilações nem sinais de atitudes de mudança.

Nada vai ser questionado e nem uma virgula vai mudar na procura de soluções. Já estão uns técnicos nas praias a olhar para as arribas, na companhia de pescadores que sabem da poda e vão dizendo que talvez agora seja a sério...

O que mais nos terá de acontecer para que a seriedade se instale?



FORUM ALBUFEIRA

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

MINISTÉRIO PÚBLICO NÃO FAZ MAIS QUE A SUA OBRIGAÇÃO!


O FORUM ALBUFEIRA apoia a medida anunciada pelo Ministério Público, de proceder à abertura de um processo que investigue as circunstâncias e as responsabilidades pelos trágicos acontecimentos da praia Maria Luísa.

A morte de cinco pessoas e os aspectos envolventes da tragédia, exigem que as entidades judiciais competentes accionem os seus meios e o contrário é que seria no mínimo criticável.

Este acidente, ocorrido numa zona turística de grande exposição mediática correu mundo e chegou ao conhecimento dos principais mercados emissores de Turismo para a região algarvia.

As reacções e as expectativas perante o comportamento das autoridades portuguesas estão debaixo de uma atenção redobrada, em países que têm uma Justiça que funciona bem melhor e não podem deixar de dar respostas que transmitam confiança.

Ainda hoje alguma imprensa portuguesa dava conta da opinião auscultada e reproduzida por agentes de Turismo, onde se afirmava o crescente descontentamento e desconfiança sobre muitos dos aspectos da funcionalidade e organização da actividade turística.

As autoridades portuguesas, que falam da importância crescente do Turismo na actividade económica e financeira do País, não têm, contudo, olhado e investido nas regiões de maior relevância, proporcionando as infra-estruturas que melhorem as prestações e a agradabilidade e cativação dos clientes.

A imagem que oferecemos tem vindo a degradar-se, tornando-se clara a situação para quem trabalha no dia a dia em contacto com os visitantes mas que continua a não ser percebida por quem tem a responsabilidade da gestão macro-económica do sector.

No passado já tivemos um Ministério do Turismo, actualmente estamos no estatuto de Secretaria de Estado e está na hora de se reanalisar o assunto, assumindo essa importância na economia nacional, para que se concentrem, coordenem e decidam as planificações e acções que permitam maximizar os níveis de apreciação e eficácia em todas as áreas de intervenção.

O facto do MP se decidir a avançar para a investigação não devolve as vidas perdidas, tal como muitas outras investigações à portuguesa não vai dar em nada, mas pelo menos estende-se a visibilidade da incúria a toda a prova revelada pelos diferentes departamentos que têm jurisdição sobre a linha de costa.


FORUM ALBUFEIRA

domingo, 23 de agosto de 2009

MARIA LUÍSA FEZ-NOS CHORAR...

OS MORTOS NÃO FALAM, MAS OS VIVOS PODEM PROTESTAR!


Albufeira foi palco de uma tragédia que consternou toda a população do concelho, habituada a bem receber e a qual não espera que estes acontecimentos se dêem, julgando que as autoridades trazem todos os aspectos da actividade turística e balnear controladas, para garantirem a segurança da presença e do regresso em paz dos que nos visitam.

A morte de cinco pessoas, os ferimentos de outros e o estado de choque de muitos que presenciaram, arrastaram à praia Maria Luísa, um cortejo de autoridades, cujo tom discursivo pautou pelo pragmatismo de Estado, que em resumo, se caracteriza pela total desresponsabilização pela gravidade dos factos e do trabalho que compete às diferentes identidades que interferem no controle das linhas de água.

Todos afirmaram publica e categoricamente, que o Estado não tem culpa mas sim as pessoas que morreram porque, ou não sabem ler ou são descuidadas.

Hoje, domingo, a propósito do derrube do monstro de areia assassino, o Ministro do Ambiente, velho conhecido dos albufeirenses como um dos grandes responsáveis pelas misérias do Programa Polis/Câmara, reafirmou que a operação faz-se por razões de segurança e só lhe faltou recorrer à mentira de que tudo já estaria planeado.

Bem à portuguesa, ou melhor dizendo, ao estilo de irresponsabilidade dos nossos políticos, depois das portas arrombadas, trancas na porta.

A confusão instalada de competências na orla marítima leva a que todas estas ocorrências e são várias ao longo da costa portuguesa, não tenham ido além dos trabalhos de circunstância, para consumo e silenciamento de quaisquer protestos da opinião pública.

O facto de directivas da CE, só recentemente terem tido decisão em conselho de Ministros, demonstram bem o descuido pela gestão de uma linha de costa de um País que tem algumas das suas partes em total dependência estrutural do Turismo.

No meio da confusão de irresponsabilidades instalada, factos como urbanismo selvagem, excesso de infiltração de águas sobre as arribas, ou tão simplesmente que as melhores zonas de praia são concedidas em licença para exploração privada, restando aos turistas de menores recursos procurar os poucos espaços que lhes são destinados e de maior probabilidade de acidentes desta natureza, são disfarçados por declarações de pesar, inquéritos sérios e de medidas que vão ser criteriosamente aplicadas para que não aconteça mais nada até ao próximo incidente.

Até o presidente da Câmara de Albufeira, Desidério Silva, que não revelou qualquer atenção por este assunto, saca em período eleitoral do argumento que lhe é querido, de que como está no terreno, seria bom o governo pensar na "delegação de competências" (sic).

Com tantos organismos com competências e fundos de intervenção, a atribuição destas competências ao actual executivo camarário, seria mais um motivo de preocupação da população, tomando apenas como exemplos as desgraças das inundações de que foram vítimas os populares e comerciantes da baixa de Albufeira, bem como o facto da Lei do Ruído determinar também competências de criação de um mapa com vista ao seu controle e defesa dos interesses das pessoas, factos que estão mergulhados num profundo desprezo.

Os acontecimentos da praia Maria Luísa foram graves, puseram em causa a imagem de um concelho que vive exclusivamente da actividade turística, pelo que não se devem repetir.

Às autoridades que têm a responsabilidade cruzada de intervenção na orla marítima, exige-se que façam o seu trabalho com rigor, que procedam à elaboração de um plano real de intervenção nas zonas costeiras e balneares de presença de actividade humana.

A época turística não acabou e os milhões de turistas nacionais e estrangeiros que frequentam as nossas praias, querem saber com rigor que podem confiar nas autoridades do País.

Cinco mortes de pessoas que simplesmente quiseram aproveitar o sol ou a sombra de um penedo, devem merecer todo o respeito do Estado, que tem a obrigação de cuidar dos cidadãos.


Luis Alexandre
MEU NÃO AOS DISPARATES DE VERÃO


Em nome duma ética politico-partidária

E jornalística tão maltratada em Portugal

Urge acabar com o espírito da "homilia do Pontal".


Quem acusa que prove com a prova dos noves

E a real ... será feita em tribunal.


Só uma forçada suspeição é de vilão.


Em tempo

Quase esquecia que os corruptos meus

São melhores que os teus.



José Armando Simões

sábado, 22 de agosto de 2009

MENSAGEM DA ASSOCIAÇÃO "ALMARGEM"


Olá:

Bem vindo(a) a um novo ano de actividades de ar livre da Associação
Almargem !

Muito em breve divulgaremos o calendário completo, cheio de boas
sugestões para os seus fins-de-semana.

Por agora aqui fica o convite para se juntar a nós durante a Noite
Europeia dos Morcegos, 29 de Agosto, que pela primeira vez se realiza
também no Algarve.

Desde já ficamos gratos pela adesão e divulgação possíveis.

Saudações cordiais.

Almargem
Departamento de Actividades de Ar Livre
Departamento de Ecologia e Biodiversidade

A OPINIÃO SUPERIOR...

Albufeira: “negligência” não foi a causa da derrocada
21-08-2009 22:11:00

A “negligência” não está entre as causas do acidente, afirma o ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia que promete ainda uma “investigação rigorosa”.
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O governante, que se encontra no local da derrocada, salientou que “a arriba estava identificada como de risco potencial”, porém, a avaliação realizada na passada sexta feira, por técnicos da ARH, Administração da Região Hidrográfica do Algarve não apontava para que pudesse acontecer “um acidente a curto prazo”.

“Falta agora saber o que aconteceu na última semana para provocar a queda da arriba”, disse o ministro, citado pela Lusa, avançando que tanto o sismo da passada terça-feira como a forte ondulação recente, que poderá ter ajudado a cavar a base da arriba arenítica, serão dados a estudar.

“Quero tranquilizar os que passam férias no Algarve que a ARH está a vistoriar de novo situações de risco como já tinha feito no início da época balnear e na última sexta-feira”, frisou.

Dois inquéritos anunciados

Depois de o comandante Marques Ferreira ter avançado logo ao início da tarde com a intenção de realizar um inquérito sobre o acidente, Francisco Nunes Correia anuncia que a ARH vai fazer um inquérito para averiguar as causas do acidente geotécnico.

Para o responsável pelo Ambiente o acidente geotécnico tem uma grande imprevisibilidade por natureza, sendo a zona uma área não concessionada e que encerrava um risco potencial já identificado.

O ministro do Ambiente lamenta o acidente e as consequências trágicas do acidente na Praia Maria Luísa, com cinco mortos já confirmados.

(in Observatorio do Algarve)

AS OPINIÕES DE QUEM SABE...


Derrocada
Albufeira: “Arribas ocupadas até à crista”
21-08-2009 20:53:00

A derrocada parcial da arriba na Praia Maria Luísa, Albufeira, para além da gravidade de perdas humanas, “constitui um negro desfecho para uma situação que há muito se esperava”, afirma a Almargem.

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Segundo a associação ambientalista a Praia Maria Luísa “está situada num dos troços mais betonizados do litoral algarvio, e as arribas que a rodeiam a são um exemplo da ocupação errada que há muito é permitida nas arribas areníticas, um pouco por todo o litoral central do Algarve, com particular incidência nos concelhos de Albufeira, Lagoa, Portimão e Lagos”.

É o caso da Praia de D. Ana (Lagos), Prainha e Praia do Vau (Portimão), Carvoeiro - Senhora da Rocha (Lagoa), Praia da Galé, Praia de São Rafael, Baleeira, Praia da Oura, Praia Maria Luísa e Olhos de Água (Albufeira).

Arribas areníticas são frágeis

Estas arribas areníticas são caracterizadas pela sua constituição frágil, pois são pouco consolidadas e “apresentam-se frequentemente muito instáveis face à erosão activa, quer na base, por acção do mar, cada vez mais insidiosa face ao recuo do litoral”.

E se o mar provoca erosão na base, “na sua crista, a acção directa do Homem, com construções pesadas” provoca a destruição da vegetação natural, impermeabiliza o solo e favorece a formação de barrancos (ravinamentos), criados pelas águas drenadas provenientes de piscinas e espaços ajardinados, sustenta a Almargem.

Por esse motivo, são já, e desde há vários anos, "muitas as zonas consideradas críticas em zonas de arribas areníticas, algumas das quais já intervencionadas no âmbito nomeadamente dos Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC)", lembra a associação.

Para a Almargem, “ as medidas tomadas têm-se revelado como meramente paliativas”, face ao cenário de ocupação construtiva existente, e ao facto de estes planos, bem como “as autorizações de novas construções em zonas de risco, continuarem a ignorar a questão de fundo: a sobreocupação das arribas”.

Sacrifica-se “não só a paisagem e os valores naturais mas também a segurança de bens e pessoas, como neste caso”, lamenta a associação algarvia.

Arribas ocupadas até à crista

As arribas da Praia Maria Luísa estão ocupadas (por construções) quase até a zona da crista, “impedindo o seu usufruto livre e o acesso ao mar, que não pode ser efectuado senão por um antigo barranco. Continua a ser mais valioso permitir a construção com vista para o mar e fechar os olhos a todos os atropelos ao adequado ordenamento do território”, salienta Luís Brás, da direcção da associação.

Com efeito, os guias turísticos informam que um dos acessos pedonais à praia faz-se através de um empreendimento turístico, que ocupa a envolvente à praia, “descendo-se por um barranco”. E há um aviso: o acesso viário e o estacionamento na praia são condicionados.

Segundo Luís Brás, há no Algarve “inúmeros os exemplos semelhantes. E um dia a arriba vem mesmo abaixo, nem que seja por simples acção da natureza, que terá sempre a última palavra, mas demasiadas vezes com a ajuda do Homem”, acentua.

(in Observatótio do Algarve)



Derrocada/Albufeira
A erosão é normal, mas o homem ajuda
22-08-2009 7:47:00

O investigador Alveirinho Dias diz que é “impossível determinar a causalidade directa” da derrocada da praia Maria Luísa. A erosão “é normal”, mas há “o sismo, obras do passadiço e a vibração das construções” a ter em conta.
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“A Natureza agiu, mas o homem também ajudou”, segundo este investigador do Centro de Investigação dos Ambientes Marinhos e Costeiros da Universidade do Algarve, especialista em Geomorfologia e da Dinâmica Sedimentar dos Troços Costeiros,

Admitindo que este tipo de derrocadas “não é tão frequente no Verão, porque habitualmente acontecem no Inverno” o investigador elenca alguns dos factores que poderão ter precipitado os acontecimentos.

O cravamento de estacas no cimo da arriba para colocar o passadiço aí existente, as vibrações provocadas pelas máquinas pesadas de construção, o sismo que ocorreu na semana passada, são algumas das situações referidas por Alveirinho Dias.

Arribas são zonas de risco

Porém, para Alveirinho Dias, “estas são sempre zonas de risco, porque é normal haver erosão nas praias com arribas”.

Em sua opinião, esta realidade é que é sistematicamente ignorada, “tanto pelos banhistas que frequentam as praias como pelas entidades responsáveis”.

“Não basta pôr placas a avisar, seria necessário, pelo menos, cartazes com mais informação e uma campanha séria com regras de prevenção”, sustenta.

Dando o exemplo de outro fenómeno natural Alveirinho Dias salienta: “se em vez de uma derrocada houvesse um tsunami os banhistas não sabem que tipo de caminhos devem seguir para sair da praia, porque nada está definido e indicado”.

Ocupação de áreas de grande vulnerabilidade

Relativamente à questão da ocupação de áreas de grande vulnerabilidade da costa portuguesa, Alveirinho Dias assumiu uma posição crítica, no âmbito da consulta pública do Programa de Estratégia Nacional para a Gestão Integrada da Zona Costeira, publicada em Junho e cuja versão integral pode ser consultada aqui.

No documento o investigador refere que “a esmagadora maioria das obras fixas de protecção costeira tem sido construída para defender este tipo de ocupação, que por isso deve ser considerada como factor amplificador da erosão costeira”, além de artificializar a paisagem costeira, “depauperando esse importante recurso”.

Tal ocupação “induz impactes negativos fortes nos ecossistemas costeiros” pelo que muitos locais da costa já têm vários dos seus recursos intrínsecos comprometidos ou perdidos. Por exemplo, “o potencial para o desenvolvimento de turismo de qualidade é já muito pequeno ou nulo” nalguns sectores.

Embora várias peças da legislação portuguesa definam muitas destas zonas ocupadas como non edificandi, através de diferentes artifícios essa ocupação tem continuado a processar-se, alerta o investigador.

Em sua opinião, entre alguns dos os casos mais graves está a desafectação do Domínio Público Marítimo. Noutros, “são os direitos adquiridos, o que tende a comprovar que, em Portugal, os particulares, principalmente quando estão ligados à alta finança, têm mais direitos do que o colectivo da população portuguesa, designadamente a vindoura, como deve ser entendido quando se fala de sustentabilidade”.

É importante estar consciente de que existe elevada conflitualidade entre o poder central e o poder local, de tal forma que, em muitíssimos casos, apesar de o primeiro declarar, em geral com pompa e circunstância, no início de cada governo, a demolição destas edificações, estas se tendem a perpetuar, mercê da oposição explícita e vigorosa de algumas Câmaras Municipais, refere no seu documento.

Para Alveirinho Dias a situação de ocupação de áreas sensíveis no litoral “ advém de vários factores, designadamente a desarticulação entre a legislação, a deficiente fiscalização, bem como um sistema judicial extremamente moroso, complexo e, muitas vezes, ineficaz para defender os valores nacionais”.

Poder Judicial é ineficaz

“Sem modificação do sistema judicial de forma a adequá-lo às necessidades da gestão costeira integrada e, consequentemente, aos interesses da Nação, qualquer estratégia de gestão está, à partida, comprometida nalgumas das suas vertentes essenciais”, alerta.

“Não se conseguirá resolver de forma efectiva o grave problema da ocupação de várias zonas de risco, nuns casos ilegítima, noutros completamente ilegal e noutros ainda, contrária ao desenvolvimento sustentável nacional, sem que o poder judicial actue, acredita o docente da Universidade do Algarve.

E lembra ainda que “têm aumentado significativamente nos últimos tempos as acções «correctivas» no litoral, realizados com as contribuições dos cidadãos, através dos seus impostos, com resultados que são mais do que questionáveis”.

Ora, “a alteração climática em curso permite antever que a amplitude desta problemática será cada vez maior no futuro a curto, médio e longo prazo”, avisa.

Tendo em contaque a sociedade portuguesa “tem forte dependência da zona costeira onde existem problemas que se têm vindo a agravar nas últimas décadas e que o quadro institucional actual se mostrou incapaz de reverter, o investigador afirma: “Urge resolver, nem que para tal seja necessário proceder à mobilização geral da sociedade portuguesa, designadamente de todos os sectores da estrutura governamental”.


sexta-feira, 21 de agosto de 2009

ALBUFEIRA ESTÁ DE LUTO!

POR SOLIDARIEDADE COM AS FAMÍLIAS ENLUTADAS, ABSTEMO-NOS DE PUBLICAR QUALQUER POST NO DIA DE HOJE.


FORUM ALBUFEIRA

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

AS RAPOSAS E A BAIXA


retirado do livro - Café Alinça, sua história, suas fotografias
de Teodomiro Neto foto de Wolfgang Stumpf

A decadência da baixa de Faro, como as das outras cidades médias no País, são uma consequência de actos planeados, desenhados a régua e esquadro, e executados num rigor milimétrico em fases sucessivas.

Por trás destes planos, estão os investidores com e sem rosto, cuja força financeira lhes dá robustez para contratarem os melhores pensadores, planeadores e juristas, que definam cada passo, sem pressas, para o sucesso do objectivo final.

Não faltando o dinheiro, cada um nos seus papéis preparam a rectaguarda, tratam do enquadramento legal de suporte, segredam as letras de Lei e a orientação dos investimentos públicos locais e nacionais e não deixam ao acaso o trabalho de formação da opinião pública, factor imprescindível.

A massa pública em geral é trabalhada pela massa publicada, que rapidamente convence das inúmeras vantagens, validadas pelo discurso político da inevitabilidade.

Entre a opinião pública contam-se os concorrentes visados dos pequenos e médios negócios, para os quais são criados programas específicos. Sabendo que estão devidamente enquadrados nas diversas associações, é preciso assegurar que sejam dirigidos por “boas mãos” e procurar dar a estas mãos cobertura jurídica de argumentos, conduzindo pacientemente o rebanho para o desalento, para o abandono da actividade, para o endividamento natural até à falência, para a reforma antecipada ou para a via alternativa de se entregarem aos abusos e à rapinagem do esplendor do grande espaço.

A baixa de Faro é uma das vítimas destes planos, estes sim, sustentados, como também são sustentados o desinvestimento público nas áreas que são precisas cercar. Fazendo cair um a um os comerciantes do perímetro exterior, reduz-se o leque de resistência e o alento de quaisquer forças de reacção.

Na execução destes planos não há inocentes!

Nas suas diferentes etapas, os seus diferentes interventores, nos diferentes níveis de responsabilidade, sabiam que o caminho era este.

A última abordagem de Macário Correia ao tema baixa de Faro, com recurso a “especialistas”, constituiu mais um acto de farsa eleitoral, quando estamos perante uma figura que no seu percurso na AMAL/CIA, apôs a sua assinatura em todas as grandes e médias superfícies instaladas na região. A sua linguagem rodeou habilidosamente as perguntas do “sim ou não” a mais grandes espaços, critica as propostas do seu adversário e fala de limpeza e higiene… o que para bom entendedor…

Macário e Apolinário, são parte destes planos. Um, acabou de dar a machadada no comércio local da cidade em que ainda é presidente e outro, longe de se demarcar destes planos, até já autorizou mais 10.000 m2 ao Forum Algarve e tem em carteira mais espaços no estádio S. Luis, no Vale da Amoreira e no MARF.

Quanto à baixa, ninguém ouviu aos candidatos a voz de compromisso com um plano concreto. O que os comerciantes sabem é que os grandes espaços estão em situação de facto consumado, enquanto o Aliança está fechado, o ATRIUM implodiu, as lojas Martinez estão em dificuldades havendo o risco de mais espaços abandonados. É a impotência total!

E só faltam mais 45 dias para o acto eleitoral e a palavra de ordem é resistir até lá. Depois é aplicar as regras que tão bem têm funcionado.

Aos comerciantes só lhes resta abrirem os olhos, libertarem-se dos grilhões propagandísticos que vos amarram o pensamento e agirem.

Este é o momento para exigirem reuniões com as direcções das associações e obrigá-las a formularem um programa reivindicativo e apresentá-lo a todos os candidatos para que se pronunciem e dêem respostas.

Ou ficam paralisados à espera da morte ou agem, porque o próximo mandato determina a asfixia completa. E este passo é tão simples!

Luis Alexandre


(embora se trate de um texto dirigido a Faro, tem toda a semelhança nos seus traços essenciais, com a baixa de Albufeira)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

CARTAS ELEITORAIS


O ESPAÇO NATURAL DA LAGOA DOS SALGADOS

Na última década, este espaço de biodiversidade e de uma riqueza natural sui-generis, que abraça os concelhos de Albufeira e Silves, tem sido alvo de ocupação sancionada pelas decisões da Autarquia que para ali tem licenciado e fechado os olhos a muitas acções atentatórias da natureza e da Lei.

Desde os tempos da gestão PS até aos nossos dias sob a batuta do PSD, os sucessivos presidentes autorizaram um campo de golfe, o abate de pinheiros, o abre e fecha da lagoa e a sobre-ocupação dos solos envolventes com construção massificadora, cedendo a interesses de privados para quem os valores de eleição proporcionados pela natureza não têm outro qualquer valor senão o dos cifrões.

Num concelho tão pequeno e tão generosamente favorecido em diversidade de trechos de paisagem, a Lagoa dos Salgados, que poderia ter sido alvo de um projecto de valorização e de afirmação do concelho para a captação de nichos de mercado e que mereceria sempre a visita dos outros sectores mais descaracterizados dos fluxos turísticos, acabou por ser vítima de uma atitude mista de desprezo por um lado, e de fraqueza perante as propostas privadas de assalto ao valor estratégico, que só os responsáveis autárquicos não perceberam.

A população do concelho de Albufeira, tal como os nossos vizinhos de Silves, vivem uma revolta contida, que não tem tido eco nas autoridades.

Nestas eleições autárquicas, exigimos que os candidatos digam claramente o que pensam e que medidas preconizam para recuperar aquele santuário, património natural da população do concelho.


FORUM ALBUFEIRA

terça-feira, 18 de agosto de 2009

SOLTAS... A LEVAR EM CONTA!


1. O lixo não tem emenda!

2. O ruído também não tem emenda!

3. Acabadas (?!?!) as obras da Rua 5 de Outubro, tendo sido reclamado pela ACOSAL que fossem planeadas para uma longa duração e sustentabilidade e faltando testar o sistema de drenagem, em matéria de absorção de águas pluviais, eis que este sistema falha redondamente na eliminação dos cheiros dele provenientes.

Junto ao Café da Júlia em particular, numa zona de lazer largamente frequentada, os cheiros são insuportáveis para quem passa, vive, trabalha ou se senta na esplanada para comer e beber.

Na Rua Cândido dos Reis, também recentemente intervencionada, os problemas dos cheiros são uma dor de cabeça, com a agravante de se recear que as águas paradas nos canos prenunciem falta de inclinação dos mesmos para o escoamento.

Dois trabalhos adiados um ano, com tempo suficiente para a revisão dos planos, não deveriam apresentar este mau serviço que nos vai custar mais dinheiro para resolver.

Conhecendo a falta de capacidade deste Executivo em lidar com as críticas, receamos que as soluções e até a simples preocupação, fiquem na gaveta.

Para além destas duas ruas intervencionadas, também o Cais Herculano sofre de problemas de cheiros bem como falta de higiene por baixo dos pés dos clientes das esplanadas, face á acumulação de lixo por baixo das travessas de madeira ali colocadas como pavimento.

4. Para quando uma limpeza de processos no uso do património colectivo da população do concelho? Referimo-nos ao uso e abuso dos meios camarários para serviços particulares.

Elegeremos em Outubro um presidente capaz de pôr ordem nestes assuntos? Deixamos convosco as respostas!


FORUM ALBUFEIRA

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Iniciamos uma rúbrica dedicada ao falatório eleitoral

CARTAS ELEITORAIS


-FALAR BONITO OU FALAR SÉRIO?

Está dado o tiro de partida para as eleições e têm a palavra os contendores. Não havendo ainda as grandes tiradas, iniciamos esta rubrica com duas frases que devem marcar a discussão eleitoral. E quando nos referimos à palavra discussão, não nos ficamos pelos candidatos mas queremos aqui lançar a discussão entre os nossos leitores que podem e devem desenvolver um papel de influencia junto do grosso do eleitorado.

As frases são:

Desidério Silva:
(referindo-se ao descontentamento sobre as obras Polis)

"Comigo não haverá alterações no Largo Engº Duarte Pacheco"

David Martins:

"Vou promover um concurso de ideias para o Centro Histórico"

Dos outros desconhecem-se quaisquer intervenções sobre esta matéria.

O FORUM ALBUFEIRA, desde a primeira hora que defende a definição jurídica e administrativa do Centro Histórico, defendemos um forte investimento na sua recuperação para o usarmos como valor de atracção turística e para, ao ser classificado, nos permitir concorrer aos diferentes programas de apoio nacionais e internacionais que existem, tal como impedir mais actos de destruição e apagamento da memória colectiva.

Para um trabalho desta envergadura e que deve ser realizado com toda a seriedade, devemos criar uma comissão de historiadores, arquitectos, engenheiros e populares velhos conhecedores dos pormenores da traça antiga.

Este é o primeiro tema que propomos para discussão aqui neste FORUM.


FORUM ALBUFEIRA

domingo, 16 de agosto de 2009

COM PRINCÍPIOS ATÉ AO FIM!


Amanhã, dia 17 de Agosto, é o último dia para entrega das candidaturas às eleições autárquicas de Outubro.

No actual estado de crise da vida social e económica de Albufeira e no quadro político que a maioria absoluta do PSD criou, com a ausência de uma oposição partidária interventiva e convincente, cenário que levou à fundação da actividade de intervenção cívica do FORUM ALBUFEIRA, analisou-se a possibilidade de levar essa acção a outro nível, incluindo a eleitoral.

Não estando reunidas as condições subjectivas para tal papel, por razões que o tempo esclarecerá, uma parte dos seus membros de passagem e colaboração efémera, saiu para abraçar projectos de via partidária, impulsionando-nos a criar novas dinâmicas dentro do FORUM e a um reafirmar de força de cidadania com total independência e equidistância em relação aos Partidos.

O FORUM ALBUFEIRA transformou-se nestes quase dois anos de vida numa voz seguida com atenção pelos diferentes sectores da vida do concelho e da região, o que nos dá razões de sobra para continuarmos o nosso trabalho, por enquanto apenas através da força das palavras.

O FORUM ALBUFEIRA, passados os primeiros meses em que aprendemos a andar e depois das experiências recolhidas, vai preparar uma segunda geração de membros que revelem a fundamental vontade de defender os interesses do concelho, da região e do País, podendo nele participarem filiados ou simpatizantes de Partidos, sem o intuito de se servirem da sua actividade para as suas estratégias de poder.

O FORUM ALBUFEIRA levantou a sua voz, teve até agora uma actividade nobre de construção de ideias e estratégias e também de crítica, para serem ouvidas.

Continuamos firmes na ideia estratégica de que o tempo explica tudo, mostra o que valemos e se o que defendemos, e aqui referi-mo-nos a todas as forças no terreno sem excepção, são movidas pelas melhores intenções de defesa dos interesses colectivos ou se, pelo contrário, procuram apenas ganhar vantagens para indivíduos, grupos, classes e camadas de classe.

O FORUM ALBUFEIRA deixa bem claro que, como grupo de intervenção de cidadania, estabelece diálogo e colaboração em todas as actividades que concorram para o desenvolvimento e afirmação do concelho no contexto regional e nacional.


FORUM ALBUFEIRA


(Nota: entretanto o FORUM criou os seus diferentes órgãos, cumprindo os estatutos e a Lei)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O LIXO QUE NOS ATORMENTA!
AS QUEIXAS NÃO PARAM!


Quando chega o curto espaço de tempo em que a cidade fantasma de Albufeira, recebe os possíveis visitantes de Verão, este sector de enorme importância falha redondamente e aqui levantam-se muitos problemas de análise.

Em oito meses do ano em que o Executivo tem tempo para tudo, até para adormecer, como é que se explica aos cidadãos e aos visitantes os montes de lixo ao lado dos contentores e das papeleiras?

Porque razão é que este sector que tem uma importância para a imagem e a saúde pública, falha tão clamorosamente, sem que o Executivo camarário mostre compreensão e capacidade de resposta? Onde estão os serviços camarários de controle do cumprimento do contrato lavrado com a empresa privada que ganhou um concurso público em concorrência com outras?

Falando de factos concretos, entre muitas outras situações espalhadas pela cidade, evocamos aqui o topo norte da Rua 5 de Outubro, onde em frente a uma Pensão concorrida nesta altura do ano, o lixo amontoa-se espalhando os seus cheiros nauseabundos da fermentação de horas de exposição ao ar e à força do Sol.

Tão célere a aprovar uma pretensão da empresa de lixos, felizmente chumbada pelo bom senso e pela denúncia pública, porque razão o Executivo não faz o seu trabalho de "patrão" e exige que o trabalho corresponda ao contratado? Ou será que o Executivo ficou escravo dos termos do contrato? Seria de todo imperativo que a população ouvisse uma justificação para este tipo de situações que, infelizmente, se repetem nos últimos Verões.

Ao que sabemos, o vereador do lixo está de saída, será substituído por outro, mas ainda que lhe caibam responsabilidades, também sabemos do espírito de obediência servilista e de rédeas curtas que foi instituído como regra geral dentro do Executivo PSD, dirigido pelo estilo prepotente e de subjugação da dupla Desidério Silva/Carlos Silva e Sousa.

As responsabilidades do mau funcionamento de mais este sector devem-se à cabeça dos órgãos camarários, que sempre se identificaram com a atribuição dos dez milhões e nada fazem para que um serviço público de grande responsabilidade, funcione ao nível do valor da cidade no sector turístico.


FORUM ALBUFEIRA

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

VEM AÍ O CIRCO!


À entrada de um momento alto da vida do concelho, a realização de eleições específicas para o seu governo, deve-nos levar a uma reflexão profunda do que está para trás, nestes 35 anos de democracia parlamentar.

Vão cinco Partidos a eleições! Quatro velhos e revistos e um ocasional, em termos locais.

Tirando os anos quentes do pós 25 de Abril em que a autarquia foi gerida por pessoas da terra e não eleitas, com a institucionalização dos processos eleitorais, o concelho só foi gerido 27 anos pelo PS e 8 pelo PSD. Os outros Partidos, à excepção do novíssimo furacão BE (reunião de linhas de pensamento contraditórias entre si), têm desempenhado um papel de sobrevivência local, portanto, sem intervenção de valor real específico para a vida da população.

Tudo o que somos, tudo o que ganhámos e tudo o que perdemos, devem-se a estes dois principais Partidos, um que se diz de esquerda e pratica uma política de direita e, outro, de direita que fez jus a essa condição.

Se temos um tecido económico em queda, se temos menos procura do destino, se temos uma linha de costa massificada e desordenada, se temos exagero entre procura e oferta e um parque habitacional estagnado e deserto, com toda as outras componentes de má organização infra-estrutural (estacionamentos, saúde, verdes, apoios de rectaguarda do trabalho, segurança, educação, etc), devê-mo-lo à má gestão e às promessas não cumpridas destes dois Partidos e ao deixa andar por parte dos outros.

A velha vila bucólica e histórica, de gente simples e pacata, foi surpreendida e engolida pela grande cidade de betão e novo-riquismo, foi ficando para trás por culpa da falta de capacidade estratégica de planear e de políticas de favorecimento dos novos senhores da construção que, sob a capa de progresso e de contribuírem para o aumento das receitas camarárias, argumentos constantemente reproduzidos pelos responsáveis autárquicos, cortaram como quiseram, ocuparam como quiseram, destruíram como quiseram, deixando-nos agora uma herança muito pesada e que os dois Partidos, PSD e PS, entre acusações mútuas, procuram desvalorizar.

E perante a desresponsabilização que mostra a verdadeira natureza e falta de princípios destes Partidos, os seus candidatos, o actual presidente, do PSD, e o novel aspirante do PS, de auréola parlamentar e bem relacionado (diz ele) com o poder, prometem-nos resolver o que de mal está feito por eles e que têm novas formulas e ideias para o futuro.

Qualquer cidadão avisado, ao ouvir estes discursos, tem todas as razões para ficar preocupado!

Com o prédio mal construído e a abanar por todos os lados, em curva descendente de criação de riqueza, com uma preocupante taxa de desemprego e uma imagem geral degradada, somos confrontados com os discursos cinematográficos da varinha mágica, de que desta é que vai ser, quando todos os indicadores económicos e sociais recomendam uma linguagem de franqueza, começando por assumir as suas responsabilidades para poderem credibilizar o que se propõem fazer.

O que ouvimos dos candidatos assumidos, que somos todos Albufeira ou que vamos fazer mais, que se propõem fazer, por exemplo, 200 novos lugares em creches quando as necessidades reais vão em mais de 400, mostram bem a real intenção de que este e os outros problemas são para arrastar e que o que está realmente em causa é chegar à cadeira do poder e gerir o orçamento camarário, que foi milionário nos últimos anos mas pode bem regredir debaixo da pressão dos números da crise.

A visão que PSD e PS mostram para a realidade, é trabalhada internamente, para ser direccionada aos sentimentos e aos pensamentos mais básicos da população, fazendo-os acreditar de novo que os velhos algozes podem ser os seus salvadores.

Trinta e cinco anos de enganos repartidos no poder local, com as consequências nefastas que são completamente visíveis no espaço do concelho, da linha de costa encaixotada ao quase abandono do interior, são suficientes para uma mudança de atitude da população na hora de fazer as escolhas e no tempo que se lhe segue.

Paderne só tem o castelo, a Guia é conhecida pelo frango, o Zoomarine e a lenta destruição da Lagoa dos Salgados, os Olhos de Água vêm à ribalta pelos esgotos e a destruição do seu estilo pictórico, as Ferreiras são um dormitório desclassificado e caro e a cidade, cujas referências são o núcleo histórico e a praia, tem sido vandalizada e inundada impunemente, tendo-se tornado num lugar ruidoso, inseguro, incómodo, mal organizado, de arquitectura e arranjos estéticos de pseudo-vanguardismo, mais para satisfação do umbigo dos seus criadores e sugadores dos dinheiros públicos ( a Câmara e o Governo PS/Parque Expo no seu famoso Programa Polis).

Albufeira é hoje, na boca dos seus actuais e ex-dirigentes, uma cidade cosmopolita, virada para o futuro e necessitando de reacertos programáticos que estão agora escritos para o altar eleitoral de Outubro. Falta é explicar porquê e quem é que provocou todos os factos que conduziram à fraca prestação que vem desde 2001, com altos e baixos e crescimento nulo ou negativo, e que em 2008 entraram em linha de queda acentuada que não pára ao longo de 2009, com todo o seu cortejo de consequências que se vão começar a contabilizar e prenunciam situações sociais e económicas desestabilizadoras.

Os problemas do concelho de Albufeira não se resolvem em Outubro e o grande perdedor de todos os actos eleitorais foi o povo!

Outubro vai trazer uma mudança de filosofia estratégica na condução do nosso futuro? Não de todo!

Velhos e novos concorrentes, caras novas ou velhas, novas formas para o mesmo fio condutor, raposas que mudam de covil, independentes partidarizados e instrumentalizados, satélites que mudam de órbita, políticos recauchutados e de vai e vem, transformistas intelectuais e politicos, as eleições de Outubro têm de tudo, todos saem dos velhos sacos de fazer política e a derrota popular está assegurada no tempo.


Luis Alexandre

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A REPETIÇÃO DO DESPESISMO, É UMA AFRONTA À POPULAÇÃO DO CONCELHO!


Aproxima-se o ano lectivo 2009/2010 e toda a população vive a expectativa se vamos voltar a ver a repetição das aventuras despesistas do pelouro da Educação, comandado pelo Dr. Carlos Rolo, contratando um barco de recreio para durante sete ou oito horas, promover um pretenso convívio, limitado a uma pequena parte dos professores que exercem no concelho.

Tratando-se de uma abertura simbólica, facto que ocorre por esse País fora formalmente dentro de cada escola, porque razão a Câmara Municipal tem de montar o seu show propagandístico com os dinheiros públicos?

O dinheiro dispendido dá para fazer reparações ou montar sistemas térmicos em alguma das escolas necessitadas, resultando esse investimento numa utilidade que se projecta no rendimento e futuro dos alunos.

O despesismo camarário não faz sentido, só evidencia estilo diletante na condução da coisa pública e assumirá o valor de atentado ao pudor, se tal se vier a realizar em plena crise económica e financeira que afecta de forma pesada o concelho.

A oposição camarária tem silenciado estes actos, o que não abona nada em seu favor aos olhos de uma população castigada pelo desemprego, perda de valor dos seus salários reais e dos rendimentos empresariais, entre outras necessidades.

Para pagamento desta iniciativa no ano transacto, o Executivo PSD desembolsou a módica importância de 26.460.00 euros. Um acto exibicionista de novo-riquismo autárquico e agora para cumprir parte das promessas feitas, fez a assembleia municipal aprovar dois pedidos de empréstimos bancários no valor de muitos milhões de euros.

Esta política não faz qualquer sentido e deve ser condenada pela população do concelho!


FORUM ALBUFEIRA

terça-feira, 11 de agosto de 2009

TEXUGUEIRAS, A ILEGALIDADE À SOLTA?

O TEMA URBANIZAÇÃO DAS TEXUGUEIRAS E AS FORMAS DE INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DAS LEIS, QUE NÃO É EXCLUSIVA DO PSD PORQUE NO PASSADO O PS ANDOU PELOS MESMOS CAMINHOS, SERÁ QUE VAI SER SER UM TEMA FORTE DO DEBATE ELEITORAL?

SERÁ QUE ALGUM CANDIDATO TEM A CORAGEM DE ESTUDAR E PEGAR NO ASSUNTO PARA PROCURAR A VERDADE?

DEIXAMOS O DESAFIO, QUE PODE FAZER MUITA DIFERENÇA!

O FORUM ALBUFEIRA TEM MAIS DESENVOLVIMENTOS E DOCUMENTAÇÃO QUE DIVULGARÁ BREVEMENTE.



FORUM ALBUFEIRA

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

UM PRESIDENTE DE JUNTA APAGADO!


Do conjunto das freguesias do concelho, a que perde mais identidade e se confunde com o trabalho camarário é a da cidade de Albufeira.

Nas outras quatro freguesias que correspondem a outras tantas aldeias, a visibilidade das carências tem outra dimensão e o trabalho realizado ou não, é sentido pelas populações de forma diferente.

Pela sua área e densidade populacional, a cidade exige mais atenção e investimento até por ser a primeira linha de imagem na oferta turística.

As aldeias, duas de linha de costa e duas interiores, desempenham papéis diferentes no contexto da actividade económica principal. Têm frentes de organização e necessidades específicas em quase todas as áreas, desde a habitação à saúde, da segurança à higiene, do ordenamento ao lazer, entre outras.

O desempenho camarário e apesar das promessas distribuídas em eleições atrasadas estão muitas por cumprir, porque as freguesias não têm os poderosos meios financeiros que são canalizados para os cofres da Câmara Municipal.

Esta toma as decisões que lhe convém, usa as receitas dentro dessas conveniências, deixando muitas das necessidades estruturais das freguesias em execução lenta e sempre longe do prometido.

A força da pata camarária é muito grande e quando a côr partidária do Executivo goza de maioria absoluta, as respostas aos problemas concretos e as reivindicações locais são trabalhadas em função dos votos futuros.

Os presidentes de Junta de Freguesia de côr diferente e mesmo os da côr, acabam por entrar nos jogos de poder, na expectativa de cumprirem as suas próprias promessas embora saibam da dependência do poder concentrado no Executivo camarário. A sua capacidade reivindicativa fica reduzida e muitas vezes sujeita a cedências que podem levar a mudanças de opções politico-partidárias...

Na freguesia de Albufeira, a situação é bem diferente na medida em que o seu presidente é um amigo pessoal, confidente e incondicional do presidente da Câmara.

A sua actividade é totalmente subordinada à vontade camarária, não enfrenta problemas financeiros, dizendo há dois anos em entrevista, que a Câmara lhe dava respostas às necessidades de tesouraria, limitando as suas funções aos assuntos correntes burocráticos e de jogos de influências a favor do poder de que faz parte sem quaisquer divergências.

Os amigos são para as ocasiões e este amigo inseparável de Desidério Silva tem gozado das facilidades camarárias, tendo sido alvo de contestação ao montar um restaurante numa moradia transformada e implantada em zona residencial.

A gestão da Junta de Freguesia de Albufeira foi feita como se não existissem problemas concretos sobre os quais o seu presidente se devesse preocupar. Todas as queixas provenientes dos cidadãos nunca incomodaram este presidente obediente, cego, surdo e pouco mudo em sentido contrário.

Foi um presidente apagado, silenciou os protestos dos comerciantes nas inundações, na exigência de estacionamentos e no preço das taxas, na segurança, na venda ambulante ilegal, no desordenamento estético da baixa entre outras matérias, sobre as quais nunca se lhe ouviu uma palavra ou uma tentativa de compreender quem levanta esta sucessão de problemas.

A continuidade de um tal presidente na Junta, representa a continuidade da política que não serve a população da cidade e que os problemas vão continuar a serem geridos em função do chefe e do Partido.

E ainda houve quem defendesse tal personagem para a vereação... e outros, em completo estado de demência, como sucessor de Desidério Silva...


FORUM ALBUFEIRA

domingo, 9 de agosto de 2009

O FORUM ALBUFEIRA ULTRAPASSOU AS 36.000 VISITAS!


Passados sete meses sobre a introdução do nosso contador de visitas, atingimos a bonita soma de 36.000 visitantes, tantos como os habitantes da cidade de Albufeira.

Nestes 21 meses de existência do FORUM ALBUFEIRA, na modéstia dos nossos meios, procurámos acompanhar a vida social, económica e política do concelho, para dela extrairmos ideias e construirmos opiniões que pudessem contribuir para a formação da opinião pública, num ângulo de análise não alinhado em teorias partidárias e com o objectivo claro e único de defendermos os seus superiores interesses.

Sentimo-nos recompensados pelo vosso apoio mas temos a certeza que muitas batalhas estão pela frente, cada vez mais difíceis, porque os perigos espreitam e os meios que os nossos adversários dispõem são incomensuravelmente maiores e poderosos.

O próprio presidente da Câmara, num acto de pouca cultura democrática e em plena sessão pública do executivo, invectivou o FORUM ALBUFEIRA de incitar à violência, mostrando a dificuldade em lidar com as críticas e com as perguntas sobre as opções da gestão camarária.

O FORUM ALBUFEIRA, tem consciência das responsabilidades criadas e quer continuar, com o vosso apoio e participação, a cumprir a missão que levou à sua fundação e legalização como Associação de intervenção política.

Obrigado pelo apoio!

VIVA ALBUFEIRA!


FORUM ALBUFEIRA

sábado, 8 de agosto de 2009

SOLTAS... QUE DÃO QUE PENSAR...


Segurança

Em notícia do jornal CM do passado dia 5 de Agosto, tomámos conhecimento de uma acção higiénica levada a cabo pela GNR no calçadão de Quarteira, que resultou na identificação, apreensão de bens contrafeitos e detenção de indivíduos que procediam à venda ilegal.

Nesta acção de grande significado estratégico, foram doze os que receberam ordem de detenção, revelando esta acção que este tipo de criminalidade tem vindo a aumentar e que as queixas dos cidadãos começam a ser ouvidas, sendo que a compreensão destes problemas ainda têm interpretações e reacções diferentes nos vários concelhos da região.

Albufeira é um desses concelhos em que as autoridades têm feito ouvidos de mercadores sobre os factos graves de agressividade desses vendedores sobre cidadãos comuns e comerciantes, sem que se vejam acções no terreno para repor a legalidade e transmitirem confiança à população.

O Executivo camarário e o comando local da GNR de Albufeira, têm absoluto conhecimento da gravidade da situação, sabem que estas acções de vendas têm por trás ilícitos mais graves como venda de drogas, mas insistem no argumento esfarrapado de defesa da imagem da cidade e em detrimento da tranquilidade e segurança futuras.

Pelos vistos, no concelho de Loulé, as autoridades ultrapassaram as hesitações e perceberam que era necessário e urgente agir para manter o ambiente de rua em condições de normalidade.

São muitos os comerciantes e populares que já presenciaram burlas e vendas de drogas, estando os seus autores diariamente na sua actividade sem que sejam importunados, ao contrário daqueles que lhes façam frente.

Outro aspecto a ressaltar é que são muitos os anos em que estes problemas se arrastam bem como tem aumentado o número de delinquentes, conhecendo estes muito bem a impunidade que a cidade oferece.

Os apelos da população não têm sido ouvidos mas esperamos que o exemplo do concelho vizinho frutifique.



Lixo

Este ano, mesmo em período eleitoral extenso e de acções de faz de conta, acontece que a limpeza das papeleiras e das ruas deixam muito a desejar.

A seguir às obras Polis, com o mesmo contrato que se encontra em vigor com a empresa concessionária Cavacos SA, as papeleiras eram duas a três vezes limpas ao dia o que não se passa agora. As papeleiras abarrotam de lixo ao ponto de ser deitado no chão ao lado das mesmas e sujeitas a cheiros, moscas e pontapés de transeuntes, os tais a quem temos de agradar para aceitarem a renovação do convite para os anos seguintes.

Depois do incidente de recusa da pretensão de mais 10 milhões de euros extra contratuais para cumprimento do contrato em vigor, esperemos que esta situação não corresponda a qualquer acção de relaxamento contratual, cabendo ao executivo camarário zelar pelo seu cumprimento e evitar que estas situações se arrastem.


FORUM ALBUFEIRA

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

ALISUPER DEVE UM MILHÃO DE EUROS AOS TRABALHADORES!


Exmºs Sr.s Jornalistas,
Em anexo segue nota à Comunicação Social sobre a dívida dos Supermercados Alisuper aos seus trabalhadores, o que os obrigou a convocar Greve para o próximo dia 14 de Agosto em todos as lojas do Algarve.
Obrigado pela atenção
A Delegação regional do Algarve do CESP