sexta-feira, 30 de abril de 2010

A GRANDE VIDIGUEIRA

A GRANDE VIDIGUEIRA





Como o peixe indefeso apanhado na rede, o povo português está enredado na sua secular missão de servir e pagar as contas dos que se arvoram em seus defensores. Como na pesca, mesmo sendo ilegal e flageladora dos mais pequenos, a malha fina é que dá dividendos.

A sucessão de convulsões do pós 25 de Abril - com pequenas travessias em que o grande capital dá trabalho, arrecada e os políticos chamam de prosperidade - constituíram-se num estendal de pedidos de sacrifício a uma população laboriosa e aforradora, para benefício de uma classe política, dividida entre a corrupção e a cumplicidade silenciosa, e uma classe de especuladores e banqueiros, que usaram os rendimentos desse trabalho e do seu esforçado aforro, sem qualquer controlo, transformando uma conta à ordem remunerada de uso dos dinheiros dos outros, numa conta sujeita ao preço de um serviço virtual.

Mais do que uma população aflita, que olha para as suas mãos e não se sente culpada de nada do que a acusam, temos uma classe política confrontada com a própria podridão espalhada na condução da vida do país e que recorre ao terrorismo económico e financeiro, para a fazer vergar.

Os arranjos políticos sucedem-se, tiveram no primeiro conserto a piedosa atenção do cavaquismo e a de sobrevivência do submarino à tona de água de Paulo Portas mas, os gritos de socorro para as incapacidades instaladas, vão justificar uma frente de consenso mais alargada.

Sócrates não quer ser um homem só - o seu partido está podre como o país – e, cada passo para o futuro tem de ter a maior base parlamentar possível.

Passos Coelho, sem margem para o uso da cartola, já foi em socorro secreto do Governo, oferendo-lhe o consenso com o qual lhe pensa comer os miolos.

Agradado com a medida tripa-forra de poupança dos bolsos dos grandes jogadores da bolsa, deu o braço a Sócrates e já combinaram tramar os vis desempregados e os RSI. As medidas seguintes, debaixo do fogo satânico da falta de liquidez, têm o olho nas regalias sociais que possam ser confiscadas ou contributivas, passam por atacar no IVA, talvez propondo uns simpáticos 22% e a transferência de produtos para escalões acima, sem esquecer o ataque às empresas, perseguindo-as e esquecendo a abominação de Ferreira Leite ao outro PEC.

Toda esta inteligência em movimento, não arquitecta cortar nos ordenados e reformas dos políticos, no número de deputados, na extinção de serviços sobrepostos ou inúteis, nos gabinetes do presidente e dos ex-presidentes, nos estudos e pré-estudos, nas consultadorias para amigos, na tropa, nas derrapagens douradas das obras públicas, nas despesas correntes dos ministérios, nas despesas perdulárias com os amigos das farmacêuticas e com as empresas e gestores públicos que agem sem arbítrio, entre outros.

Quanto a impostos e isenções, mais fogem e beneficiam as grandes empresas, nacionais e estrangeiras, que aquilo que eventualmente pagará o universo do trabalho. Se um Banco tem cobertura legal para onerar o nosso dinheiro por estar na caixa dele, porque razão o Estado é complacente e não defende a caixa de todos?

Quando os autarcas da Vidigueira decidiram apenas cortar nos seus salários, não foi o povo que protestou, mas sim, os seus comparsas dos quatro cantos do país. Era o que faltava…


Luis Alexandre

quinta-feira, 29 de abril de 2010

SÓCRATES SABE NADAR IÓ…



José Sócrates é, sem dúvida, o mais sagaz de todos os primeiros-ministros da era democrata-burguesa, evidenciando uma capacidade de leitura política dos factos por antecipação, colocando-o em posição de tirar vantagens. Nem Soares se contorceu tanto.

Sócrates atravessou 4 anos de governação com as tropas internas em aprumo, pôs o país a pagar os custos do deficit, tirou argumentos aos opositores e, só foi vencido, tal como o amigo Constâncio, pela sua “ignorância” sobre o trabalho subterrâneo dos financeiros e banqueiros.

Pôs o país a trabalhar para nada, armadilhou as instituições e empresas públicas com os correlegionários, numa ambição pessoal desmedida de segurar o poder e, sem saber de nada, forjavam-se teias de silenciamento de opositores, de apagamento de investigações consideradas comprometedoras e manteve o aparelho de Estado em permanente arraial e sob ameaça de falência.

Neste percurso eloquente, o país votou-lhe a entrega das chaves no ano passado, desconfiando dos adversários e, não enjeitando o gosto, José Sócrates, enquanto prepara o trilho do novo programa de salvação nacional, com as vontades dos adversários que se chegarem à frente, atalha também a sobrevivência do seu Governo periclitante.

A catástrofe da Madeira, ainda com a memória fresca sobre o caldo entornado do OE e dos dinheiros para a região, aproximou os dois adversários pela única maneira possível, o montante das ajudas de solidariedade nacional, que deve ter tido episódios de olho por olho, dente por dente, com final feliz, representado no inchaço dos dois políticos. Jardim conseguiu o dinheiro em tranches e Sócrates terá trazido no bolso a simpatia para os próximos OE e PEC.

Não sendo original o processo de reconciliação, é um contributo para o clima de entendimento entre as duas partes do território, dando substância aos necessários acordos futuros com as forças partidárias, para porem o trabalho na ordem.

Trabalho que não está pelos ajustes e mostra não querer baixar a cabeça. As manifestações e as greves estão na rua e os quadrantes de poder que construíram a actual situação, estão inquietos nas suas faustas regalias, ganhas a pulso… de lei e, já adiantam, numa injustiça para com as omnicapacidades de José Sócrates, a ideia de um Governo de salvação nacional, incluindo o PCP, o que coloca o BE com o estatuto de indiscutível.

A realidade imparável, somatório de muitos factores sociais que se transformam, tanto pode ditar o derrube (improvável) do Governo pelo caso aleatório do negócio PT/TVI, como podem ser as prováveis forças da razão dos movimentos populares de contestação, que se recusam a pagar os custos de uma crise que não provocaram.

As duas faces da moeda compreendem os seus papéis no melindre da situação e, o PR, mais atento do que nunca à melhor forma imperiosa de agir, vai dramatizar o discurso à população, abrindo caminho às acções governativas de usar o poder das palavras ou do chicote.

Daqui para a frente, o que importa à classe dominante, são os fins.


Luis Alexandre

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O VELHO CANEIRO DA RIBEIRA VAI SER INTERVENCIONADO


É só uma questão de tempo e, se o velho caneiro deu dissabores, o seu acrescento vai aumentar os problemas. Os seus responsáveis já estarão em pleno gozo das reformas douradas.


A Câmara Municipal, há cerca de 3 semanas, anunciou à população através da imprensa, que vai gastar orçamentalmente à volta de 900.000 euros para uma intervenção no caneiro subterrâneo da ribeira das Ferreiras que, nas suas próprias palavras, escritas em acta camarária, dizem textualmente que a estrutura está em risco de colapso.

Esta obra, fez parte dos planos de intervenção do Programa Polis/Câmara, com todo o sentido, uma vez que era urgente intervir nas canalizações urbanas da baixa da cidade mas, foi abandonada naquela perspectiva, tendo sido retomada por imperativo do seu estado degradado e propiciador de grandes dissabores no futuro.

O caneiro em causa, com mais de 60 anos de existência, acumulou uma enorme quantidade de aluviões no seu interior, arrastados pelas águas e que se foram acumulando, sem que qualquer executivo camarário se tivesse preocupado com o seu estado e o que poderia representar de negativo para a baixa da cidade em situação de grande concentração de chuvas.

Os técnicos do famoso Programa Polis/Câmara chegaram a vistori-á-lo, concluíram da gravidade da obstrução da sua capacidade de escoamento, mas nada foi feito. Hoje, pode-se concluir, que as inundações que a baixa de Albufeira sofreram, têm aqui uma parte importante da sua explicação.

Esta intervenção apressada da Câmara Municipal, revela bem a veracidade desta opinião, de certeza constatada pelos técnicos, que recomendam a tal intervenção urgente anunciada.

Os factos compõem-se e dão forma à acusação das responsabilidades da Câmara Municipal nos prejuízos que os cidadãos e comerciantes sofreram com as sucessivas inundações.

Os factos passados foram avisos sérios não atendidos nem compreendidos, atrevendo-se a CMA, furando até a lei e com o apadrinhamento da ARHAlgarve, a encanar a ribeira em causa em mais 700 metros, conhecendo toda a situação de constrangimentos que a levam a programar esta intervenção de limpeza.

Os erros acumulam-se na proporção da impunidade, técnica, social e política. Mas tudo tem um fim!


FORUM ALBUFEIRA

terça-feira, 27 de abril de 2010

36 ANOS DEPOIS DO GOLPE DE ESTADO

Com um desplante de conveniência, em vestes reengomadas para o propósito e ditas democráticas, todos os partidos do hemiciclo, cada um consciente dos constrangimentos que provocaram na vida do país e sem peso de consciência dos factos decorridos, repetiram os diferentes discursos ocos sobre o evento do “dia da liberdade”.

Tantos anos decorridos sobre a intervenção militar que pôs fim ao regime fascista e do que representou para o país, são conhecidas as tentativas de diluição ou apropriação dos dois lados que corporizam o actual regime. Trinta e seis anos depois, a profundidade da crise que criaram aproximou-os e, neste 25 de Abril de 2010, as diferenças ficaram demonstradas que são de forma e não de fundo.

Todas as trombetas discursivas que ecoaram, cumpridos os louvores obrigatórios à efeméride que ornamenta o calendário, passaram ao que os preocupa, como convencerem o povo português a acreditarem nas suas novas imposições para a saída de mais uma situação gravosa da economia e que alguns afirmam ser a mais negra e perigosa desta maravilhosa democracia.

O traço comum desta comemoração foi o da lamentação e embaraço, com os políticos da nossa praça a serem acossados na rua, pelas suas responsabilidades no défice público e na monstruosidade da dívida pública, que vão provocar o desinvestimento e a degradação das condições das instituições e da vida da população.

O Presidente da República, que costuma estar no mais alto pedestal da ocasião, sacou do bolso uma velha teoria, apresentada como solução deste país, virar-mo-nos para o mar, quando ele próprio assinou muitos decretos contra a nossa soberania sobre as 200 milhas marítimas, a redução das pescas e da nossa frota. Falou do mar e porque razão se esqueceu da agricultura, do calçado, do vestuário e outras indústrias que foram sacrificadas às contrapartidas financeiras de uma Europa que nos propunha a solução das assimetrias para com os países mais avançados?

Hoje temos uma economia desestruturada, dependente do investimento estrangeiro que age sobre condições negociadas e vantajosas, enquanto o tecido e as iniciativas nacionais são deixadas por sua conta e debaixo da pressão dos impostos e das exigências bancárias.

Outros dois traços doutrinários desta comemoração do golpe militar de 2004 são, por um lado, o pensamento da direita tradicional de condenar o PREC na desorganização do Estado e da sua autoridade, procurando confundir o povo sobre a sua verdadeira e não concretizada aspiração à revolução, e, por outro, comum às duas faces deste regime democrata-burguês, a fastidiosa alusão à corrupção instalada, que mina e impede a sociedade portuguesa de se desenvolver, como se fosse um fenómeno fantasma e estranho aos senhores e organizações que têm dirigido e controlado toda a vida do país.

Os anos passaram, o país comemora uma data, os que viveram aqueles dias de esperança vivem hoje na angústia da ocasião falhada e as gerações mais novas vivem as liberdades e perigos que herdaram, ainda sem a percepção das responsabilidades que lhes estão imputando.

Como todas as datas na História, esta também vai gerar as mudanças!


Luis alexandre



segunda-feira, 26 de abril de 2010

UM PRESIDENTE, UM GOVERNO E UMA MAIORIA



Desidério Silva, no seu nono ano de um terceiro mandato de governação PSD, dispôs, desde a primeira hora, de condições altamente favoráveis ao exercício da função e quando vinha de uma experiência de vereador das obras a convite do presidente socialista, com o qual colaborou até lhe ganhar o espaço.

De um conjunto de promessas iniciais que o levaram a ser votado alternativa, destacamos as principais: exemplo de transparência e racionalização da gestão pública; infra-estruturação do concelho, com construção de escolas, creches, habitação social e outros equipamentos; prosperidade económica apoiando as actividades económicas do concelho; construção de um Hospital e criação do evento do fim do ano, como relançador do concelho.

Com o poder assente em maiorias confortáveis e apoiado pela desorientação dos adversários, condenados sucessivamente pelas más governações e incapacidade de fazer oposição credível, os executivos PSD, iniciaram um verdadeiro assalto aos bolsos dos contribuintes, levando as taxas ao nível das mais altas do país, sem que tal se reflectisse em cumprimento, pelo menos faseado, das promessas feitas.

Com as receitas em alta de ano para ano, apoiados num crescimento de convite à construção desordenada, com todo o rol de denunciadas consequências negativas, sobretudo na vida e nos rendimentos das pessoas, quer nas residentes como nas que foram chegando à procura de oportunidades e encontraram uma cidade cara e sem oferta de estruturas para o suporte e desenvolvimento das famílias e das ambições.

Na posse de orçamentos invejáveis, mais de 20% estão a ser canalizados para uma estrutura pesada da autarquia, aumentada na cor política, contrariando a tal racionalidade e sem que se conheçam planos para soluções de poupança e dinamização da sua actividade.

Puseram de pé o tal programa de fim de ano, com altos e baixos, mas habitação social está igual a zero, bem como o Hospital não saiu da gaveta, para dar lugar aos privados, num concelho cujo Centro de Saúde não tem meios para atender condignamente e a taxa de cobertura de médicos de família roça os 50%.

A zona comercial das Areias de S. João e da Av. Sá Carneiro, que se revoltaram há dois anos em busca do prometido, vive dias desesperados com os problemas agravados. A baixa comercial, depois das machadadas Polis, de descaracterização e das más soluções em termos de saneamento, também desespera com a linguagem oficial do para amanhã.

As escolas e creches, fazem-se a um ritmo que mantêm negativas as taxas de cobertura e, nem a protegida e muito cara iniciativa privada, conseguem responder.

Uma boa parte das obras públicas que a autarquia lança, para além daquelas que arrancam sem projecto ou com processos encarecidos para objectivos, acabam por derrapar, num desperdício e desorganização dos dinheiros do erário.

Com todos os meios de base política eleitoral e disponibilidade financeira, a leitura que podemos fazer da gestão pública executada é de nota negativa, com claro favorecimento dos interesses privados sobre os colectivos.

Um facto indesmentível, é o avanço da sazonalidade sobre a vida activa, com o seu rasto de empobrecimento da economia e da vida da população.

Dinheiro e maioria não são sinónimos de boa gestão mas, quem se preocupa em julgar e travar os seus responsáveis?


Luis Alexandre

domingo, 25 de abril de 2010

QUE MOTIVAÇÕES TEM A JUVENTUDE DE HOJE



Trinta e seis anos depois da abrilada, onde a juventude e as ideias jovens tiveram um papel preponderante na queda do regime fascista e na sua substituição pelo actual modelo parlamentar, poder-se-á falar do seu adormecimento ou afastamento, relativamente às causas sociais?

Numa análise mais cuidada, pode-se concluir, que as motivações que separam uma e outra época diferentes, estando no passado o inimigo claramente referenciado pela repressão a tudo o que era novo, provocando toda uma sociedade, com mais clara apreensão das suas forças mais progressistas, espalhadas no tecido social.

No campo económico, as contradições não estavam na falta de trabalho mas, nas suas condições de exploração e, no campo financeiro, o controle férreo do dinheiro fazia-se em circuito fechado e ao serviço dos membros do regime. Nas suas diferentes frentes, a juventude, sobretudo a masculina, não enfrentava problemas de ocupação. A sua veia de protesto, era justificada pela compreensão, solidariedade e desejo de mudança.

O actual contexto, não prenuncia um regime tirano e policial, anuncia-se em princípios de abertura à circulação de ideias, está economicamente organizado em processos da procura e da oferta e depende da constante modernização, da qual depende o mercado de trabalho, cada vez mais apetrechado e cada vez mais desvalorizado. O mercado financeiro abriu-se, vive dos serviços a uma maior base social, com outro modo de vida, proveniente do incitamento ao consumo que por sua vez justifica o desenvolvimento económico ou cai em função dos excessos.

A democratização do regime trouxe gradualmente a democratização da cultura e do ensino, a juventude dos nossos dias tem mais conhecimentos, mais experimentação social e tecnológica, absorve cada vez mais recursos familiares e enfrenta dificuldades sociais, sobre cujas razões de fundo presta, aparentemente, pouca atenção. A sua atenção pela ligação das causas é ainda dispersa, as supostas elites, que antes do 25 de Abril tiveram um papel de primeira linha no combate político, hoje estão do lado dos valores da democracia parlamentar e dos seus partidos, não ousando pôr nada em causa, ainda que os sinais sociais sejam de degradação preocupante.

Questões que são do foro intrínseco do seu crescimento e afirmação, estão em degenerescência, são transversais à sociedade e ao funcionamento das famílias, que se vêem obrigadas a baixar as expectativas dos seus membros. Os jovens têm em cima da mesa um vasto leque de apreensões, que vão dos níveis de formação à solidariedade familiar, à entrada na vida activa e à constituição das suas próprias famílias, entre outras.

O actual sistema criou-os e não lhes tem dado respostas. Os próximos anos de crise profunda, só indiciam o seu agravamento e quer as juventudes partidárias queiram ou não continuar a peneirar o Sol, eles vão saltar vincadamente para a mesa da discussão. Lá em casa, nas escolas, nas academias ou nos locais de convívio, a juventude vai mostrar que não é rasca.


Luis Alexandre

sábado, 24 de abril de 2010

CONTRA AS PORTAGENS NAS SCUT




O FORUM ALBUF
EIRA, associa-se aos protestos dos cidadãos e empresas, no que se refere à intenção do Governo PS, pretender lançar portagens nas SCUT, sem que as populações daquelas zonas do país tenham estradas alternativas em condições para se deslocarem e trabalharem.

O Governo ataca o norte, com o olho a sul.

A estratégia de crise não justifica todos os meios e o Governo procura receber por esta via, os dividendos que lhe faltam nas contas públicas, ferindo de morte muitas actividades profissionais que serão largamente afectadas por mais estes custos acrescentados, bem como os cidadãos verão aumentadas as despesas de deslocação a par dos elevados custos familiares que já suportam.

O país está mergulhado numa profunda crise económica e financeira provocada pelo grande capital, em aliança com os políticos que fecharam os olhos, os mesmos que nos vêm pedir sacrifícios para a sua pretensa salvação.

O grande capital continua a ser protegido, como o mostra a última medida de ser isentado de mais-valias nos negócios bolsistas. Desesperado, o Governo procura nos bolsos do trabalho e das pequenas e médias empresas, o refinanciamento do Estado, pejado de serviços ineficazes e em sobreposição, onde vegetam uma certa quantidade de oportunistas indicados pelos partidos da orla do poder.

O povo português não pode baixar a cabeça.


FORUM ALBUFEIRA

sexta-feira, 23 de abril de 2010

POESIA

SEJAMOS SOLIDÁRIOS COM O JUIZ BALTASAR GARZÓN


Quando o seu sonho é o da justiça universal
Querem julgar Garzón por prevaricação...
Quem detesta este juiz original?...
Quem teme a sua justa acusação?...

Não lhe perdoam a prisão de Pinochet!, é?...

Talvez analisando alguns pruridos
Em tempos contemplados e sentidos
Por personagense de alto gabarito
Se possa concluir um veredicto:

I - JOÃO PAULO II


Pinochet fora detido
Em Londres, e o Vaticano
Intercedeu, condoído
Por este monstro-tirano.


II - DAMA DE FERRO


Thatcher, a excelsa "Dama de Fe"
Vencedora da Guerra das Malvinas
Lutou contra a prisão de Pinochet...
Reagem assim as almas cristalinas!

III - ALBERTO JOÃO JARDIM


E nesta nossa Pátria pequenina
Um conhecido Líder Regional
Vibrou contra Garzón uma verrina
Que, além de injusta, achei também boçal
"Tosca, bruta, dura e informe ",,, é o que é
- Não falo do Estatuário de Vieira - Falo, isso sim
De Augusto Pinochet,... não de um sapo,
A quem Garzón, na óptica de Jardim
Mandou prender, já quando reduzido a um "farrapo"...


José Armando Simões

quinta-feira, 22 de abril de 2010

CARTA DE SÓCRATES AOS DESEMPREGADOS

Fila do Desemprego

Caros concidadãos desempregados

Na vossa prolongada inquietude, faço votos vos encontreis bem e recomendo-vos, não percam a esperança apesar da mágoa da perda de rendimentos e do convívio com o sentimento de utilidade.

Julgo ser verdade, quando vos digo que não podereis considerar-vos esquecidos, na medida em que recebo todos os dias a nota do Instituto de Estatística. Olho para os números e assalta-me uma grande preocupação, porque tenho dificuldade em perceber, e aceitar estes resultados, contra o esforço do Governo e em especial o meu.

Quando prometi soluções e mais 150.000 empregos, a vida castigou-me ( como vêem não são só vocês que sofrem) e não paro de ver os números aumentarem em sentido inverso. São provações para um primeiro-ministro.

Rogo-vos que não se deixem trair por maus pensamentos e não me julguem impiedosamente porque, mesmo quando tomámos as decisões difíceis de responder aos pedidos da Banca e outros sectores económicos, fizé-mo-lo na convicção, de que estaríamos também a atender às vossas preces. Aquele dinheiro vai gerar dinheiro e tenho a mais profunda certeza, que algum vai voltar a passar pelas vossas mãos.

O Governo tem falado com os empresários, de coração aberto, como estou agora a falar convosco e, só me têm pedido incentivos ao seu propósito de animar a economia, criando as empresas e empregos, para ganhos de todos.

Quando me ouviram no Alqueva afirmar : “que estamos ao lado dos empresários”, tratava-se de mais uma metáfora política, tal como, as falhas dos computadores que provocaram o atraso do pagamento dos vossos subsídios, foi um erro do lote dos perdoáveis. Comparem a vossa situação privilegiada, com a daqueles que nada recebem.

Neste meu segundo mandato, que alguns de vós impulsionaram, voltei a dar a minha palavra de honra, tal como a dei no parlamento sobre o negócio PT/TVI, de que me dedicaria ao vosso problema e, por isso, não como se diz por aí que foi a UE que o pediu, elaborámos o PEC, programa de estabilidade e, sobretudo crescimento, que vai permitir poupar ainda mais recursos do Estado para o relançamento da economia.

Eu sei que vos andei a pedir 4 anos de sacrifícios, voltei a pedir-vos mais 4 mas, o ano de 2013 já não vem longe, não querendo com isto dizer que as soluções não cheguem, para nosso e vosso contento.

Algumas forças concorrentes, que estão connosco neste PEC e outros projectos, vão tentar aproveitar-se de alguns descrentes de entre vós e, tentarão desestabilizar este nosso objectivo conjunto de salvarmos a nação.

Por favor, sejamos fortes, vamos levar esta tarefa até ao fim e não queiram ser os responsáveis pelo meu despedimento.

Cumprimentos socialistas deste vosso combatente

(assinatura ilegível)


Luis Alexandre

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O LOBBY DO RUÍDO


símbolo internacional da surdez


Está a começar a época turística, temos um novo vereador com a pasta do ruído, do qual a população desconhece se tem planos e objectivos traçados, que levem a Câmara a exercer a sua autoridade e acabando com a completa bandalheira que tem permitido.

Rasgadas centenas de queixas, não sabemos se vão imperar as afirmações escritas em comunicado camarário em 2008, onde de forma bem clara, se definia a vocação da cidade para a diversão nocturna, como uma das suas facetas, abrindo as portas ao abuso que nunca foi controlado.

Nesta página de liberdade da vida do concelho e aberta aos cidadãos, já abordámos esta matéria com denúncias fundamentadas e que chegaram às mãos do Ministério Público, sem sucesso. O triângulo Câmara, GNR, MP, conhecem a profundidade do problema e, cada um à sua maneira, fica-se pelos "serviços mínimos".

No caso da Câmara, que tinha até finais de Janeiro de 2009 de elaborar o mapa do ruído do concelho, em Junho ainda estava no cesto dos pendentes do Executivo.


O novo vereador, conhece a situação e deve reavaliá-la, cumprindo e fazendo cumprir a lei.


O FORUM ALBUFEIRA vai continuar em cima do assunto, fazendo as suas avaliações e desmontando o que tem sido a vitória do lobby do ruído sobre os direitos dos cidadãos residentes e visitantes, uma vez que os frequentadores da noite são uma ínfima percentagem beneficiada.

A Câmara, primeira responsável aos olhos da população, não pode continuar surda e na atitude espectante, que só aumenta a sua dívida para com ela.


FORUM ALBUFEIRA

terça-feira, 20 de abril de 2010

O FADO DA MELHOR CIDADE PARA VIVER


Albufeira - forum.b92.net

Estamos naquele período do ano em que nos dois anteriores, o presidente da Câmara precisou de ensaiar mais uma das ilusões de preparação da sua recandidatura, vendendo a ideia para consumo eleitoral, "da melhor cidade para viver".

Fazia parte da encenação, um tal Instituto da Covilhã que, naturalmente bem pago com o dinheiro do erário público, fazia declaração pública em pompa e circunstância, com base em pressupostos desligados da realidade, que Albufeira era um descendente do paraíso, com referência ao seu deus construtor.

Este ano, depois de ganhas as eleições em Outubro passado com nova maioria, comprovando o sucesso malabarista do PSD, parece que esta companhia de teatro não faz falta. As razões não são financeiras, como não se coloca a perda do gosto pela representação mas, talvez, uma preocupação em não insistir muito na mentira.


O presidente de Albufeira, adulador do seu próprio umbigo, dando ouvidos a recomendações de saúde e como lhe lêem os jornais, deu tréguas ao assunto, porque um estudo real, sério e conduzido por entidades de rating estrangeiras, publicaram um trabalho no fim-de-semana passado, que comparam a qualidade de vida das cidades portuguesas com outras do espaço europeu e, Albufeira, nem aparece mencionada num leque alargado.

O FORUM ALBUFEIRA, desconfiado desta injustiça, não para com a cidade mas para com o presidente, resolveu levantar o assunto, dando matéria à nova liderança do dorminhoco PS para os próximos combates ou, até mesmo, para o conforto do seu adversário.


O que podemos concluir é que a habilidade rendeu efeitos, só o FORUM ALBUFEIRA criticou o assunto e o abuso do dinheiro usado vai prescrever.


Quanto à população, ainda procura o paraíso não ousando, ainda, perguntar ao senhor presidente onde é que ele se escondeu.



FORUM ALBUFEIRA

segunda-feira, 19 de abril de 2010

QUE ALGARVE QUEREMOS DAQUI A 25 ANOS


Com mais diagnósticos realizados do que soluções aplicadas, o Algarve, no actual momento, está longe de reunir as condições políticas para sair do espartilho que lhe montaram.

As razões prendem-se com factores sociológicos, demográficos, culturais, económicos e políticos, que determinaram que nos acorrentassem a uma cultura de submissão e colonização, diminuindo, de forma consentida, os nossos representantes institucionais e os órgãos regionais.

Sem vencermos a batalha de vozes próprias e da firmeza de um Caderno Negocial Regional, que em jeito de desculpa querem fazer crer só ser possível no quadro da regionalização, não podemos avançar.

O futuro começa em contrariar a subjugação da condição de eterna aceitação do princípio político “dos interesses nacionais”, primazia imposta em todos os documentos de lei nacional, sem que neles estejam incluídos os interesses regionais, em justa proporção e solidariedade nacional.

Os nossos representantes não podem estar amarrados a estratégias partidárias de poder, em que esta visão da sociedade não esteja inscrita.

O Algarve tem a sua vocação marcada para as próximas gerações, seguir na actividade turística, com o recuo positivo às suas fronteiras originais de região rica em História, tradição, segurança, valores gastronómicos e harmonia ambiental, incorporando os novos parâmetros de exigência social e económica.

Adiantava seis linhas de força que deverão estar no centro do debate transformador:

1. Reabilitação urbana, infra-estruturação, ordenamento e reflorestação do pinhal e espécies autóctones;

2. Identidade gastronómica, levantamento e rede regional de Cultura;

3. Turismo multi-facetado e multi-sustentado, de esbatimento da sazonalidade;

4. Ligação imaginativa e de envolvimento das comunidades residentes;

5. Apetência pelo ensino e qualificação permanente;

6. Economia ambiental e tradicional, de Saúde, de Inovação e de progresso social.

O sucesso da região em termos turísticos e o seu desenvolvimento galopante nas últimas décadas, revela-se agora necessitado de reavaliação e correcções, sendo absurdas as teorias de perda de importância estratégica do Turismo na base de sustentação da sua economia e finanças.

Um dos erros políticos impostos, é pensar que o crescimento se faz pela ocupação dos espaços, descurando a preservação dos valores que por si só não entram em contradição com a modernização. O objectivo de correcção será, fazer crescer a qualidade a todos os níveis, ainda que isso represente a libertação do território. O Turismo também terá de incorporar o princípio da satisfação das necessidades e não dos interesses desmedidos que as desequilibram.

As próximas eleições e os próximos 5 anos, são decisivos para nos libertarmos das amarras situacionistas. O facto de, por via de lei, muitos dos dinossauros autárquicos com peso no passado, saírem de cena e, inevitavelmente, os principais líderes regionais serem confrontados com os seus insucessos, uma nova geração terá de carregar o fardo dos erros, de construção inteligente de uma nova imagem e dos seus pesados custos.

O Algarve, como região turística, tem de reivindicar uma visão própria e perceber que tem de conquistar o seu espaço. A experiência passada tem de ser uma lição e precisamos de estar à altura do desafio, que implicará roturas com as ideias e formas de organização que tanto mal nos fizeram.

Seremos capazes?


Luis Alexandre

domingo, 18 de abril de 2010

DA LUZ SE FAZ O DIA

Poucas horas depois da realização das assembleias das empresas EDP e PT, onde o universo do capital popular de nada vale e decidem as maiorias poderosas, uma onda da direita clássica e da imprensa dava destaque ao desprezo destas empresas às recomendações do Governo, sobre remunerações e prémios de… produtividade.

Estas empresas de participação privada, onde só na PT o Estado tem decisão de ouro e agem como abutres sobre os preços do mercado, dispondo da almofada das cobranças fixas actualizadas, têm a tal produtividade assegurada, no interesse de todas as partes, menos dos consumidores.

O facto de não ser motivo de aprovação o que é chamado de recomendação do Governo - que a fez não por convicção democrática mas por receios da situação económica e financeira que ajudou a criar e pondo os trabalhadores a pagar mais um episódio da crise continuada - quase em simultâneo nas duas empresas, não tem nada de cartelização e muito menos de servir uma estratégia que visa desautorizar o poder político sobre a enorme capacidade financeira e de influência, destes e de outros potentados.

A desfaçatez do grande capital acolitado nas grandes empresas estratégicas portuguesas, em momento de grande fraqueza económica e financeira do país e do Governo PS, em estado depressivo e à mercê deste, prenuncia que depois do banquete de grande exploração nos últimos 12 ou 13 anos, estão na primeira linha, não para participar no que é apelidado de esforço e solidariedade, mas em continuar a sua saga. Não nos admirava nada que a confiança desta batalha inspirasse, sem que se possa induzir malevolamente conspiração, que outras empresas, incluindo a Banca, seguissem o virtuoso exemplo.

Alguns arautos da inocência, elevam a oportunidade da discussão e da ilusão dentro do capitalismo, da separação entre poder político e económico, como se os dois não fossem historicamente um facto, mutuamente usufrutários e que desejam morrer abraçados.

Do outro lado do equilíbrio circunstancial, até ao próximo OE e eleição do PR, está um novo dirigente partidário, que vê nestas atitudes da PT e EDP, um reforço de convicção dos seus projectos de fazer passar para os privados, o lado produtivo e rentável do sector empresarial do Estado.

Ainda não existe um Governo sombra do PSD mas, já se fabricam medidas e acções sombra para objectivos muito concretos. E até foram os primeiros a festejar a independência de uns e a queda de outros.


Luis Alexandre

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A INTELECTUALIDADE DE ESQUERDA

O douto Vasco Pulido Valente, insofismável devoto e fabricador de conceitos para o desenvolvimento do pensamento de direita, habituado a uma adulação discípula de grandes franjas da inteligência, voltou à carga, o que faz quando interessa ao sector da sociedade a que pertence, sobre a improdutividade e o definhamento da intelectualidade de esquerda.

Partindo do princípio universal forjado no estipulado capitalista, de que a uma direita institucional faz falta uma dita esquerda de igual matriz, VPV desanca nas fragilidades actuais do BE e do PCP, partindo da realidade de que o PS está ganho, por falta de figuras e esmorecimento na construção de uma visão para o país, no actual quadro de circunstâncias. Louçã, diz, gastou as pilhas e Jerónimo de Sousa é um figurante, tudo porque o estado do país reúne os ingredientes de conflito social que os deveria estimular.

Estas acusações surgidas em momentos escolhidos, com exponencial dedicação de VPV e em tempos de grande entrega da direita ao projecto de poder, são uma prática de embuste da parte dominante da sociedade, pretendendo restringir a discussão social e filosófica às meras incidências do espectro partidário de assento parlamentar, onde pautam a direita e a roupagem de esquerda, numa clara intenção de fazer passar a falsa mensagem de que não há ideias e competências fora do circo.

A direita e os seus ideólogos, atentos a desfazerem a imagem de autoritarismo e apropriação que a caracteriza, partilham o espaço com a pretensa esquerda regimental que se tem deleitado com os valores e delícias que o Estado democrata-burguês lhes proporciona.

A teatralidade das acusações de desconfiança a esta esquerda regimental, à sua suposta entrega e ausência de luta ideológica, devem-se a quatro ordens de razões: ao facto de doutrinariamente serem partidos que procuram a suavização do capitalismo; aos combates ideológicos da direita, onde o arrolado VPV, na devida proporção, com veemência tem procurado a conversão destes à nova ordem de pensamento no quadro das leis que produzem conjuntamente, criticando os desvios em momentos de maior turbulência social, bem como a utopia reivindicativa do Estado social e das propostas salariais, progressivamente domesticadas num nível de ridículo acima do oficial; a terceira razão, trata-se da necessária e tranquila fermentação e revisão interna da doutrina e do estilo de inserção dos seguidores que, no caso do PCP, levou a cisões de pessoas que quiseram chegar mais depressa às regalias e, no BE, sendo a fusão de uma série de outras experiências falhadas, estão a sair da timidez e dos engulhos da nova fatiota política, com propostas de reformas e lições de finanças ao sistema; e finalmente a quarta, que tem a ver com o discernimento crescente que o movimento popular vem ganhando sobre o que não quer e as ideias justas para uma verdadeira sociedade democrática, que implica necessariamente rupturas.

A intelectualidade de esquerda, aquela que tem um pensamento transformador e nenhumas ilusões no sistema opressor instalado, não procura o debate com a direita, intervém como pode na sociedade, porque lhe são impostas todas as restrições para chegar às forças sociais que podem dar forma e sustentação a um programa político verdadeiramente socialista.

A intelectualidade de esquerda não está morta e podem ter a certeza que age. A direita sabe-o bem e por isso procura salvar o outro lado da sua face.

Luis Alexandre

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Comunicado do sindicato dos Enfermeiros


Nota à Comunicação Social

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Desde há alguns meses que 30 enfermeiros, dos vários centros de Saúde do Algarve têm vindo a exercer funções através de uma empresa de trabalho temporário. O que constitui uma verdadeira ilegalidade, pois para postos de trabalho de natureza permanente não devem ser contratados trabalhadores através de empresas de trabalho temporário.

Quando se esperava pela resolução da precariedade dos cuidados, aconteceu o pior. A ARS fez novo concurso para trabalho temporário, tendo ganho uma nova empresa, que vem piorar as condições de trabalho aos enfermeiros. Em vez de manter um contrato de trabalho, vem propor um contrato de prestação de serviço – “recibos verdes”. - OUTRA ILEGALIDADE. Mas… É o melhor que a ARS tem para oferecer!

Por esta via a ARSA desresponsabiliza-se do serviço público que está obrigada a promover, tornando-se uma mera entidade financiadora.

O SEP, assim que tomou conhecimento da situação, estabeleceu vários contactos com a ARS no sentido de reverter esta situação. Foi-nos dito que a própria ARS não concordava com esta situação ilegal, de dupla precarização (mas promoveu-a) e que iria tomar uma posição junto da empresa de trabalho temporário mas ainda assim até agora nada fez.

  • Os enfermeiros recusam assinar este contrato, porque além de ilegal, não reconhece o valor da profissão e não respeita os direitos consagrados na carreira de enfermagem, colocando enfermeiros a trabalhar lado a lado, a exercer as mesmas funções, com condições desiguais.
  • A ARS não autoriza, a estes enfermeiros, a frequência de formações em serviço porque…. Não pertencem à instituição – INSÓLITO.

    Nomeadamente formação de Suporte avançado de vida e trauma para unidades de saúde, Triagem de Manchester, necessárias à prestação de cuidados nos SUB. O que é uma incoerência, se relembrarmos que um dos motivos para o encerramento dos SAP era a ausência de meios e recursos que conferissem uma resposta cabal às necessidades em saúde, de carácter urgente. Agora, é o próprio Ministério da Saúde/ARSA que veda a possibilidade de formação a estes profissionais, não permitindo a resposta necessária.

  • A rotatividade dos profissionais causa a instabilidade nos serviços e coloca em causa a qualidade dos cuidados prestados.

No entanto, e no decurso das reuniões negociais no âmbito da Administração Pública, no ano transacto, o SEP foi informado pelo Secretário de estado da Administração Pública que o Governo iria fiscalizar e “punir severamente” todas as situações de sub-contratação de trabalhadores, desde que estes fossem admitidos para fazer face a necessidades permanentes dos serviços.

Constatamos agora que ou o Secretário de Estado é incompetente ou nos mentiu!




Ora, o que se constata é que a fiscalização, a “punição severa” e consequentemente as medidas/decisões politicas para admissão continuam a não existir o que tem determinado o aumento e a proliferação da sub-contratação de enfermeiros.

Este tipo de contratação sai mais cara ao erário público e poderá interessar a alguns mas certamente não interessa aos cidadãos e aos profissionais.

O SEP e alguns dos enfermeiros que estão nesta situação vão dirigir-se à ARS do Algarve, amanhã sexta-feira, dia 16 Abril às 16h afim de sermos recebidos para exigir a resolução desta situação.

CONVIDAMOS OS SRS. JORNALISTAS PARA UMA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

AMANHÃ À PORTA DA ARS ÀS 16H

LARGO DO CARMO – FARO




15 de Abril 2010 A Direcção Regional de Faro do SEP

CONSTRUIR A ALTERNATIVA...




Sem trombetas, quase no anonimato e no silêncio funerário das hostes do PS, a nova estampa na presidência da concelhia é o sr. Fernando Gregório.

O facto não mereceria a nossa atenção, se não fosse o sugestivo título da sua moção de estratégia - "Construir a alternativa".

Sendo poder, na Junta de Freguesia das Ferreiras, por longos oito anos, o seu trabalho rendeu a derrota eleitoral, queixando-se depois das maldades do desiderismo, contra o qual arremessou cartas de pedido e não satisfeitos.

A experiência factual do PS, que deu a mão a Desidério Silva e ao PSD, não deram liçoes aos quadros do partido, que vêem neste católico apostólico de inconfessada esperteza, um filantropo e homem com consistência. O combate político deu-se na continuidade de políticas e as relações foram sempre conduzidas em atitudes e omissões colaboracionistas, de que resultou o actual quadro depressivo da vida social e económica do concelho.

O actual chefe, com origem no mais profundo descalabro dito socialista, não passa de mais uma transição doentia para o aumento... das derrotas. Quando um presidente de Junta deixa de ser alternativa à sua presidência... em 2 anos vai cansar-se de estar em bicos de pés.

Se ninguém lhe conhece a autoridade crítica e a demarcação sobre os muitos e maus acontecimentos em período de vigência paralela, quem é que vai preparar os sentidos para o ouvir? Nem muitos dos correlegionários...


Como já aqui escrevemos, David Martins não tinha um projecto de oposição e, Fernando Gregório, nem sabe do que se trata...


O que sobressai da situação criada, é que o PS local não tem forças interiores para a renovação e que voltarão a haver planos do exterior..., terá de vir aí mais alguém... ou alguma recauchutagem...



FORUM ALBUFEIRA

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A RYDER CUP NÃO VEM PARA O ALGARVE...

foto adf

Sem surpresas e até com lágrimas de crocodilo de alguns figurões, a Ryder Cup em golf não vem em definitivo para o Algarve.

Entre quatro candidaturas, três do Algarve, ganha a do Banco Espírito Santo, sediada na Comporta e apadrinhada pela figura de Manuel Pinho, ex-ministro despedido do anterior Governo de Sócrates.

Toda a acrimônia exibida pelo coro de virgens, cujos lamentos entopem a informação, sobretudo a algarvia, é em grande parte exibicionismo hipócrita de homens da vida pública, com responsabilidades e, parte deles da cor do Governo e parceiros de mesa do chefe da comissão de decisão.

O resultado desta decisão é de todo previsível em função da salutar promiscuidade entre economia e política, que uma abnegada ignorância da populaça persiste em absolver.

Manuel Pinho, com a faca e o queijo na mão, entre dois amores, onde um deles lhe pagou os salários de muitos meses e porque não foi incomodado, decidiu em consciência.

Os que agora lacrimejam, nada fizeram no decurso do tempo em que a decisão tem de ser fundamentada e aparecem depois do anúncio, no papel das viúvas ofendidas.

Este facto, com rasto histórico e que se reproduzirá em muitos outros no futuro, só vem confirmar que os nomeados politicamente, são parte do sistema e que os seus lamentos fazem parte do circo a que se juntaram por interesse.

Precisamos urgentemente de um muro das lamentações, tal a sucessão de razões que o justificam...


FORUM ALBUFEIRA