segunda-feira, 26 de abril de 2010

UM PRESIDENTE, UM GOVERNO E UMA MAIORIA



Desidério Silva, no seu nono ano de um terceiro mandato de governação PSD, dispôs, desde a primeira hora, de condições altamente favoráveis ao exercício da função e quando vinha de uma experiência de vereador das obras a convite do presidente socialista, com o qual colaborou até lhe ganhar o espaço.

De um conjunto de promessas iniciais que o levaram a ser votado alternativa, destacamos as principais: exemplo de transparência e racionalização da gestão pública; infra-estruturação do concelho, com construção de escolas, creches, habitação social e outros equipamentos; prosperidade económica apoiando as actividades económicas do concelho; construção de um Hospital e criação do evento do fim do ano, como relançador do concelho.

Com o poder assente em maiorias confortáveis e apoiado pela desorientação dos adversários, condenados sucessivamente pelas más governações e incapacidade de fazer oposição credível, os executivos PSD, iniciaram um verdadeiro assalto aos bolsos dos contribuintes, levando as taxas ao nível das mais altas do país, sem que tal se reflectisse em cumprimento, pelo menos faseado, das promessas feitas.

Com as receitas em alta de ano para ano, apoiados num crescimento de convite à construção desordenada, com todo o rol de denunciadas consequências negativas, sobretudo na vida e nos rendimentos das pessoas, quer nas residentes como nas que foram chegando à procura de oportunidades e encontraram uma cidade cara e sem oferta de estruturas para o suporte e desenvolvimento das famílias e das ambições.

Na posse de orçamentos invejáveis, mais de 20% estão a ser canalizados para uma estrutura pesada da autarquia, aumentada na cor política, contrariando a tal racionalidade e sem que se conheçam planos para soluções de poupança e dinamização da sua actividade.

Puseram de pé o tal programa de fim de ano, com altos e baixos, mas habitação social está igual a zero, bem como o Hospital não saiu da gaveta, para dar lugar aos privados, num concelho cujo Centro de Saúde não tem meios para atender condignamente e a taxa de cobertura de médicos de família roça os 50%.

A zona comercial das Areias de S. João e da Av. Sá Carneiro, que se revoltaram há dois anos em busca do prometido, vive dias desesperados com os problemas agravados. A baixa comercial, depois das machadadas Polis, de descaracterização e das más soluções em termos de saneamento, também desespera com a linguagem oficial do para amanhã.

As escolas e creches, fazem-se a um ritmo que mantêm negativas as taxas de cobertura e, nem a protegida e muito cara iniciativa privada, conseguem responder.

Uma boa parte das obras públicas que a autarquia lança, para além daquelas que arrancam sem projecto ou com processos encarecidos para objectivos, acabam por derrapar, num desperdício e desorganização dos dinheiros do erário.

Com todos os meios de base política eleitoral e disponibilidade financeira, a leitura que podemos fazer da gestão pública executada é de nota negativa, com claro favorecimento dos interesses privados sobre os colectivos.

Um facto indesmentível, é o avanço da sazonalidade sobre a vida activa, com o seu rasto de empobrecimento da economia e da vida da população.

Dinheiro e maioria não são sinónimos de boa gestão mas, quem se preocupa em julgar e travar os seus responsáveis?


Luis Alexandre

1 comentário:

Anónimo disse...

O homem está a envelhecer depressa por que as coisas tão a correr para as chatices, são muitas criticas e ao serem verdades vão fazendo a tal mossa das rugas e do azedume. O presidente da junta em agradecimento ao tacho para a reforma devia organizar outra festa do sr. Desiderio estar mais anos na autarquia.