Sem surpresas e até com lágrimas de crocodilo de alguns figurões, a Ryder Cup em golf não vem em definitivo para o Algarve.
Entre quatro candidaturas, três do Algarve, ganha a do Banco Espírito Santo, sediada na Comporta e apadrinhada pela figura de Manuel Pinho, ex-ministro despedido do anterior Governo de Sócrates.
Toda a acrimônia exibida pelo coro de virgens, cujos lamentos entopem a informação, sobretudo a algarvia, é em grande parte exibicionismo hipócrita de homens da vida pública, com responsabilidades e, parte deles da cor do Governo e parceiros de mesa do chefe da comissão de decisão.
O resultado desta decisão é de todo previsível em função da salutar promiscuidade entre economia e política, que uma abnegada ignorância da populaça persiste em absolver.
Manuel Pinho, com a faca e o queijo na mão, entre dois amores, onde um deles lhe pagou os salários de muitos meses e porque não foi incomodado, decidiu em consciência.
Os que agora lacrimejam, nada fizeram no decurso do tempo em que a decisão tem de ser fundamentada e aparecem depois do anúncio, no papel das viúvas ofendidas.
Este facto, com rasto histórico e que se reproduzirá em muitos outros no futuro, só vem confirmar que os nomeados politicamente, são parte do sistema e que os seus lamentos fazem parte do circo a que se juntaram por interesse.
Precisamos urgentemente de um muro das lamentações, tal a sucessão de razões que o justificam...
FORUM ALBUFEIRA
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