quinta-feira, 22 de abril de 2010

CARTA DE SÓCRATES AOS DESEMPREGADOS

Fila do Desemprego

Caros concidadãos desempregados

Na vossa prolongada inquietude, faço votos vos encontreis bem e recomendo-vos, não percam a esperança apesar da mágoa da perda de rendimentos e do convívio com o sentimento de utilidade.

Julgo ser verdade, quando vos digo que não podereis considerar-vos esquecidos, na medida em que recebo todos os dias a nota do Instituto de Estatística. Olho para os números e assalta-me uma grande preocupação, porque tenho dificuldade em perceber, e aceitar estes resultados, contra o esforço do Governo e em especial o meu.

Quando prometi soluções e mais 150.000 empregos, a vida castigou-me ( como vêem não são só vocês que sofrem) e não paro de ver os números aumentarem em sentido inverso. São provações para um primeiro-ministro.

Rogo-vos que não se deixem trair por maus pensamentos e não me julguem impiedosamente porque, mesmo quando tomámos as decisões difíceis de responder aos pedidos da Banca e outros sectores económicos, fizé-mo-lo na convicção, de que estaríamos também a atender às vossas preces. Aquele dinheiro vai gerar dinheiro e tenho a mais profunda certeza, que algum vai voltar a passar pelas vossas mãos.

O Governo tem falado com os empresários, de coração aberto, como estou agora a falar convosco e, só me têm pedido incentivos ao seu propósito de animar a economia, criando as empresas e empregos, para ganhos de todos.

Quando me ouviram no Alqueva afirmar : “que estamos ao lado dos empresários”, tratava-se de mais uma metáfora política, tal como, as falhas dos computadores que provocaram o atraso do pagamento dos vossos subsídios, foi um erro do lote dos perdoáveis. Comparem a vossa situação privilegiada, com a daqueles que nada recebem.

Neste meu segundo mandato, que alguns de vós impulsionaram, voltei a dar a minha palavra de honra, tal como a dei no parlamento sobre o negócio PT/TVI, de que me dedicaria ao vosso problema e, por isso, não como se diz por aí que foi a UE que o pediu, elaborámos o PEC, programa de estabilidade e, sobretudo crescimento, que vai permitir poupar ainda mais recursos do Estado para o relançamento da economia.

Eu sei que vos andei a pedir 4 anos de sacrifícios, voltei a pedir-vos mais 4 mas, o ano de 2013 já não vem longe, não querendo com isto dizer que as soluções não cheguem, para nosso e vosso contento.

Algumas forças concorrentes, que estão connosco neste PEC e outros projectos, vão tentar aproveitar-se de alguns descrentes de entre vós e, tentarão desestabilizar este nosso objectivo conjunto de salvarmos a nação.

Por favor, sejamos fortes, vamos levar esta tarefa até ao fim e não queiram ser os responsáveis pelo meu despedimento.

Cumprimentos socialistas deste vosso combatente

(assinatura ilegível)


Luis Alexandre

3 comentários:

Anónimo disse...

o prosximo desempregado é o Socrates vai uma apostinha ?o homem só se vê a ele e mais toda a gajada que lhe cheira o cu.

JAPC disse...

Se calhar,será.Mas,será,que em Albufeira não haverá mais desempregados?Se a politica local não mudar de rumo?.A situação,como se apresenta,talvez,a solução passe pela radicalização da nossa(Albufeirense)postura.Postura ,que até aqui,foi de deixar andar a coisa(pública)com baile e foguetório,que já foi chão que deu uva,mas, que agora nos vai,na melhor das hipoteses,lixar a vida.O desleixo,a bandalhice e o não pleneamento,vai-nos sair muito caro.De quem será a culpa?Nossa sempre nossa.Porque dormimos.

Artista desempregado disse...

"Uma precura" será que o Paulo Dias,com a crise financeira da CMA ainda continua a ser o "concelheiro-môr" do P.Camâra,para os gastos surpefulos?