terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Cortes numa Justiça, que é… curta



 Com a dança de Governos, apesar de todos reconhecerem que a Justiça não vai bem, as luminárias partidárias que a matam, põem na mesa sucessivas formulas que não mudam o rumo.
 
A nova luminária do PSD, sempre em obediência à ingerência externa, vai fechar tribunais… como forma de fazer andar… a Justiça.
 
Para melhorar o Ensino, fecham-se escolas e despedem-se professores, para melhorar a Saúde fecham-se Centros de Saúde e aumentam-se serviços, para melhorar os Transportes aumentam-se quase para o dobro e cortam-se serviços e, agora, veio o golpe sobre a Justiça. Os trabalhadores da Justiça não têm razões para estarem descansados. E muito menos o povo injustiçado!
 
Em Faro, onde foi vendida mais uma ilusão partidária, o novo mapa judiciário deste Governo reacionário vai deitar para o cesto das mentiras um tal projecto de concentração de serviços.
 
E os cidadãos de Faro, que já engoliram uma falência camarária impune, com custos para os seus bolsos, vão deixar passar mais esta mentira eleitoral e os autores de fantasias? Para o ano temos eleições…
 
Quanto à Justiça no país, a ministra concentra os meios, concentra os processos, concentra as pessoas, reduz o financiamento e que resultados vamos discutir daqui a mais algum tempo? Será preciso esperar pela resposta inevitável?
 
A Justiça burguesa, que funciona para protecção da classe dominante e que tem muito dinheiro para lhe pagar, não vai mudar em nada!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Espiar é… como ir ao supermercado



Uma parte do país anda distraída com os episódios de um tal Jorge Silva Carvalho, maçon, lojista, a quem encomendaram uma missão que era reorganizar os espiões.

Uma coisa tão normal como a sede, deu bronca. Espiar, que é controlar as vidas das pessoas, maiores ou menores - um acto vulgar que ninguém devia saber -, não caiu bem numa parte do poder que se sentiu incomodado e resolve trazer a público o que juram não fazer.

De repente, a maçonaria, uma sociedade que fala e planeia em silêncio, veio par o meio da rua e não pelas razões que a movem. Foi incomodada na sua paz de comando sem ser vista.

O tal Silva Carvalho, um espião que não devia ser notado, também serviu a Impresa e ao deslocar-se para outra empresa, foi o móbil da violência da publicidade. Arrastou a maçonaria que estava no seu elevado canto.

No gabinete da nova empresa fazia planos sobre as secretas de onde saíra. E isto deu barraca. Nunca por ter múltiplos empregos e meter-se na vida de toda a gente. Espiar é como ir ao supermercado. E tanto vai o Cavaco como o Ti Manel que não gosta do Governo…

O que dá que pensar não é espiar (a PIDE gerou substitutas, em nome da “democracia”), não são as lutas intestinas de forças que não devemos saber que existem, mas sim o extremo a que chegam que acabam em praça pública.

A maçonaria foi obrigada a desfazer-se em declarações de “pureza” e quem se ficou a rir… foi o outro lado… a Opus Dei.

Todos andam a tramar o povo e como têm medo da sua revolta, espiar é uma parte do trabalho repressivo... 
"O Livro Fechado" a propósito do fecho da Livraria Portugal


 
A propósito do desaparecimento da Livraria Portugal…um fim pesaroso, passados 70 anos! Quando se apaga a memória de um povo, pretende-se com isso que ele não construa um futuro melhor.

O Livro Fechado


Quebrada a vara, fechei o livro
e não será por incúria ou descuido
que algumas páginas se reabram
e os mesmos fantasmas me visitem.
Fechei o livro, Senhor, fechei-o,

mas os mortos e a sua memória,
os vivos e sua presença podem mais
que o álcool de todos os esquecimentos.
Abjurado, recusei-o e cumpro,
na gangrena do corpo que me coube,

em lugar que lhe não compete,
o dia a dia de um destino tolerado.
Na raça de estranhos em que mudei,
é entre estranhos da mesma raça
que, dissimulado e obediente, o sofro.

Aventureiro, ou não, servidor apenas
de qualquer missão remota ao sol poente,
em amanuense me tornei do horizonte
severo e restrito que me não pertence,
lavrador vergado sobre solo alheio

onde não cai, nem vinga, desmobilizada,
a sombra elíptica do guerreiro.
Fechei o livro, calei todas as vozes,
contas de longe cobradas em nada.
Fale, somente, o silêncio que lhes sucede.


 
Rui Knopfli, in "O Corpo de Atena"

Milhares de jovens abandonam os estudos

Voltou o Ensino elitista
Com as novas políticas de desinvestimento no Ensino em geral e com particular incidência no Ensino Superior, que depois de subirem as propinas a valores elevados para os orçamentos da imensa maioria das famílias e, recentemente, com os cortes nos apoios sociais, milhares de alunos vêm-se forçados a abandonar os estudos.
 
Com uma população jovem superior a 30% dos desempregados, onde se inserem mais de 60 mil licenciados, o Governo PSD/CDS, à semelhança dos anteriores Governos do falso partido socialista, não tem quaisquer políticas de desenvolvimento e aproveitamento destas forças de renovação e transformação.
 
Os jovens licenciados são empurrados para serviços que desvalorizam as suas competências, sem capacidade de evolução, muitos desesperam na sobrecarga sobre as famílias ou vêm-se obrigados a calcorrear os caminhos da emigração, onde os mais desqualificados são sujeitos a situações de indignidade e, os que têm mais qualificações, são explorados por salários desiguais com os locais.
 
Para o Governo, o que conta é reduzir o problema interno e somar os dividendos da exportação forçada de cidadãos.
 
Com a recessão instalada e a ausência de políticas de criação de emprego, as famílias vão continuar a investir numa educação sem saídas o que as vai levar a repensar a educação dos seus filhos, situação que vem de encontro aos interesses das classes dominantes e do seu Governo, em voltar a criar elites semelhantes às anteriores ao 25 de Abril.
 
Compete aos jovens do momento contrariar esta estratégia fracturante, que volta a diminuir as capacidades do país num mundo cada vez mais competitivo e dominado por interesses de concentração e controlo da riqueza.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Greve Geral na Bélgica contra a austeridade


 
As três centrais sindicais belgas convocaram, para esta segunda-feira uma greve geral contra a austeridade para coincidir com o dia do Conselho Europeu que vai discutir o futuro da Zona Euro. Será a 2ª Greve Geral contra as medidas reaccionárias de austeridade promovidas contra o novo governo belga.

A greve tem como objectivos imediatos protestar contra as alterações às políticas de desemprego e contra a subida dos anos de trabalho necessários para atingir a reforma, de 35 para 40 anos.

Enquanto a Comissão Europeia diz que a cimeira será centrada sobre o “combate ao desemprego”, na verdade, o que ela irá ter em cima da mesa é a alteração nas relações laborais, impondo medidas ainda mais draconianas de precarização no trabalho, condições mais “competitivas” de exploração e opressão.

sábado, 28 de janeiro de 2012

ANMP não sabe ou nunca quis fazer contas?

8.000 milhões de dívidas das autarquias
ANMP

De repente, os mesmos partidos que andaram a "fazer obra" nas autarquias, aparecem agora como os campeões da  denúncia (?!) e, apenas por avisos externos ao país porque uma boa parte das situações são de ruptura ou mesmo insolvência, acham que é preciso mudar... e a sua primeira proposta é alterar o mapa... organizativo...

Com anos de gestões abusivas e sempre à custa do tecido empresarial privado, fundamentalmente pequenas empresas onde o dinheiro faz falta todos os dias, os partidos que dividem os tachos do poder autárquico mostraram um completo desprezo pelo aprofundamento da crise, insistindo nas encenações com o dinheiro dos bolsos alheios. 

Com um buraco desta dimensão e como muitas das empresas prestadoras já faliram ou estão em vias de, uma boa parte destes números já estão a determinar aumentos escandalosos nas taxas e impostos da área das decisões autárquicas, vão recair sobre os munícipes e provocar graves problemas nas competências locais.

Os cidadãos portugueses vão voltar a engolir mais estes problemas que se juntam à falência do país e para cujas situações não contribuímos? Vamos reagir pelo voto, que foi usado para "legitimar" o descalabro? Está na hora de exercermos a cidadania para a mudança! Denunciando e participando em todas as acções públicas, como a próxima grande manifestação de 11 de Fevereiro!

O senhor Paulo Sá vai às compras


Com o comércio local em declínio há décadas, pela proliferação desordenada das grandes e médias superfícies no Algarve, o novel deputado do P”C”P, Paulo Sá, um homem formado no revisionismo e decadência do capitalismo de Estado opressivo da URSS, resolve fazer política para consumo eleitoral e parlamentar sem sucesso, usando uma impotente preocupação pelo estado do comércio local… em Tavira.
 

Vai auscultar as pessoas numa promenade, como se o seu partido não conhecesse a gravidade da situação para a qual contribuiu com as ilusões parlamentares que espalha.
 
O problema dos pequenos e médios empresários é deixarem-se levar por auscultações politiqueiras e não terem direcção à altura de produzir reacções organizadas para travar as decisões que se revelam contra os seus interesses, provocam mais desemprego, salários miseráveis, cortes nas regalias, trabalho não pago para além do horário e, a médio e longo prazo o empobrecimento das cidades e vilas onde se instalaram as grandes superfícies protegidas.
 
Grandes superfícies que gozam da maior impunidade do Estado quanto ao cumprimento das leis, entre elas as da incorporação de produtos locais e nacionais e recentemente a dos horários.
 
Os comerciantes e os seus trabalhadores não querem conversa. Querem acções  e direcção que os mobilize para impor soluções justas.
 
Se o P”C”P não fez nada até aqui, que tal como a ACRAL resmungam e não agem… não é o doutor Paulo Sá que vai adiantar…

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Só os trabalhadores podem vencer a crise

TODOS À MANIFESTAÇÃO DE 11 DE FEVEREIRO EM LISBOA!



CONTRA OS CORTES NOS SALÁRIOS E O ROUBO DOS SUBSÍDIOS!

CONTRA O ACORDO SOCIAL DE TRAIÇÃO!

PELO DERRUBE DO GOVERNO PSD/CDS!

POR UM GOVERNO DE ESQUERDA, DEMOCRÁTICO E PATRIÓTICO!

Passos para a rua a luta continua!


Esta foi, a par da palavra de ordem “A TAP é nossa!”, a palavra de ordem mais proclamada durante a concentração espontânea que na tarde de hoje muitos trabalhadores da TAP realizaram em frente aos portões de acesso à companhia área estatal.

Tudo começou esta manhã no sector das oficinas e manutenção onde os trabalhadores decidiram demonstrar que estão dispostos a lutar contra as medidas terrorista que o governo vende-pátrias PSD/CDS está a impor, a mando da troica germano-imperialista, como sejam os cortes dos subsídios de férias e de natal, a redução de salários e o congelamento de carreiras.

Como se pode depreender, a onda de indignação e repúdio era incontível, apesar dos cerca de trinta elementos da polícia que foram mandados para o local.

Entretanto, aos trabalhadores das oficinas e manutenção juntaram-se trabalhadores de outros sectores da TAP, nomeadamente das limpezas e serviços administrativos, demonstrando ter consciência de que só o derrube deste governo constitui uma saída para as luta e as justas reivindicações dos trabalhadores.


A LUTA CONTINUA!

Crónicas de Vasco Barreto

Portugal está superlotado de "comandantes"



Há poucos anos atrás um quartel de bombeiros era dirigido por um chefe. Por influencia dos jornais e da televisão estes chefes passaram a "comandantes". São "comandantes" dos bombeiros, "comandantes" da protecção civil locais, regionais e nacionais. 

Um comandante da marinha de guerra, oficial superior, tem o grau académico de licenciatura, um comandante da marinha mercante tem o grau académico de bacharel e os chefes de bombeiros alguns com apenas a 4ª.classe e outros até amadores passaram a "comandantes". 

Como vivemos no País da fantasia a moda pegou e a situação está estacionária. Pese embora o nobre missão dos bombeiros não é aceitável, do ponto de vista ético, tentar equiparar um chefe de bombeiros a um comandante da Armada ou a um comandante da TAP. 

O Ministerio da Defesa Nacional tem de acordar com o Ministerio da Administração Interna o retorno dos "comandantes" dos bombeiros e da protecção civil à categoria de chefes. Comandantes dos bombeiros em Portugal só existem no Regimento de Lisboa e no Batalhão do Porto. 

É preciso colocar as pessoas nos seus lugares.                


Vasco Barreto

Albufeira.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

À Drª. Cristas... muito cristã... nas nomeações...

Uma crónica de Clara Ferreira Alves, deliciosa na forma e no conteúdo, e muito actual, sobre as nomeações nesta república faz de conta…o rei vai nu…é fartar vilanagem!
Clicar aqui para ler…
(Agradecimentos ao blogue entre as brumas da memória)
Mais um constrangimento para o comércio da baixa



A crise económica que atinge o concelho está provocando mais uma situação de paralisação de uma obra de construção, em plena Av. da Liberdade, uma zona comercial em profunda depressão.

Depois dos problemas com ruído e poeiras que nos afectaram durante muitos meses e foram para além do fim do mês de Maio por autorização camarária, com o argumento de que não havia um regulamento rígido, agora ficamos com uma barricada de tapumes e contentor em plena via de circulação que partem a avenida em duas zonas e prejudicam os comerciantes a norte.

Sem qualquer tipo de informação sobre a situação, os comerciantes desta área, que já enfrentam o incumprimento da construção do prometido parque de estacionamento no topo da avenida, exigem que a Câmara tome as medidas cautelares que ajudem a minorar os problemas.

Deixamos a nota e vamos esperar pela acção...


FORUM ALBUFEIRA

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

IRÃO: o imperialismo americano prepara a guerra de agressão, ocupação e destruição.



 
A hipocrisia do imperialismo não tem limites, seja qual for a potência imperialista que quisermos considerar. Enquanto se armam até aos dentes com todo o arsenal bélico de destruição massiva mais tecnologicamente avançado - incluindo o arsenal atómico – e desenvolvem toda uma gama de armamento destinado a anular as ameaças atómicas de outras potências, promovem uma campanha de cerco e aniquilamento a todas as nações que, supostamente, se “atrevam” à “aventura atómica” fora do quadro das nações imperialistas.

Repetindo os “argumentos” com que “justificaram” a agressão, a ocupação e a destruição do Iraque, os imperialistas americanos desencadearam há muito uma campanha a nível mundial para “demonstrar” que o Irão está a desenvolver tecnologia e produção atómica com o objectivo de possuir armas de destruição maciça, nuclear. E, numa pretensão imperial típica exigem que o regime iraniano submeta ao controlo de uma agência inteiramente dominada pelo imperialismo americano e seus aliados o seu “programa nuclear”.

Face à recusa do Irão em se submeter a tal ataque à sua independência, os Estados Unidos iniciam uma campanha histérica contra o Irão e, com o apoio do Reino Unido e da França, enviam vasos de guerra para o Estreito de Ormuz, porta de entrada do Golfo Pérsico e ponto de passagem para cerca de um terço do crude mundial, ao mesmo tempo que, com o objectivo de justificar a guerra de agressão, ocupação e destruição do Irão, que já está em curso, os imperialistas americanos empenham-se em manobras diplomáticas para levar o Japão e a Coreia do Sul a aderir ao embargo que os seus lacaios europeus e a Austrália já decidiram adoptar nas últimas horas.

Há muito que Estados Unidos e seus aliados europeus, e não só, vêm travando uma guerra pelo controlo do petróleo/crude, com a pretensão de recuperar o seu domínio e influência sobre este recurso energético de relevância estratégica reconhecida, subjugando para tal países e nações produtoras do chamado “ouro negro”, que obtém deste recurso, senão a totalidade, pelo menos grande parte, da sua riqueza nacional.

Para além da frente política, o imperialismo americano, com a canina colaboração do regime sionista de Israel, promove o isolamento da Síria, a queda dos regimes no Egipto, na Tunísia e na Líbia, na esperança de que os novos regimes saídos dessas “revoluções” sejam mais favoráveis à sua pretensão imperial. Isto depois de ter subjugado o Afeganistão e o Iraque, com a traidora complacência de um dos mais repressivos regimes do mundo, a monarquia da Arábia Saudita.

Entretanto, quer a Rússia, quer a China, que há muito traíram os princípios da revolução socialista de respeito pela independência nacional de outras nações e de estabelecimento de relações de reciprocidade e vantagens mútuas entre elas, adoptam uma política de “lavar as mãos” como Pilatos, ciosas dos seus crescimentos económicos em grande medida alcançados à custa dos chamados “mercados ocidentais”. Acresce que, no caso da China, esta nação detém uma grande fatia da chamada “dívida pública” dos EUA que a amarra a uma estratégia de “contenção” face à guerra imperialista que se avizinha…pelo menos enquanto não se sentir preparada para, com êxito, se alcandorar ao papel de potência dominante mundial de que os EUA actualmente se arrogam!

Contra mais esta agressão por parte do imperialismo americano e seus aliados, à guerra imperialista em preparação, os povos e as nações, quer daquela região, quer do mundo inteiro, devem opor-se de forma decidida e firme, nunca perdendo de vista os ensinamentos que a história nos proporcionou e que demonstram que, quando os povos se organizam e lutam o imperialismo não passa de um tigre de papel e pode ser derrotado!

A classe operária, os trabalhadores e o povo português devem, desde já, solidarizar-se com o movimento de repúdio e condenação que cresce em todo o mundo contra qualquer iniciativa do imperialismo americano e dos seus aliados que vise a guerra de agressão, ocupação e destruição do Irão, ao mesmo tempo que devem exigir que o governo vende pátrias PSD/CDS se desvincule, de imediato, do embargo agora decretado pela União Europeia às importações de crude do Irão.

Os estrangeiros sabem mais do que nós...

Os 84 mil milhões sempre são uma gota para o buraco
 

Com a dívida odiosa a engolir a nossa economia e finanças, é um jornal americano que lança o fumo de que o país vai ter de ir à procura de um novo resgate.
Confrontado o Governo PSD/CDS apoiado pelo P"S", este engasga-se e diz que o país continua a executar o plano da Troika e tem tido resultados na ida ao mercado de capitais.
O aviso que vem de fora, é o claro sinal de que este Governo vem escondendo a realidade e tem em preparação mais medidas de roubo da população, incluindo-se nelas o saque dos subsídios dos trabalhadores privados, mais uma carga fiscal e aumentos faseados de bens e serviços. É fartar vilanagem!
Os 84 mil milhões, contraídos a juros usurários e que servem apenas para pagar a bancarrota das gestões bancárias e das empresas públicas onde se passearam os boys de todas as cores, foram a primeira avaliação que justificaram o actual Orçamento. O novo resgate e outros que se poderão seguir, irão justificar mais medidas de exploração para pagar os elevados encargos contraídos. Ou seja, tal como na Grécia, o dinheiro que nos emprestam não chega para pagar o que os usurários nos reclamam. É uma situação insustentável de roubo que paralisa o país e não lhe dá saídas. E o capital esfrega as mãos... Até quando?

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Itália: Greve Geral paralisa o país...



Itália vive mais um dia de greve geral com camionistas e taxistas a reforçar a paralisação e bloqueando as estradas.

Os camionistas manifestam contra o aumento do preço da gasolina e das portagens imposto pelo governo e o bloquearam inúmeras vias.

“Quando se gasta tantos litros de gasolina para ir e vir a Milão como se pode viver? O governo não sabe quanto custa um litro de gasolina, eles não pagam nada”.

A paralisação geral foi convocada para protestar também contra liberalizações no sector de serviços e transportes, medidas propostas pelo primeiro-ministro, Mario Monti para “recuperar” a economia…lá como cá!

Os taxistas protestam contra mudanças no sector, principalmente na concessão de licenças para táxis.


E em Portugal, para quando a marcação de uma nova GREVE GERAL que trave as políticas deste Governo fascizante e crie as condições para um Governo patriótico, democrático e de esquerda?
Governo quer travar saída de emigrantes... é vilanagem


 
Enquanto o Governo reaccionário Passos/Portas envia mensagens de incentivo para que os jovens e os desempregados emigrem…vem por outro lado afirmar que quer travar o regresso dos imigrantes aos países de origem, através de “várias medidas a implementar nos próximos anos”…

Quais são essas “milagrosas” medidas? “Aprofundar a aprendizagem da Língua Portuguesa” e “melhorar as oportunidades ao nível do emprego e da habitação”, e aperfeiçoar a legislação portuguesa “no que diz respeito ao acesso a direitos cívicos e políticos”, que são determinantes para uma “melhor integração” dos imigrantes na sociedade.

Enquanto o Governo mostra estas intenções, votou os nossos emigrantes ao abandono, vem fechando muitos serviços consulares como cortou as verbas para sustentar o ensino da língua aos seus filhos.

É fartar vilanagem! Mas o povo vai reagir!


FORUM ALBUFEIRA

Justificar o injustificavel...

Demissão imediata de Cavaco Silva

A emenda foi pior que o soneto. Com o habitual desplante que caracteriza os políticos comprometidos, o Presidente daquela parte dos portugueses que vivem na zona de conforto, veio justificar que a sua vida e o que expressou era um exemplo. Pudera! Ao preço a que está o caviar!

Com as tripas, as papas de sarrabulho, o pão e azeitonas , as conservas e a sopinha aguada de regresso à mesa de milhões de portugueses, o senhor Presidente, que tem casa de borla, cozinheiro para apetites, médico para os espirros, carro e motorista para as compras e as costas defendidas onde está e não está, ainda pretende dar lições de como viver... com muitos milhares euros mensais.

E como não estamos a falar de um sem abrigo... e os exemplos vêm de cima é legítima a revolta que assobiou sua Excelência em Guimarães e reflecte o que pensa a imensa maioria do país onde se incluem muitos dos seus iludidos eleitores.
Claro que sua Excelência não vai deixar a gamela e nem os seus aliados o querem mandar embora. esse trabalho tem de ficar para o povo ofendido!
 
 
FORUM ALBUFEIRA
O povo português não paga a traidores

João Proença a assinar acordo de concertação social


O Governo fascizante de obediência estrangeira, apesar da sua arrogância, viu-se forçado a negociar com o movimento sindical. Com o bater da porta da CGTP, restava-lhe fazer funcionar a velha corrente de influência e servir-se dos capachos da UGT.
 
O famigerado Acordo de Concertação Social do Governo PSD/CDS é uma farsa, pela diferença que vai da assinatura de qualquer lacaio chamado Proença, até à aceitação pelos trabalhadores que julgam representar.
 
A encenação para o país foi tão longe quanto permite a quase generalizada parcialidade da propriedade privada dos meios de comunicação e precisou do selo presidencial, na forma abstracta de o mostrar como um alcançado compromisso nacional. Em resposta à vénia, o presidente identificou-se na divisão, embora com um lamento, mostrasse perceber as consequências.
 
Mas afinal, o que significa este Acordo?
 
Para este Governo e os interesses de classe que representa, agora ladeados pela UGT, instalou-se a noção que depois da exploração capitalista desenfreada que levou à liquidação das suas próprias instituições e à falência do Estado, se abre um novo ciclo, em que o trabalho tem de aceitar ainda mais pesadas condições para o saneamento do sistema afundado. O que o poder não entende, é que a divisão das centrais sindicais não significa a divisão definitiva do trabalho e da sua luta de classe.
 
Para os trabalhadores, apesar da desarticulação que estas manobras de traição de uma das suas partes provoca, subsiste a compreensão da profundidade dos ataques dos capitalistas e do seu Governo, que ultrapassam a gravidade dos termos deste Acordo e os induz à determinação de reagir, particularmente as suas camadas mais esclarecidas, para a organização das respostas por todos os meios que entendam necessários.
 
Este Acordo, que entusiasmou a Troika a relembrar outros avanços – a redução da TSU -, se por um lado tocou a rebate entre as forças do capital e dos traidores entre o trabalho, por outro e pelas consequências agravadas nas condições de vida da população, vai permitir a clarificação e o alargar da aliança entre os vários sectores explorados da sociedade.
 
Os termos agora alcançados em papel e acobertados na lei e na Justiça burguesas, vão aumentar de forma obscena os lucros dos capitalistas, aumentam o seu poder discricionário e a intimidação, não vão criar mais e melhores empresas, mais e melhor emprego, acabando por agravar as relações de trabalho e as contradições de classe.
 
Vêm aí tempos muito duros. As duas partes sabem-no muito bem e cada uma delas prepara as diferentes condições dos dois lados da barricada.
 
O Governo e as suas forças vão forçar o pagamento de uma dívida odiosa e o cumprimento das medidas gravosas tomadas, se for necessário pelos meios políticos do recurso á força, caindo-lhe a máscara sobre que classe defende e da sua incapacidade em criar e distribuir riqueza no país.
 
O aumento do seu isolamento tem de ser proporcional à resistência e luta da população explorada e oprimida.
 
A manifestação de 11 de Fevereiro tem de constituir uma grande jornada de reprovação desta política e de preparação de uma Greve Geral que leve ao seu derrube e à criação de um Governo de Esquerda, Democrático e Patriótico.

Luis Alexandre    

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O engano da bondade


 
Texto de um grande Homem e Poeta, excelente, e a complementar o texto que publicámos recentemente, “O Elefante e o mosquito!”, onde afirmamos mormente referindo à situação de relativo “empate” nesta luta entre o capital e o trabalho.

«Na opinião dos marxistas-leninistas, este “empate” deve-se, fundamentalmente aos mitos que as correntes oportunistas e revisionistas tentaram inculcar nas consciências dos operários e trabalhadores, tais como a da possibilidade da transição pacífica para o socialismo ou da instituição de uma “democracia” directa, uma “democracia” do “bom senso” e das “boas vontades”»

“Endureçamos a bondade, amigos. Ela também é bondosa, a cutilada que faz saltar a roedura e os bichos: também é bondosa a chama nas selvas incendiadas para que os arados bondosos fendam a terra.

Endureçamos a nossa bondade, amigos. Já não há pusilânime de olhos aguados e palavras brandas, já não há cretino de intenção subterrânea e gesto condescendente que não leve a bondade, por vós outorgada, como uma porta fechada a toda a penetração do nosso exame.
Reparai que necessitamos que se chamem bons aos de coração recto, e aos não flexíveis e submissos.

Reparai que a palavra se vai tornando acolhedora das mais vis cumplicidades, e confessai que a bondade das vossas palavras foi sempre - ou quase sempre - mentirosa. Alguma vez temos de deixar de mentir, porque, no fim de contas, só de nós dependemos, e mortificamo-nos constantemente a sós com a nossa falsidade, vivendo assim encerrados em nós próprios entre as paredes da nossa estulta estupidez.

Os bons serão os que mais depressa se libertarem desta mentira pavorosa e souberem dizer a sua bondade endurecida contra todo aquele que a merecer. Bondade que se move, não com alguém, mas contra alguém. Bondade que não agride nem lambe, mas que desentranha e luta porque é a própria arma da vida.

E, assim, só se chamarão bons, os de coração recto, os não flexíveis, os insubmissos, os melhores. Reivindicarão a bondade apodrecida por tanta baixeza, serão o braço da vida e os ricos de espírito. E deles, só deles, será o reino da terra.”

Pablo Neruda, in "Nasci para Nascer

domingo, 22 de janeiro de 2012

Brandos costumes...


 
Um texto corrosivo de Carlos Milheiras (Blogue Os Furúnculos de Pandora) que disserta sob uma mentira que mil vezes repetida se transformou em “verdade”…

E vendo bem está na altura de o povo que é explorado e oprimido mostrar, organizadamente, que não está disposto mais a este epiteto…de brandura nos costumes…é fartar vilanagem!

«Não é certo que uma mentira, mil vezes repetida, se transforme em verdade. Como não é certo que sejamos um povo de brandos costumes, só porque essa efabulação é conveniente aos transitórios ocupantes do poder.

Deu jeito ao Estado Novo, dá agora jeito aos seus descendentes.

Imagino as nossas hordas medievais, nas suas sortidas pelo sul, a distribuírem abraços e beijos enquanto com meiguice expulsavam aqueles que há séculos o habitavam. Contemplo com um ternurento e cúmplice olhar as conquistas do norte de África e o comércio de escravos na Guiné. Um sopro quente de complacência invade-me a alma ao recordar a epopeia de Afonso de Albuquerque e de outros Vice-reis, ou o esforço evangelizador em terras de Vera-Cruz.

Sinto inconfessável nostalgia, quando perpasso os olhos pelos registos da sã camaradagem dos cárceres da Inquisição e das coloridas festas dos autos de fé.
Sorrio ao consultar os sãos debates das guerras liberais, ou da genuína e doce afectividade de Maria da Fonte.

Orgulho-me do meu país pela política de integração compassiva de Mouzinho, pelo desvelo empregue nas roças de São Tomé, pela sublime delicadeza de João Franco, pela homenagem carbonária a D. Carlos, pela visão pacifista de Afonso Costa na tragédia da Primeira Grande Guerra.

Vejo Sidónio no Paraíso à direita de Deus Pai, sentado ao lado de Ghandi.

Emociono-me com a PVDE, depois PIDE, mais tarde DGS e o seu esforço tranquilo para preservar os valores da Igreja e da Pátria, arrepio-me com a Mocidade Portuguesa fardada e garbosa, e com a Legião Portuguesa, com a dignidade de Salazar ao conceder a Aristides Sousa Mendes a justa reforma por ter salvo milhares de vidas das garras nazis.

E o que dizer da acção pacificadora dos nossos exércitos em África? Da forma desinteressada com que os nossos jovens se imolavam numa guerra imposta pelos violentos independentistas? No modo paternal com que Salazar proferiu a célebre frase, “para Angola já e em força”? Com essa cálida força do amor fraterno que nos levou a libertar milhares de patriotas do seu sofrimento?

Houve de facto uma excepção aos nossos brandos costumes… foi a inusitada violência dos cravos. Mas felizmente já nos recompusemos.

Já temos de novo quem olhe por nós e nos imponha limites, já temos de novo uma polícia de proximidade e serviços de informação que sabem ouvir a voz do dono, já temos de pagar de novo a saúde e a escola e os transportes e a electricidade e a água, já temos de novo patrões compassivos que nos indicam o caminho da felicidade, já temos até, pasme-se, um parlamento finalmente posto no lugar e um Presidente ausente, como um pai bíblico, sempre disposto a desculpar os pecadilhos dos filhos dilectos.

Não sei é se os nossos brandos costumes darão para tanto…

De qualquer das formas, quero aqui deixar uma proposta ao nosso ministro dos Negócios Estrangeiros. Quando arranjar tempo dê uma saltada a Cabo Verde e proponha-lhes transformar o Tarrafal num museu. Seria o “Museu dos Brandos Costumes”, era bonito e o povo ficava feliz…»


Foto de Jorge Simão Meira (Olhares)

sábado, 21 de janeiro de 2012

A pobreza presidencial...


Porra! Ninguém dá razão a Cavaco
 Senhor presidente, nós (FORUM ALBUFEIRA) percebemos o seu descontentamento. Ao preço que está o custo de vida em Portugal, aumentado com a sua proeminente ajuda, calculamos as dificuldades para pagar as contas do seu respeitado e elevado nível de vida. 

A populaça imberbe, que não tem dinheiro para nada, não percebe que é preciso manter a elegância dos mais altos representantes da hierarquia do Estado. Nunca estará certo deixá-los passar pelos problemas de contar as notas de 50 euros. 

Até porque a Banca não tem o dinheiro das famílias para lhes emprestar e nem V. Exª. pode contar com o afecto especial do BPN, Banco que ajudou a fundar e que protegeu com o seu nobre silêncio de brilhante economista que deixa a economia fluir, principalmente quando muitos amigos e vizinhos estão em causa.

E outra forte razão de Cavaco, perdoem-nos a sua defesa, é que muitos que ajudou a crescer, política e financeiramente, passaram a ganhar mais, recebem prémios de (im)produtividade que a Presidência não dá, tal como indemnizações chorudas que a Presidência não dá  e terminam as carreiras com reformas bem superiores.

Face a tudo isto, fiquem os leitores e invejosos a saber que estamos com sua Excelência.

(E até lhe perdoamos ter desviado o dinheiro  que deveria ter acabado a tempo a Via do Infante, porque depois de chegar a Faro, demorou muitos anos a chegar a Lagos e por aí ficou.)

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