segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

EDP: até que a morte os separe


 
Fruto da política prosseguida pelo governo vende pátrias PSD/CDS, e de anteriores governos, quer liderados pelo PS, quer pelo PSD, a EDP, um activo público, uma empresa de importância estratégica que deveria permanecer PÚBLICA, foi sendo vendida a retalho.

Esta última operação de venda, a preços de saldo
, aos chineses, do ponto de vista da teoria capitalista, pelo facto de estar na posse de accionistas privados, sendo que o maioritário entre eles passou a ser a chinesa Three Gorges, transforma a EDP numa empresa privada, apesar de estar, teoricamente, sujeita a regulamentos impostos pelo estado.

Pretensamente porque o estado não quer largar mã
o da forma como este activo estratégico para a economia portuguesa, apesar de estar em mãos privadas, irá ser gerido, dizem eles, para que o povo não seja prejudicado com as consequências da privatização. Uma falsidade facilmente desmascarada pelos factos recentes, isto é, com o aumento prévio das tarifas de electricidade e com o aumento do IVA da taxa intermédia de 13% para a taxa máxima de 23%!

Ora, os chineses que há muito mandaram às urtigas as "utopias" socialistas e são, cada vez mais, uma sociedade que se rege pelo mais agressivo sistema de capitalismo de estado, com um reaccionária burguesia de estado e impondo um regime "socialista" nas palavras, mas fascista nas acções - social-fascista -, podem ser isto tudo, mas, como não os devemos subestimar, não são parvos!

Eles têm consciência que a melhor forma de assegurarem uma forte acumulação de riqueza, proveniente do investimento que fizeram na EDP, mas que querem estender a outros sectores, países e regiões do mundo, utilizando-se do nosso país e da tecnologia de ponta que possuímos nas energias renováveis (com a eólica à cabe
ça), fizeram aquilo que qualquer potência imperialista que se preze faz - casar os interesses das corporações privadas com o estado!

E, é isso mesmo o que está a acontecer. Ao nomear administradores ligados às nomenclaturas dos partidos que, neste momento, asseguram a "governação", a mensagem que estão a enviar é que desejam que o casamento seja feliz, na riqueza (para eles) e na pobreza (para nós), na sorte ou no infortúnio, ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE...isto é, até que este governo seja deposto, se demita, seja demitido ou, pura e simplesmente, fruto de um novo ciclo eleitoral, seja substituído por outro.

Então, à "VIUVEZ" sobrevirá, novo casamento e novas noivas!

Esperemos que, neste e noutros casos, os trabalhadores e o povo português protagonizem o papel do popular “desmancha-casamentos” e leve ao divórcio prematuro do “feliz” casal!

Sem comentários: