Loureiro: um general às direitas…
O general bota cardada Loureiro dos Santos, um dos
reformados dourados do nosso sistema político, que regularmente nos instrui
sobre cenários mundiais da geo-política de saque pelos vários imperialismos,
debitou hoje no jornal Público uma tese de recomendações ao Governo fascizante
PSD/CDS, com o título: “Prevenir a violência social para evitar a sus
repressão”.
Como experiente nestas acções e bem avisado sobre o rumo que
o país está tomando, o nosso general, numa selva de largas centenas de palavras
para formar considerações, como seria de esperar, não dedica muita atenção à
análise das razões da exploração e do descontentamento da população, para se
empenhar a fundo nos avisos instrutivos em como lidar com a canalha popular que
se atrever contestar o que lhe reservam.
Loureiro dos Santos, é bem claro no título usado e escreve
“Caso resultem frustrados os objectivos prioritários e venham a ocorrer
incidentes de violência, haverá que agir no sentido de repor a lei e a ordem
que garantam a segurança dos cidadãos”.
Nesta frase lapidar do pensamento fardado da escola
repressiva, convém desmistificar os conceitos de violência burguesa e reacionária
aqui apregoados:
1. Sobre os “objectivos prioritários frustrados`”,
ele sabe que estão reunidas as condições para essa frustração, na medida em que
o seu Governo de direita só tem aplicado medidas recessivas e nenhuma de
crescimento e emprego, apesar até de avisos vindos da sua área;
2.
Assim sendo, estão então reunidas as condições
para o toque a rebate em defesa do sistema opressivo, que na sua incapacidade
política de resolver os problemas do país, acoberta-se nas leis para silenciar
e reprimir quem ouse protestar;
3.
Como sabemos, que as medidas deste Governo estão
esmagando a imensa maioria das classes sociais e poupando os grandes
capitalistas e seus lacaios, o nosso general ainda se atreve a justificar-se em
nome da “segurança dos cidadãos”.
Na delonga de avisos ao Governo que também são uma mensagem
militarista e intimidatória para a população, Loureiro dos Santos cita os
conteúdos da Constituição para o extremar da agitação social que pode impor
medidas “extraordinárias de defesa do regime”, ao ponto da aplicação “dos
estados de excepção”, como a declaração do “estado de emergência” e a suspensão
“dos direitos, liberdades e garantias a restringir”.
Tudo muito claro. Mas como este Governo fascizante não dorme
e sabe da gravidade dos golpes que vem infligindo e os que se vão seguir
(ficámos a saber hoje dos erros nas contas públicas que vão determinar mais
roubos a coberto da lei que os votos não autorizaram), já arranjou verbas dos
nossos bolsos para apetrechar as polícias e subir-lhes o preço da jorna.
O general chama-lhe estimular as forças policiais para que
estas saibam qual é a sua barricada, o mesmo com a tropa que também se deve
preparar para todos os cenários de por o povo na ordem.
De todo este arrazoado preparatório, podemos inferir que o
que não for por silêncio, vai por cassetete! É a lei da classe dominante! E a
do povo? Não temos também capacidade de responder e impor a política e o
Governo que nos serve?
Luis Alexandre
Sem comentários:
Enviar um comentário