quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

IRÃO: o imperialismo americano prepara a guerra de agressão, ocupação e destruição.



 
A hipocrisia do imperialismo não tem limites, seja qual for a potência imperialista que quisermos considerar. Enquanto se armam até aos dentes com todo o arsenal bélico de destruição massiva mais tecnologicamente avançado - incluindo o arsenal atómico – e desenvolvem toda uma gama de armamento destinado a anular as ameaças atómicas de outras potências, promovem uma campanha de cerco e aniquilamento a todas as nações que, supostamente, se “atrevam” à “aventura atómica” fora do quadro das nações imperialistas.

Repetindo os “argumentos” com que “justificaram” a agressão, a ocupação e a destruição do Iraque, os imperialistas americanos desencadearam há muito uma campanha a nível mundial para “demonstrar” que o Irão está a desenvolver tecnologia e produção atómica com o objectivo de possuir armas de destruição maciça, nuclear. E, numa pretensão imperial típica exigem que o regime iraniano submeta ao controlo de uma agência inteiramente dominada pelo imperialismo americano e seus aliados o seu “programa nuclear”.

Face à recusa do Irão em se submeter a tal ataque à sua independência, os Estados Unidos iniciam uma campanha histérica contra o Irão e, com o apoio do Reino Unido e da França, enviam vasos de guerra para o Estreito de Ormuz, porta de entrada do Golfo Pérsico e ponto de passagem para cerca de um terço do crude mundial, ao mesmo tempo que, com o objectivo de justificar a guerra de agressão, ocupação e destruição do Irão, que já está em curso, os imperialistas americanos empenham-se em manobras diplomáticas para levar o Japão e a Coreia do Sul a aderir ao embargo que os seus lacaios europeus e a Austrália já decidiram adoptar nas últimas horas.

Há muito que Estados Unidos e seus aliados europeus, e não só, vêm travando uma guerra pelo controlo do petróleo/crude, com a pretensão de recuperar o seu domínio e influência sobre este recurso energético de relevância estratégica reconhecida, subjugando para tal países e nações produtoras do chamado “ouro negro”, que obtém deste recurso, senão a totalidade, pelo menos grande parte, da sua riqueza nacional.

Para além da frente política, o imperialismo americano, com a canina colaboração do regime sionista de Israel, promove o isolamento da Síria, a queda dos regimes no Egipto, na Tunísia e na Líbia, na esperança de que os novos regimes saídos dessas “revoluções” sejam mais favoráveis à sua pretensão imperial. Isto depois de ter subjugado o Afeganistão e o Iraque, com a traidora complacência de um dos mais repressivos regimes do mundo, a monarquia da Arábia Saudita.

Entretanto, quer a Rússia, quer a China, que há muito traíram os princípios da revolução socialista de respeito pela independência nacional de outras nações e de estabelecimento de relações de reciprocidade e vantagens mútuas entre elas, adoptam uma política de “lavar as mãos” como Pilatos, ciosas dos seus crescimentos económicos em grande medida alcançados à custa dos chamados “mercados ocidentais”. Acresce que, no caso da China, esta nação detém uma grande fatia da chamada “dívida pública” dos EUA que a amarra a uma estratégia de “contenção” face à guerra imperialista que se avizinha…pelo menos enquanto não se sentir preparada para, com êxito, se alcandorar ao papel de potência dominante mundial de que os EUA actualmente se arrogam!

Contra mais esta agressão por parte do imperialismo americano e seus aliados, à guerra imperialista em preparação, os povos e as nações, quer daquela região, quer do mundo inteiro, devem opor-se de forma decidida e firme, nunca perdendo de vista os ensinamentos que a história nos proporcionou e que demonstram que, quando os povos se organizam e lutam o imperialismo não passa de um tigre de papel e pode ser derrotado!

A classe operária, os trabalhadores e o povo português devem, desde já, solidarizar-se com o movimento de repúdio e condenação que cresce em todo o mundo contra qualquer iniciativa do imperialismo americano e dos seus aliados que vise a guerra de agressão, ocupação e destruição do Irão, ao mesmo tempo que devem exigir que o governo vende pátrias PSD/CDS se desvincule, de imediato, do embargo agora decretado pela União Europeia às importações de crude do Irão.

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