sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Fatalidades no aeroporto?

Destruição do tecto do Aeroporto de Faro.

Para o bem e para o mal, o aeroporto fica no concelho de Faro. Mas, depois das más experiências quando das poeiras vulcânicas, deixamos que mais um anátema se abata sobre o nosso nome, porque não aprendemos nada na arte de bem cuidar das pessoas.

O cidadão comum, face aos acontecimentos e à imagem de confusão instalada e do atendimento surrealista, apenas ultrapassado pelo profissionalismo, tem o direito de perguntar se tudo foi mais uma fatalidade deste país.

A estrutura de uma gare aeroportuária debaixo de milhões de olhos, poderá sucumbir a uns ventos ciclónicos de curta duração? Não deveria!

Uma estrutura desta dimensão e importância para albergar a passagem de milhões de pessoas, na grande maioria portadores de uma mensagem para fora, não pode proporcionar este tipo de espectáculo. Não seremos capazes de melhorar os níveis de resposta em termos de protecção civil e comodidade possível para passageiros (comprem as tendas do Kadafhi em 2ª mão)? E qual foi o papel de intervenção da Câmara Municipal, que não teve visibilidade nenhuma?

Sobre o acidente, parece-nos limitador atribuir as responsabilidades a um fenómeno atmosférico, que a engenharia está preparada para enfrentar. Os materiais cederam e deveriam estar acautelados para situações extraordinárias.

Abrem-se as portas para as investigações das autoridades da aeronáutica civil, com uma palavra a dizer para as conclusões e as acções posteriores. Só tivemos feridos mas poderia ter sido pior. Mas não foi fatalidade.

Estes factos da leveza da planificação de edifícios e as facilidades da engenharia civil e autoridades fiscalizadoras, levam-nos a pensar na imensa tragédia que será no Algarve, a forte probabilidade de um terramoto com epicentro num raio curto da região.

Temos um micro-clima que nos ajuda no sustento mas, não estamos imunes a situações de elevada gravidade… as falhas estão do nosso lado… e já levamos duas lições.

Luis Alexandre

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