sábado, 8 de outubro de 2011

Soares da Costa prevê despedir 900 trabalhadores



A Soares da Costa, empresa de construção civil, uma das maiores do país e grande beneficiada nos concursos públicos, quer avançar com uma “reestruturação” que levará ao despedimento de cerca de 900 trabalhadores, mas aguarda resposta do Governo para poder ultrapassar o limite de rescisões por mútuo acordo, afirmou uma dirigente sindical.

A Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM), disse que a estrutura sindical teve contacto com o plano da Soares da Costa por ser um “número volumoso” de trabalhadores, cerca de 740 em Portugal e 200 expatriados, o que faz com que o Governo, neste caso o Ministério da Economia e do Emprego, tenha que ouvir os parceiros sociais para decidir se autoriza, ou não, o levantamento do tecto das rescisões por mútuo acordo.
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Segundo o relatório e contas de 2010 do grupo Soares da Costa, o número médio de trabalhadores consolidado do grupo fixava-se em 5.952, menos 215 do que em 2009, sendo a empresa de construções "o principal empregador do grupo" com 3.775 efectivos.

Em 2010, a Soares da Costa obteve lucros de 15,6 milhões de euros, com o volume de negócios a ter atingido 893,5 milhões, a maior fatia do qual a ser proveniente do mercado internacional (513,3 milhões de euros face a 380,2 milhões em Portugal).
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Enquanto os sindicatos dão e trocam pareceres, não se vislumbra nenhuma acção concertada com os trabalhadores para lutarem contra enorme despedimento colectivo, se concretizar. A resposta dos trabalhadores atempadamente é premente, por isso devem obrigar esses dirigentes sindicais que se deixem de lamúrias e mobilizem com determinação os trabalhadores contra este mais que provável despedimento.

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