segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Parar o Orçamento - Cercar o Parlamento



Um comunicado á imprensa proveniente das estruturas que compõem o Movimento 15 de Outubro, onde fazem o balanço e apelam à continuação da luta: Próxima Paragem: Parar o Orçamento - Cercar o Parlamento!

Não pagamos!

«Comunicado de Balanço

Próxima Paragem: Parar o Orçamento - Cercar o Parlamento!

Um dos maiores protestos do 15 de Outubro, em todo o mundo, foi em Lisboa. Perto de 100 mil pessoas encheram as ruas do Marquês de Pombal a São Bento, local onde realizaram a maior Assembleia Popular desde o Cerco à Constituinte. Além da promessa de continuar, votaram-se várias medidas de continuidade. Na Assembleia, votou-se além da proposta unitária, dos movimentos organizadores, a nacionalização da banca sob controlo dos trabalhadores, a suspensão do pagamento da dívida e exigência de uma auditoria cidadã, apelo aos sindicatos para uma greve-geral e acções de desobediência civil pacífica.

Na Assembleia de hoje a plataforma organizadora do 15 de Outubro, que conta já com 37 movimentos e muitas pessoas em nome individual, avançou na criação de grupos de trabalho que visam concretizar as propostas aprovadas.

Assim o 15 de Outubro em Lisboa apela:

À mobilização, tendo em vista uma acção de protesto em frente ao Parlamento para o dia da votação na generalidade, do Orçamento do Estado para 2012, seguida de Assembleia Popular aberta.

Aos sindicatos e às comissões de trabalhadores a convocatória urgente de uma greve geral nacional - contra o acordo da Tróica, contra o pagamento de uma dívida que o povo português não contraiu e da qual não retirou qualquer benefício, contra as privatizações que o governo pretende levar a cabo, nomeadamente das Águas de Portugal, TAP, CTT, CP, RTP e outras, contra a nova lei dos despedimentos, contra a precariedade imposta às nossas vidas e contra as medidas de austeridade impostas pelo governo do capital, que estão a destruir a vida das pessoas.

À suspensão do pagamento da dívida e convocação a uma auditoria cidadã à mesma.

À nacionalização da banca nacional e estrangeira sob o controlo dos trabalhadores.

A iniciativas populares de desobediência civil pacífica, expressando a nossa contestação diária ao futuro negro que os ricos nos dizem ser o único possível.

Ao apoio de futuras mobilizações internacionais no espírito do 15 de Outubro, que juntou milhões de pessoas em 951 cidades e 82 países [Fonte:http://15october.net].

A que todos se unam numa rede de pessoas e organizações activistas com direito à palavra, à proposta e ao voto, para continuarmos a luta política, através de um movimento informal mas inclusivo e plural, que aceita todos quantos se revejam no seu manifesto.

De lembrar que a 1.ª Assembleia Popular de 15 de Outubro fez ouvir a voz de perto de uma centena de pessoas por uma democracia participativa, pela transparência nas decisões políticas e pelo fim da precariedade de vida, numa mensagem partilhada universalmente, dos Estados Unidos à Ásia.»

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