quarta-feira, 16 de março de 2011

Todos à estrada no dia 19


Com os trabalhos em andamento para a colocação dos pórticos, fica demonstrada a vontade do Governo e dos seus apoios locais na execução das portagens.

Quando sairmos à rua no dia 19 para um protesto em tudo convencional, convém estarmos convencidos de que a nossa manifestação e apesar da importância do número, estará devidamente enquadrada e assimilada na estratégia do Governo.

A frente alargada dos organizadores, gente que se divide em diferentes pontos de vista sobre o sim e o não às portagens, onde alguns (poucos) são desprendidos e outros, velhos servidores e aliados do regime, partem para esta prova conjunta ainda carregados de ilusões de que o assunto se resolve no diálogo e nos panos quentes.

Os exemplos vêm do norte, onde as pessoas cederam e gastaram as suas energias até à inocuidade das providências cautelares. À falta de uma liderança forte, o Governo respondeu com silêncio e agora saboreia os dividendos das cobranças das SCUT, que ultrapassaram as expectativas.

Para obter sucesso no sul e relançar a luta no país, os organizadores têm de aprender com os passos de outros e equacionar outro tipo de etapas que traduzam a autoridade da vontade e da determinação da população sobre a política errada do Governo que, para corrigir os seus erros, só conhece o atropelo e a sobrecarga de encargos.

Quando se avança para iniciativas desta natureza, há sempre perdas e a questão está aqui: como fazer o Governo perder?

Seguramente que a participação e o número são factores indispensáveis mas, a envolvência, a dimensão da notícia, os locais de paralisação e os seus impactos, são determinantes.

Terá a actual composição dirigente capacidade para a vitória ou estará a queimar etapas e energias…?

A recente decisão da AMAL de dar liberdade de decisão aos municípios, com queixas irrelevantes de despeito de tratamento por parte da tutela, vem provar a linha perdedora que ilumina o papel charneira de Macário Correia e a dos seus pares, na totalidade homens de mão e devedores aos partidos que decidiram as portagens.

O presidente da edilidade farense, antes deste anúncio, já tinha criado o seu álibi, recebendo no sábado do protesto, nos Paços do Concelho e apenas duas horas depois, a palestra de um correlegionário de partido.

A retirada da pretensa “força institucional”, mais preocupados com os alinhamentos eleitorais que se avizinham e terá sido ponderada, não pode demover as forças de protesto!

À atenção da comissão de utentes, esta deve analisar o histórico desta luta, estudar outras formas de acção e apresentar-se no sábado com novas propostas concretas que utilizem as energias criadas para que não se crie um vazio na combatividade.

No momento o que temos de certo, é que o Governo PS e o PSD, mais os seus aliados locais, estão convictos das suas decisões!

Luis Alexandre

1 comentário:

Anónimo disse...

Garantidamente, que lá estarei a defender o meu Algarve.

Filho de Albufeira