quinta-feira, 3 de março de 2011

A verdade vem sempre ao de cima


Variadas vezes denunciámos como mais nenhuma outra entidade do concelho ou de fora dele, os sinais de degenerescência e empobrecimento do concelho capital do Turismo.

O poder sempre se sentiu alcançado, reagia com propaganda mas até esta se foi esfumando no peso da verdade. Os estudos encomendados a entidades muito recentemente, que vendiam o paraíso da qualidade de vida e possivelmente iludiram e arrastaram ainda mais pessoas para procurarem saídas profissionais e sociais, contribuíram para o engrossamento da dimensão do problema do desemprego e da pobreza.

Em dois anos, saíram de cena estas fanfarronadas que foram pagas com dinheiros públicos e entraram em palco outras, como as quebras de visitantes e receitas, o aumento da sazonalidade, a precariedade do emprego, o desemprego e a criação de cantinas para tapar a fome.

As duas principais associações de solidariedade - a Santa Casa e a AHSA -, não dão mãos a medir e elas próprias debatem-se com enormes dificuldades para acudirem à procura.

Perante uma realidade nua e crua, o executivo municipal do PSD mantém a sua postura hipócrita, chamando os cidadãos à solidariedade para trabalharem e fornecerem alimentos para a sua iniciativa de matar a fome aos milhares de necessitados, chamou-lhe Cantina Social e deu honras de imprensa a este serviço à pobreza, em cujo discurso oficial foi omitido o engrossamento do orçamento autárquico com aumentos consideráveis sobre bens e serviços e criação de novas taxas, tal como manteve o saque de 5% do IRS que a Lei das Finanças Locais lhe conferem.

Os mais de 22% de desempregados foram marginalizados, porque os níveis de necessidades são variados e o que a autarquia tem para lhes oferecer é o prato de sopa, enquanto os familiares e amigos que trabalham 3,4,5 ou 6 meses, têm de dar mais 5% dos seus magros salários para o despesismo de uma Câmara gorda e anafada.

Para além das medidas formais de acção social que não absorvem mais de um ou dois por cento do orçamento, consagradas em subsídios à solidariedade, rendas ou bolsas escolares, este executivo do PSD nunca teve planos ou intenções de criar um fundo de reserva que faça frente a calamidades ou reforço da acção social em situações graves e prolongadas como a que vivemos.

Face à gravidade da situação que se vive entre a população carenciada e que engrossará nos próximos tempos, uma medida que o FORUM ALBUFEIRA exige, é que este fundo seja criado de imediato e reforçado em cada ano até um montante não inferior a 10% dos proveitos anuais da autarquia.

FORUM ALBUFEIRA

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