domingo, 13 de março de 2011

Afeganistão - Grande manifestação de protesto contra os EUA.


Centenas de afegãos realizaram um protesto em massa contra os Estados Unidos e a sua política de ocupação imperialista, no centro de Cabul, capital do Afeganistão, no passado domingo, exigindo a saída das forças aliadas imperialista e fundamentalmente o papel dos EUA no Afeganistão.

Segurando cartazes com “Bases permanentes dos EUA equivale a escravidão militar permanente do povo afegão”, “Ocupação é igual a morte e destruição”, os manifestantes gritavam “Morte à América” e desfilaram nas ruas do centro de Cabul.

“O envolvimento dos EUA no Afeganistão tem uma longa história de crueldade, não melhorou as condições no país, mas aumentou a corrupção, a pobreza, os assassinatos, o cultivo da papoila e do tráfico”, diz o panfleto distribuído pelo Partido da Solidariedade do Afeganistão, o organizador dos protestos.
“Como os Estados Unidos querem estabelecer uma base permanente no Afeganistão, apelamos ao povo para não permitir que os EUA ocupem o nosso país e que o governo de Karzai assine o acordo vergonhoso”, afirmação contida nos panfletos distribuídos.

Entre os manifestantes havia várias mulheres e crianças, sob os olhares das forças policiais repressivas do regime
Os manifestantes queimaram um boneco representando o presidente dos EUA, Barack Obama, e gritaram “Abaixo os EUA”.


Uma das inúmeras mulheres manifestantes afirmou na altura: “Hoje, manifestamo-nos para condenar as vítimas civis causadas pelas forças dos EUA e dos Taliban no nosso país. Queremos que as tropas americanas parem de matar pessoas inocentes, crianças e mulheres.”
Exactamente no dia 1 de Março, militares das forças imperialista norte-americanas massacraram 9 crianças num ataque aéreo na província de Kunar, no nordeste do Afeganistão. O ataque foi seguido por enormes protestos da população. Num vídeo divulgado pela Al Jazeera mostra os corpos das 9 crianças, todas de idade inferior a 14 anos, mortas pelo fogo disparado a partir de helicópteros da NATO. Trata-se da última de muitas atrocidades cometidas na região. Há duas semanas foram mortos 65 civis noutro ataque.

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