segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Paulo Portas promove venda a retalho de Portugal


O ciclo da utilização do marketing na venda a retalho do país, iniciado com Sócrates, prossegue, agora, com Portas.

No seu périplo pelos países onde se fala a língua portuguesa - Angola, Moçambique e, mais recentemente, o Brasil - o inefável Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, evidenciou a todos os responsáveis institucionais e grandes empresários desses países, o seguinte:

1º Que no Memorando que PS, PSD e CDS-PP estabeleceram com a Tróica do FMI/FEEF/BCE, está plasmado o princípio e o "timing" que o Governo português tem de observar quanto à efectivação das privatizações, bem como quanto aos sectores a privatizar.

2º Que essas privatizações serão precedidas de medidas de "limpeza de gorduras" (leia-se, de trabalhadores ditos excedentários) e de aumentos nas tarifas dos serviços prestados pelas empresas a privatizar, para que se tornem mais atractivas para o grande capital (privado ou de estado) as adquirir.

3ª Que o programa de acção dos partidos que compõem o actual governo - PSD e CDS-PP - é a garantia de que os investimentos que vierem a realizar estarão seguros.

E que sectores anda o caixeiro-viajante Portas a promover? Quanto a essa matéria o personagem está munido de um extenso catálogo de oferta: desde as Águas de Portugal, à Rede Eléctrica Nacional, Transportes Públicos, Saúde, TAP, ANA, GALP, telecomunicações, a oferta é variada e apresentada de forma a garantir um lucro fácil aos destinatários.


E
enquanto este papa-léguas se multiplica, lá fora, nos seus esforços de vender o país a retalho, os seus replicadores fazem eco das suas garantias em território nacional. É o caso do inefável Mexia, presidente da EDP, que inundou há dias os telejornais com declarações de canina observância do modelo imposto pela Tróica e pelo Governo PSD/CDS-PP, isto é, de que já fez o "trabalho de casa" para que, quando os ditos investidores quiserem abocanhar uma fatia das nossas empresas estratégicas, a casa já estará devidamente "limpa" de impurezas que pudessem tornar menos atractivo o negócio.

...

Sem comentários: