terça-feira, 30 de agosto de 2011

Correios: enviar uma carta vai ficar mais caro...


Com a privatização dos CTT no horizonte próximo, até ao fim do ano de 2012, o governo vai impondo medidas ditas de sustentação para agradar aos potenciais compradores. Uma delas será aumentar os custos do produto e a outra, os despedimentos.

A primeira de muitas que estão inscritas no memorando de entendimento com a tróica, é o aumento do custo de serviços para utente, ao enviar uma carta, uma encomenda ou um postal vai ficar mais caro, pois o serviço postal universal, até aqui estava isento de IVA, vai passar a pagar imposto. Esta medida é para arrancar até ao final de Setembro.

Se for aplicada a taxa máxima de IVA, despachar uma carta no país, por correio normal, passa de 32 para 39 cêntimos. Se a mesma missiva for enviada em correio azul, o agravamento é de 11 cêntimos, passando para 58 cêntimos. No caso de ser registada, com aviso de recepção, fica 53 cêntimos mais cara, passa a custar 2, 83 cêntimos…tudo com o pretexto de igualar a média dos 27…

Os agravamentos vão aumentando com o volume de correio a despachar.

E ao mesmo tempo os serventuários do sistema, vão encerrando estações e postos de correio (com a mais provável privatização, dezenas e dezenas de localidades por este país fora ficarão sem correio…), vão precarizando o emprego, contratando empresas de prestações de serviços…fornecedoras de escravos há século XXI!

Com estas medidas fascizantes deste governo, PSD/CDS, desde da saúde, ao plano fiscal, passado pela defesa, e justiça e administração pública, o Governo prepara-se para adoptar mais 75 medidas acordadas com a tróica, medidas cada vez mais restritivas para quem trabalha, para os pensionistas e os desempregados.

Já em Outubro, como nós já aqui denunciamos, avança o agravamento do IVA na electricidade e gás natural, para 23%. Está também prevista uma decisão sobre a redução da Taxa Social Única (TSU).

A resposta a esta avalanche e a estas medidas reaccionárias não se compadece com a pretensa reposta da nossa “oposição”, estéril, lacrimejante e redutora…a luta impõe-se, nas ruas, nas fábricas, nas empresas, tudo por um combate tenaz e férreo, determinante para impor um governo de esquerda, democrático e patriótico.

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