«A resignação é a primeira condição da vida.»…
Esta frase adequa-se bem às intensões reaccionárias e provocatórias por parte do governo Passo/Portas, que consistem em impor a cerca de 72 mil desempregados com idades entre os 55 e os 64 anos para virem a “ajudar” nas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e Misericórdias…desempregam-se as pessoas para depois como acto caritativo, obrigam a trabalhar, assim, como mão-de-obra mais barata, na actividade de creches, lares e outros equipamentos da rede nacional de solidariedade.
Mas o programa do ministro do CDS, Mota Soares, pretende ir mais longe, porque além dos desempregados com mais de 55 anos, os alvos preferenciais - “na luta contra a pobreza e a exclusão” - serão os desempregados de longa duração (mais de 225 mil), os jovens à procura do primeiro emprego (quase 37 mil) e os beneficiários do Rendimento Social de Inserção com idade para trabalhar (196 mil).
Esta medida canalha, (é bom chamar os bois pelos seus nomes), regulamenta o “trabalho socialmente necessário” que foi criado pelo anterior Governo do PS,
E para compor o ramalhete, quem recusar esta esmola perde o subsídio, como está já previsto…
Portanto o programa deste governo é bem claro, aumento do desemprego, com o consequente incremento do trabalho mais que precário e barato. E quem mesmo não conseguir este frágil trabalho, terá como acto supremo a resignar-se com uma “colaboração” com os velhos e as crianças…é um fartar vilanagem!
O povo costuma dizer que a mesma água não passa por baixo da mesma ponte, é verdade. Mas também é verdade que fica sempre a montante um lodo que enferruja os alicerces da ponte…uma analogia que se adapta bem às ideias fascizantes deste governo
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