sábado, 10 de janeiro de 2009

A ONDA DE FRIO E A ONDA DE CALOR HUMANO.

O frio de rachar que se faz sentir no Algarve, que está em alerta amarelo e que segundo o Instituto de Meterelogia vai continuar por mais dois dias, levanta algumas questões que, no contexto do Concelho de Albufeira, têm um particular interesse analisar com alguma objectividade e mostram o estilo de trabalho e as noções das autoridades sobre como lidar com problemas sociais.

De uma maneira geral e porque estas situações de frios prolongados não são muito habituais entre nós, a Protecção Civil e outras entidades que têm responsabilidades nas respostas de prontidão, fazem-no num quadro de ideias muito restrito, de impreparação e pouca profundidade ou, dito por outras palavras, organizam os chamados serviços mínimos de atendimento localizado, pondo à disposição um lugar de acolhimento, agasalhos, comidas e bebidas quentes e, eventualmente, algum apoio médico e medicamentoso.

Mas em situações extremas como esta, que afecta particularmente os mais velhos, doentes e sub-nutridos e necessitam de cuidados especiais e domiciliários, pouco ou nada é feito, para além das rotinas diárias estabelecidas.

Mas esta franja de pessoas, que se espalham pelas freguesias, são também cidadãos e as suas necessidades gerais deviam estar devidamente estabelecidas para se lhes poderem prestar todos os cuidados que a sua permanência em casa exigem.

A realização destes actos, que na maior parte das vezes são prestados por familiares e vizinhos, em gestos nobres de solidariedade social, podem também apoiar-se em voluntarismo organizado que no nosso Concelho não tem expressão, cabendo por inteiro, às autoridades a responsabilidade oficial de os montar e aplicar no terreno.

Como o perfeccionismo não existe mas procura-se, as autoridades, não se podem remeter a uma posição de defesa, accionando apenas os meios catalogados e sabendo que não podem acorrer a todas as situações, devem recorrer à maior divulgação por todos os meios, dos cuidados básicos nestas situações e à mobilização do maior número de recursos que tem à sua disposição.

Passada esta onda fria, virão os efeitos nas populações e os balanços do que foi feito e do que ficou por fazer. Aguardemos.


Luis Alexandre

membro do FORUM ALBUFEIRA

4 comentários:

Anónimo disse...

Basta olhar à nossa volta para vermos que nada foi feito de especial para esta situação. Já perguntei a individuos bem conhecidos na cidade se foram contactados e responderam que não. Está tudo igual.
Tambem basta olhar para os dinheiros que a Câmara gasta com a actividade social para percebermos que não se dá atenção. Aqui é só qualidade de vida e a Câmara tem lá o certificado para mostrar, lembra-se ?

Anónimo disse...

NADA SAIU DO QUE ELES ACHAM NOMAL E NECESSÁRIO: o frio já passa dirá a vereadora qure resolve tudo com um sorriso

Anónimo disse...

não há duvida que Albufeira tem um numero indefinido de sem abrigos . por exemçlo o amandinho , o corta a pixa, o da judiciaria , o vandame que tem uma escultura de areia na praia e os ciganos que a provedora da Sª Casa da Mesericórdia de Albufeira continua a deixar perto do Clube de Pesca há espera que a camara faça casas para eles. e se calhar quem é filho da terra e que precisa vai de certeza a continuar a viver mal mas enfim é a nossa sina como se diz no ditado Albufeira ruim mãe e boa madasta costuma dizer al

Anónimo disse...

O frio vai passar e passam as tormentas e as criticas sobre a Câmara e ninguem deu por nada. E se alguem tem frio que se aguente e se alguem tem fome que se aguente e se um idoso não pode sair de casa que se aguente, que o frio já passa.