sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A nova lei das rendas é uma ordem para os despejos




Exactamente numa altura de crise profunda do capitalismo, o Governo mais servil depois do 25 de Abril, irá cumprir mais uma medida draconiana, imposta pela Tróica. Uma autêntica lei de despejos!

Claro que haverá “paliativos”, o Governo indica uma “transição de cinco anos para um novo regime para os cidadãos com carência económica.” Não explica que carências e que tipo de quantitativos de rendimentos…com 500 euros já não se deve ser carente, para pagar uma renda de…500 euros…é fartar vilanagem!

Já para pessoas com idade superior ou igual a 65 anos ou deficiência com grau de incapacidade superior a 60% "pode existir actualização de renda, mas os arrendatários não são forçados a sair"…pois!

Portanto existindo “maior liberdade” para os senhorios de poderem aumentar o que pretenderem, veremos no próximo ano - se não houver uma resposta pronta dos inquilinos - despejos atrás de despejos… vai ser criado uma entidade – chamada balcão nacional de despejos, embora o nome ainda não esteja fechado – para reduzir o tempo de desocupação das casas… o objectivo “é resolver as divergências entre proprietários e inquilinos o mais rapidamente possível sem entupir os tribunais” …está se mesmo a ver que esta entidade dita “imparcial” vai dirimir a favor do mais fraco…pensionistas com 200 ou menos euros ou um precário com 600 ou menos euros…vale tudo menos tirar olhos…é fartar vilanagem!

Em Espanha uma semelhante lei de despejos, seja por falta de pagamento de hipoteca ou de pagamento da renda, tem provocado uma hecatombe…despejos atrás de despejos. Foi constituída uma Plataforma dos Afectados por Hipoteca (PAH), que tem conseguido impedir despejos de pessoas sem condições de poderem pagar as rendas exorbitantes, seja aos bancos ou aos senhorios. Este poderá ser o caminho para o povo trabalhador português, porque só com a luta determinante se imporá em definitivo…o despejo deste governo canalha vende-pátrias!

A maioria absoluta dá para aumentar tudo nas costas do povo


CMA: outro orçamento milionário

 

A assembleia municipal da semana passada, que apenas foi notícia pelos velhos arrufos de namorados (PSD e P”S”), deixou a sua marca, constituindo-se no único concelho do Algarve que sobe o seu orçamento para 2012.


O maior espanto não vem dos arrufos, muito menos da maioria absoluta de pendurados e amorfos que se sentam pelo PSD para dizer sim, mas do aumento para 113 milhões do orçamento para 2012, mais 13% que em 2011.


Neste cenário, onde fica o choradinho do presidente da edilidade quanto à falta de dinheiro para manter o cartaz de Fim-de-Ano, que ao longo do ano lhe dava mais visibilidade microfónica? 


De certeza que o evento estaria cabimentado mas o volume de problemas de gestão e a quebra de receitas levaram este artista e o seu executivo a roerem a corda, com a encenação que é conhecida, do tal peditório a favor da empresa municipal dissimulada e que ninguém controla - a APAL -, que por razões que se 
desconhecem é também presidida por Desidério Silva.


Com este orçamento, construído à custa do aumento generalizado das taxas camarárias e venda de serviços, fica a expectativa de qual vai ser o novo expediente camarário para o próximo… Fim-de-Ano.


Claro que com Desidério Silva em fim de circulação autárquica e sem necessidade da sua bonomia despesista, as expectativas para 2012 ficam no ar, quanto à nova estratégia de lançamento do seu futuro candidato…


Voltando aos arrufos do P”S”, tradicional aliado do PSD e não só por ausência… mas também por aproveitamento, a lamúria dos seus cinco eleitos na assembleia e do seu vereador meio-presente, meio-ausente, são a ladainha da impotência que foram construindo ao longo de 30 e muitos anos…


As situações que com amizade criticaram na assembleia não passa de um suspiro da sua nova estratégia 
eleitoral com horizonte em 2013…


Até lá, como até aqui, os cidadãos e tecido económico continuam a sofrer as agruras das políticas que vêm 
destruindo a imagem do concelho de Albufeira.


Só o orçamento camarário é que procura esconder a gravidade dos problemas que atravessamos… porque os orçamentos familiares e das empresas não vão subir esses magnânimos 13%...



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