sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Metade dos jovens com menos de 25 anos recebe menos de 500 euros...



Um estudo efectuado pela CGTP, vem demonstrar e confirmar as milhentas denúncias feitas por milhares de jovens com trabalho precário e baratinho, que o emprego precário, com rendimentos abaixo de 500 euros, afecta metade dos jovens com menos de 25 anos.

Há 40 por cento de contratos a prazo a afectar esta população. Jovens são também as maiores vítimas do desemprego de longa duração.

Por outro lado, este estudo, revela também que um em cada quatro profissionais com idade inferior a 34 anos está na mesma situação, o que representa uma percentagem elevada de trabalho muito mal pago neste grupo de população trabalhadora.

Em 2010, havia cerca de 1,2 milhões de jovens com menos de 34 anos, no mercado de trabalho, segundo dados do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, mais nos serviços do que na indústria, sendo que entre 1998 e 2009 se verificou uma perda de 160 mil jovens na indústria.


Outro indicador deste estudo é a elevada percentagem de contratos a termo (40 por cento), o que coloca os mais jovens trabalhadores numa situação de grande vulnerabilidade, perante a necessidade de redução dos quadros das empresas.

Existe dentro das empresas uma diferenciação de salário entre os trabalhadores que têm contrato sem termo e os que estão a prazo. Em média, quem está nos quadros da empresa aufere um salário 25 por cento mais alto do que um trabalhador com contrato a termo. Esta situação faz com que os patrões aumentem a chantagem sobre os trabalhadores com contrato sem termo, seja nas reformas antecipadas (com perda de rendimentos), seja na ameaça permanente de perda de direitos e provável despedimento.
 

Numa análise a todas as faixas etárias, verifica-se que a precariedade atinge quase 29 por cento dos trabalhadores, sendo que 57 por cento são jovens, também estes a maior vítima do desemprego de longa duração.

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