Bélgica: Greve Geral paralisou o país
Os
trabalhadores belgas massivamente aderiram a um greve geral nacional,
ontem realizada, em resposta às medidas de austeridade propostas pelo
novo governo belga, liderado por Elio di Rupo.
Os
serviços de transportes paralisaram totalmente, com a imprensa,
escolas, hospitais públicos, penitenciárias e cadeias de televisão a
aderirem com percentagens altas, muitas delas a chegarem aos 100%.
O exemplo disto, é os transportes
ferroviários que estiveram parados em todo o país, incluindo os
serviços internacionais de TGV Thalys e Eurostar. Os restantes
transportes públicos estiveram praticamente parados, sendo que, em
Bruxelas, não circularam autocarros, eléctricos e o metropolitano.
Os
trabalhadores belgas contestam em particular a proposta de novo regime
de pensões, que propõe o adiamento da idade de reforma em 2 anos, dos 60
para os 62, votação essa que estava prevista ontem ser realizada.
Outras “reformas” consideradas “inalienáveis”, lá como cá, o Governo que
recentemente tomou posse, depois de um ano e meio sem governo, hiato
esse que permitiu que estas medidas não fossem impostas, tenta a todo
custo cumprir as metas de austeridade, para tentar colmatar o divida
enorme, claro sempre à custa do trabalho.
Os
governos belgas gastaram pelo menos 12,2 mil milhões de euros de
dinheiros públicos no resgate de bancos privados desde o início da crise
em 2008 (o Fortis recebeu 4,7 mil milhões de euros em 2008, o KBK 3,5
mil milhões em 2009 e o Dexia 4 mil milhões em 2011). Durante o ano e
meio, o PIB país cresceu em média 0,48%. Com a entrada em funcionamento
deste Governo, a austeridade sobre austeridade é o lema que os
trabalhadores não estão dispostos a aceitaram, como esta greve geral
demonstra.
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