Polícias: interventivos e provocadores... vejam só
«Confirma que os dois indivíduos vestidos à civil que surgem na primeira e fotografia publicada são agentes da PSP?
“Os dois cidadãos que surgem identificados na primeira fotografia são elementos policiais pertencentes à estrutura de investigação criminal da PSP, os quais estão integrados no policiamento que foi desencadeado por ocasião das manifestações sociais de 24NOV11. A
sua missão neste tipo de contexto será o de garantir que o exercício do
direito de manifestação por parte dos cidadãos faz-se de forma livre,
sem quaisquer perturbações de elementos estranhos às organizações que as
promovem, impedindo o cometimento de ilícitos criminais, preservando a segurança de todos os intervenientes. A
fotografia surge no contexto da necessidade de reposição da ordem
pública por parte do Corpo de Intervenção da PSP, no qual os próprios
elementos policiais acabam por ser alvos da intervenção dos seus colegas, situação esta que é frequente (ex: policiamentos de futebol). Para uma melhor percepção
dos factos, é preciso que se diga que o avanço do Corpo de Intervenção
faz-se em linha, incidindo sobre todos os que se encontram no seu raio
de acção, sendo por isso normal que, perante a não identificação
exterior dos elementos policiais, estes fossem também sujeitos às
medidas de polícia desencadeadas.”»
Quem
responde assim, a uma entrevista publicado no JN, é o tal director da
PSP, depois de ter negado à dias que não existia esbirros da polícia
entre os manifestantes…
O mesmo chefe afirma com grande desplante de que esses membros tinham como missão, garantir “que o exercício do direito de manifestação por parte dos cidadãos faz-se de forma livre”…é fartar!
A
uma pergunta do jornalista, se confirma na dita manifestação existiriam
agentes da PSP infiltrados ou provocadores, o chefe responde com a
desfaçatez inerente ao cargo: “Não
faz sentido por isso falar-se em Agentes provocadores ou infiltrados,
pois esses conceitos não existem na PSP, sendo que tais acções não são
enquadráveis na lei, nem traduzem sequer benefícios para a nossa acção, a
qual será sempre firme, mas ao mesmo tempo apaziguadora e mediadora de
conflitos.”…Mais elucidativo não será possível…vilanagem!
Como
sempre denunciámos..., enquanto muitos se mostravam
incrédulos ou obliteravam as situações por nós focadas, neste momento
encontram-se pespegadas em parangonas nos jornais e televisões…como diz o
povo mais vale tarde do que nunca. Só
que se continua a escamotear que estas acções estão enquadradas no
sistema vigente, que a polícia é um mero instrumento de repressão para
defesa e manutenção desta sociedade capitalista. Portanto continuar
alimentar ilusões de que existem polícias “bons” e polícias “maus”, é
mais uma vez dar o flanco ao inimigo, que nos declarou guerra, e por
isso mesmo a nossa resposta deve ser adequada às circunstâncias:
declarar guerra também a este sistema podre e caduco, de exploração e
opressão e aos seus esbirros, seja a farda que tiver!
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