quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Sobre a mentira do excessivo número de feriados... morte ao trabalho forçado



A propósito das mentiras propagadas, mil vezes, por parte do governo sobre o chamado "excessivo número de feriados" em Portugal, observem o número de feriados dos vários países da União Europeia.

Roménia                    6      
Holanda                    10     
Itália                          11     
Polónia                    11     
Bélgica                     12     
Dinamarca              12     
Hungria                    12     
Irlanda                      12     
Luxemburgo           12     
França                     13     
Finlândia                 13     
República Checa   13     
Suécia                     13     
Malta                        14     
Portugal                  14     
Áustria                     15     
Grécia                      15     
Eslováquia              16     
Alemanha               17     
Grã-Bretanha         18     

  A média dos feriados é 13. Portugal tem 14, apenas um (1) a mais do que a média.

 
Vejamos agora outro pormenor interessante. É que de todos os países da União Europeia, Portugal tornou-se independente em 1143, sendo por isso um dos mais antigos países com as fronteiras definitivas. Por isso, é natural que feriados os feriados históricos como o 1 de Dezembro (dia da restauração da Independência em 1640) façam todo o sentido.
 
Diz a propaganda paga a peso de ouro pelo grande capital que cada dia de feriado custa 37 milhões de Euros à economia portuguesa. Como são feitos esses cálculos eles não explicam como são feitos…só se já estavam pensando na lei que aprovaram recentemente, o trabalho forçado, que dá a possibilidade dos patrões de obrigarem os trabalhadores (juntando as meias horas a mais), a trabalhar nos feriados e fins-de-semana gratuitamente…é fartar!  

Outro exemplo da retirada de outro feriado que aboliram, o 15 de Agosto, é o feriado mais importante do país em termos de festividades populares e de reunião de famílias, principalmente nos concelhos que têm muitos emigrantes.

Estas medidas irão afectar mais uma vez a economia de um país, já de si depauperante, e os factores  como o descanso, do bem-estar com a família, em suma do lazer bem merecido depois de dias e meses de exploração da venda do seu trabalho, não se contabilizam em números.
 
No entanto, com casos como o BPN, as Parcerias Público-Privadas, subsídios à Banca e comissões à Tróica (não acrescentando mais nada), sabendo que só num ano são gastos mais de 18 mil milhões de Euros, significa que cada um dos 365 dias custa 49.315.068,49 Euros ao povo português.

Se atentarmos somente aos dias úteis de trabalho, tal montante ascende aos 80.000.000 Euros, desviados essencialmente para o sector financeiro, ou seja os bancos.

Por tudo isso e mais que podia ser dito, é mais que justo a luta contra o trabalho forçado, contra os cortes nas horas extraordinárias, enfim contra maior exploração desenfreada por parte do grande capital.

O Trabalho Forçado Não Passará! Morra o Trabalho Forçado!

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