Os longos meses às moscas
Pela primeira vez na sua já longa presidência do executivo
camarário, Desidério Silva reconheceu a desgraça a que conduziu o concelho
“Capital do Turismo”, dizendo a bons pulmões por ocasião da apresentação do
programa de recurso do Fim-de-Ano, que não pode obrigar os empresários da
cidade a manterem os seus estabelecimentos abertos.
Este é um facto que vem de anos atrás, particularmente
depois do famigerado Programa Polis/Câmara, que derreteu em obras de fachada
mais de 75 milhões de euros e fechou ainda mais caminhos para a baixa e a linha
de costa, destruindo lugares de estacionamento, funcionalidades e comodidades
que afastaram em definitivo milhares de pessoas e dezenas de empresas estruturantes.
Desidério Silva e o PSD autoritário, limitam-se a lamentos
mas não têm capacidade para admitir a gravidade dos erros cometidos e muito menos
equacionar soluções.
Quando é o próprio PSD que lidera a intenção da revisão da
lei para a criação de executivos autárquicos monoculores, o município de
Albufeira é um exemplo flagrante, pela negativa, da falta de democracia desta
medida se chegar a ser aprovada.
Três maiorias absolutas e com uma “oposição” aliada do P”S”,
a dupla Desidério Silva e Carlos Silva e Sousa são o exemplo acabado do que se
pode considerar uma gestão danosa do município que não aproveitou os largos
meios financeiros disponíveis como meio de desenvolvimento sustentado do
concelho.
Particularmente os últimos seis anos têm sido dramáticos
para as forças económicas do concelho, por um lado perdendo receitas de verão e
vendo aumentar a sazonalidade e, por outro, perdendo para a concorrência o
interesse de permanência de muitos milhares de visitantes e inverno que se
instalavam por vários meses, aproveitando o clima sublime e a segurança que
lhes era proporcionada.
Por tudo o que voltamos a denunciar, não podemos aceitar a
choraminguice do imobilismo do senhor presidente da Câmara.
FORUM ALBUFEIRA
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