política à moda de albufeira (49)


UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA!



O ambiente político está morno, como a economia e finanças do concelho. Até dezassete de Agosto, data final para entrega das listas, joga-se nos bastidores partidários, deixando os problemas concretos e graves da vida das pessoas e das empresas, ao sabor e ao som da música montada pelo executivo camarário.

Para o executivo, a crise não é deles (pudera, gerem 93 milhões coercivos), veio de fora e nem o seu impacto na vida do concelho, traduzida na maior queda de sempre na ocupação, com o consequente aumento da massa de desempregados e forte quebra nas receitas sustentadoras, lhes tira o sono e vivem numa despreocupação assustadora.

O executivo trabalha não para a realidade social e económica dos munícipes, mas sim para a sua realidade de sobrevivência à frente dos destinos e milhões do orçamento.

Desidério Silva tem uma série de compromissos anteriores para cumprir para com os seus apoiantes e investidores, e trabalha exclusivamente neles. Tem de encaixar pessoas nas listas, dizendo-se por aí que vai aumentar a pobreza dos subordinados, incluindo o presidente da junta de Albufeira e tem de configurar em termos de Lei, os interesses e pressões dos financiadores, que querem ver acautelados os seus investimentos no curto e médio prazo.

O executivo PSD e o seu chefe, vivem o espectro de mais de 5.000 votos perdidos e o capital, que não brinca em serviço, quer ver os caminhos abertos para o novo PU (Plano de Urbanização), para as 900 camas atribuídas ao Municipio pela CCDRA e outras situações e obras do seu interesse, para as quais a opinião pública tem de estar atenta.

Do PS nem se ouve falar a não ser que "o enviado", tenta pôr os "anastácios" na ordem, quer um "xico" para Paderne e os acontecimentos e a situação real de degradação da vida e dos negócios, não lhe merecem preocupação. Quando ele chegar para fazer mais, pela amostra, ainda nos assustamos mais.

Na realidade, a impunidade com que o PSD governa e prepara as próximas eleições à custa dos palcos do Munícipio, como a cerimónia de apresentação do futuro palácio de congressos, sem saberem se vão ser eleitos, é bem demonstrativa que não é por aí que o PS faz a diferença.

Entre um PS moribundo e um PSD que se vai governando, os dois em cambalhota eleitoral, aparece de fresco o Partido da moda, o BE, ao seu estilo de somente capitalizar o descontentamento e esperando, passageiramente, que os votos lhe caiam no saco. E a situação em Albufeira está-lhes de feição, mesmo sem existirem ou abrirem a boca.

O PCP está igual a si próprio, segue sozinho, não aquece nem arrefece, fazendo crer que o que lhe interessa é o que interessa à população.

O CDS dizem que existe, e o salto eleitoral à custa dos descontentes do PSD, dão-lhe um ânimo negocial que nem eles sabem para que serve.

Nesta moldura política e económica, um concelho com as carcteristicas de Albufeira, que precisa urgentemente de uma mudança de rumo e de actores à altura, corre o sério risco de no meio da miséria governativa e da sua "oposição", o desiderismo do betão e do empobrecimento, ficarem com o pescoço acima da água.

E de quem é a culpa? Do povo que tem razões para se alhear ou dos responsáveis políticos que não cumprem as suas obrigações?