"Apesar de o número de desempregados este ano estar bastante acima em relação a anos anteriores, pode-se constatar uma certa diminuição do número de inscritos como desempregados desde Abril, fruto do início da época alta na actividade turística", afirma Alberto Melo, quando questionado sobre se a crise afectou o emprego sazonal no Algarve. O director regional do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) reconhece que "a crise económica e financeira internacional afectou fortemente toda a economia nacional, arrastando consigo a actividade turística", e "sendo o turismo o principal motor da economia regional, existindo menor procura, as empresas tendem a reduzir o seu quadro de pessoal, quer não contratando mais indivíduos para a época alta, quer efectuando alguns despedimentos". O responsável pelo IEFP no Algarve frisa que "algumas empresas fora do sector Turismo também abriram falência, aumentando os desempregados inscritos nos Centros de Emprego da região" e, relativamente a anos anteriores, registou-se uma "forte subida do desemprego", tendo em Maio de 2009, comparativamente com o período homólogo de 2008, registado "um acréscimo de 82 por cento", situação "nunca antes observada no Algarve". Alberto Melo sublinha que os dados do desemprego são responsabilidade do Instituto Nacional de Estatística (INE) e os do IEFP "resultam da inscrição voluntária dos indivíduos nos Centros de Emprego, sendo "os mais recentes de 31 Maio de 2009, apresentando 18.524 desempregados inscritos nos 5 Centros de Emprego do Algarve (Faro, Lagos, Loulé, Portimão e Vila Real de Santo António)". O presidente da Associação Empresarial do Algarve, uma das maiores associações patronais algarvias, Vítor Neto, disse não dispor de números mas a percepção é a de que "os empresários estão a fazer grande esforço para manter os postos de trabalhos, com cautelas e precauções para não assumirem responsabilidades que não possam suportar". Vítor Neto confirma que "o emprego sofre alguma queda", mas destaca que mantém uma "atitude optimista" e "as empresas têm de encontrar formas de manter o emprego". "No aeroporto há uma quebra de 10 por cento, o que significa 125 mil pessoas menos que vêm de fora. Se multiplicarmos este número por cinco dias de estada e pelos gastos que teriam cá, estamos a falar de milhões de euros que não entram na região", exemplificou. António Goulart, da União de Sindicatos do Algarve, afecta à Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), defendeu que a crise fez com que "fossem contratadas muito menos pessoas que noutros Verões e os trabalhadores que já se encontravam nas empresas fazem mais horas para compensar a não contratação de mais trabalhadores". "Os trabalhadores estão a fazer mais horas e é perceptível que há menos pessoas contratadas", afirmou o dirigente sindical, para quem a redução do número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego é normal, mas não apaga "a oferta de emprego menor" e "os números gerais do desemprego mais elevados". (in observatório do Algarve) |
quinta-feira, 16 de julho de 2009
GUERRA NO IRAQUE?... NÃO, NÃO HÁ GUERRA NO IRAQUE.
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