quarta-feira, 6 de abril de 2011

Executivo PSD só cai de podre


A sessão pública de Câmara de ontem, onde o presidente voltou a estar ausente, de férias foi dito, voltou a ser mais uma reunião insonsa, como muitas outras no passado recente.

A presença do público para um executivo de maioria absoluta é uma maçada, a julgar pela forma como as reuniões são dirigidas e a atenção dispensada aos diferentes tipos de problemas ali colocados.

Entre o público simples que reclama pequenas soluções de intervenção dos serviços e os temas mais profundos de carácter político e gestionário, existe uma substancial diferença de tratamento, mandando apontar os primeiros que são afinal parte das obrigações de funcionamento da Câmara, enquanto os outros são alvo de sucessivas explicações que não explicam nada e de supostas medidas que não resolvem nada.

A reunião de ontem teve algumas originalidades. O vereador responsável ao tempo pelo acompanhamento do Programa Polis/Câmara, questionado sobre as muitas pedras partidas e os acidentes causados, disse que umas já estão reparadas e outras não. Quatro anos depois.

A vereadora da Acção Social,chefe da Cantina Social, pôs ordem nos pedidos de comida dos infiltrados que não reúnem condições mas pelos vistos têm fome. Conseguiu assim baixar o número de consumidores. E já tem uma parceria para dar de comer aos sábados e domingos, para quem cumpra os requisitos por que não basta ter fome e vergonha de dizer que não têm muito lá em casa.

Sobre o ruído, o plano de colocar controladores sonoros prometido em Agosto do ano passado está a andar… parado. Temos a Páscoa à porta e o arranque da algazarra está prometida. Não se conhece que qualquer dos bares que a provocam tenha levado a sério o “aviso” do presidente e feito alterações nos estabelecimentos com o sentido de cumprir a lei.

Sobre a qualidade das “areias” que estão a ser colocadas na praia da frente da cidade, alvo de críticas de cidadãos e banhistas, o vice-presidente diz tão-somente que a obra do assoreamento é da responsabilidade do INAG. E a Câmara não tem uma palavra a dizer sobre o assunto? Claro que o que está feito, tem o seu aval!

Outra originalidade deste executivo PSD que andou anos a desbaratar os dinheiros públicos, foi a de responder que sobre os 6 milhões que devem do ano passado à empresa Águas do Algarve, serão pagos quando puderem. Será que temos mais uma lei “made in Albufeira”, que permite aos munícipes pagarem as suas taxas quando quiserem? Seria justo!

Finalmente, questionados sobre o parque P6 da Avenida da Liberdade, ao fim de 5 anos de enganos, despesismo e má gestão (terão enterrado 2 milhões no buraco que mandaram abrir), comprometem-se… a inscrevê-lo no orçamento do próximo ano.

As sessões públicas de Câmara deixam sempre uma sensação de vazio na receptividade à cidadania… é o estilo adoptado pelo PSD. A presença rotativa do único lugar do PS é para cumprir calendário até à próxima derrota. Continuam a não ver as casas ou a aproveitar-se delas?

Albufeira vive o caso em que a árvore morre com o peso dos maus frutos.

FORUM ALBUFEIRA

1 comentário:

Anónimo disse...

Tantos anos de barulho que é pago para as campanhas eletorais dos que vão ganhar tem de fazer calar a lei. Estão a ver a coisa ?