sábado, 9 de abril de 2011

política à moda de albufeira

Sem oposição no concelho, a gestão do PSD foi só desfraldar velas. O PSD pela dupla Desidério Silva/Carlos Silva e Sousa, viveram anos de tripa-forra, em que tudo lhes foi permitido.

Esmagado o PS, pela mesma conduta de abuso sobre o uso do território e dos dinheiros públicos, o PSD escreveu os últimos anos da nossa história colectiva como quis.

Distribuiu privilégios para a corte dos seus apoiantes, aumentou os quadros e as chefias públicas com gente da sua confiança, distribuiu obras com custos elevados e derrapagens pelos empreiteiros aliados que davam garantias de… retorno, montou uma teia de infiltrações nas instituições, criando uma base de interesses e sustentação política que lhe serviram eleitoralmente.

Durante a gestão despesista do PSD, construiu-se de forma grosseira o maior suporte financeiro com recurso a aumentos de taxas e criação de outras, colocando o concelho no topo do saque nacional e inversamente proporcional ao empobrecimento geral da maioria da actividade económica e da população. Fizeram de Albufeira, uma das capitais do desemprego e da criminalidade.

Com um trabalho sistemático de vender para fora os “êxitos”, distribuiu milhares de notas de imprensa e assentou arraiais na imprensa local, usando a sua dependência financeira das publicações oficiais.

O PS local, que não tuge nem muge, nem esta porta procura usar. As razões serão não haver nada para dizer porque se estivessem no poder nada seria diferente.

Então com o terreno limpo para o arbítrio do poder, a propaganda e a fama que desconhece o apodrecimento lento da estrutura do concelho e a aprovação da lei que limita os mandatos, cria uma conjugação de factores que alimentam a pouco secreta ambição do presidente de supor merecer o cargo de deputado.

Havia que trabalhar nesse sentido, porque um lugar elegível nas listas requer reunir carteira de negócios e fundos, sendo o mais difícil a credibilidade dentro e fora do partido. Fáceis os dois primeiros, faltando o resto.

Na oportunidade deste salto que está muito longe de estar claro, também entra a prestação de contas do desiderismo e de que maneira poderá influenciar pela negativa a posse do poder. Numa saída, avançaria o vice Rolo, que se dá a aparência de solução, não é uma carta forte e limpa.

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