quarta-feira, 20 de abril de 2011

O desiderismo não está morto?


Ainda com respiração, o desiderismo tem dois anos e meio de vida autárquica para o resto do mandato e a difícil missão da sucessão. Com a queda do imobiliário que o apadrinhava, o desiderismo das assinaturas está a passar mal e descarrega os custos da autarquia sobre as forças económicas e os munícipes.

Falhada a luta de uma vida de levar os interesses imobiliários privados e outros ao parlamento, o desiderismo recebeu o prémio de compensação – a nomeação do seu rebento político (?!) – para os lugares folclóricos da lista de deputados.

Com o volume de críticas e os maus resultados de uma gestão discricionária e despesista, a própria direcção do partido a nível regional não teve dúvidas em travar as ambições pessoais de uma figura que singrou em condições excepcionais, a saber: o desprezo social pela gestão do P”S” xufrista, com todas as peripécias acobertadas a nível superior e não julgadas e mais tarde os carreiristas que lhe seguiram.

Com o descartar de Desidério Silva retorna a presença de Carlos Silva e Sousa numa subida de lugar face ao último escrutínio. O advogado, grande incentivador e manobrador das políticas que dominaram o concelho aparece, naqueles lugares em que só com muito prestígio é que dão contributo válido. O que de certeza não é o caso!

O PSD, cuja actividade distrital tem como factos mais relevantes a assinatura das portagens, a evocação da prostituição de estrada e o adiantar de um plano energético regional sem convicções, julga que os algarvios esquecem as suas alianças com o P”S” de onde resultaram os graves problemas de desemprego, sazonalidade, precariedade, salários em atraso, falências e dificuldades económicas sobretudo das pequenas e médias empresas.

A cidade e o concelho de Albufeira, sobretudo, no conjunto do Algarve, atravessa um grave período de carências sociais reconhecidas, sem que o poder autárquico tenha reagido com planos de intervenção. É um sinal de indiferença deste poder caduco e bacoco, que pensa que não tem repercussões.

E o tempo explicará, com o rebento Silva fora do parlamento, teremos com certeza novidades em lugares autárquicos. Esperemos!

FORUM ALBUFEIRA

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