Trabalhadores Sois livres.
Mercais
a vossa própria
força!
Onde está então
o drama?
O drama
habita a condição
da troca
dessa mercadoria:
se o valor,
que como tal tem,
ao valor de uso
faz vénia,
é por pura astúcia
que aquele que
vo-la compra
o valor de uso
acena.
É que a menina dos olhos
toda
está no desigual
negócio.
Paga, para o ser,
o capital.
Paga o capital
para tirar
à capital força humana
o que ao capital acrescenta
tanto mais quanto
a quem trabalha
mais esbulha.
O capital
a força de trabalho compra
para tudo o mais vender
a quem a força de trabalho vende
para tudo o mais comprar!
Compra, assim, quem tudo faz,
a quem nada faz mas vende
pela apropriação do que foi feito
com a compra do que fez fazer!
Sois livres?
Livres de quê?
Livres de mercar
a vossa própria força
para, de quem a compra,
serdes escravos?
Livres?
Livres sereis
quando acabardes
com o iníquo negócio!
(E aniquilado for
à mercadoria e à moeda
o dúplice estado).
8 Abr 11
Pedro Pacheco
a vossa própria força
para, de quem a compra,
serdes escravos?
Livres?
Livres sereis
quando acabardes
com o iníquo negócio!
(E aniquilado for
à mercadoria e à moeda
o dúplice estado).
8 Abr 11
Pedro Pacheco
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