sábado, 30 de abril de 2011

Uma imagem...




S
íria, Iémen, Líbia…os povos destes e de outros países do Magrebe e da península arábica, sofrem uma repressão violentíssima, sem dó nem piedade, mas mesmo assim continuam a lutar bravamente, sem desfalecimento, mostrando uma coragem enorme.

As forças reaccionárias dos títeres locais matam indiscriminadamente, provocando um banho de sangue sem paralelo, mas os povos não desfalecem na sua luta. Enterram os seus mortos com honra merecida, mas voltam para a rua e manifestam-se com uma valentia e ousadia extraordinárias e determinadas.

Para os governos destes países não existe saída do que não seja repressão, governos esses, que há muito pouco tempo eram aliados e amigos dos países que se consideram democráticos, os chamados países ocidentais…vilanagem!

Agora os tais países amigos, “protestam” timidamente ou como na Líbia bombardeiam um país em defesa dos poços do petróleo, naturalmente, não em defesa da luta de um povo…até falam em auxílio humanitário…sacanas!

Mais tarde ou mais cedo, o balão desta menina iemenita voará bem alto, porque nada será como dantes, os povos se libertarão dos seus títeres locais e dos seus “libertadores amigos”!

Os quatro magníficos


foto ORLANDO ALMEIDA/Global Imagens
Ex-presidentes da República defendem união nacional para enfrentar dificuldades


O actual parlamento despedido, não se revendo no 25 de Abril, relegou-o para o palácio presidencial. Cavaco Silva aproveitou o momento, para emparedado pelas outras múmias presidenciais, desferir um discurso directo de reentrada na situação política e lançar uma mensagem condenada ao sucesso conjuntural - o imposto entendimento pela “troika”, entre as tribos do PS e do PSD.

Quatro presidentes e quatro discursos em consonância sobre a eminente tragédia do país. O aniversário do golpe de Estado foi o pretexto para um convénio de efeitos históricos de toque a rebate sobre os políticos. O que os uniu não foram os ares de liberdade que o povo impôs na rua no 25 de Abril, mas as preocupações sobre a falência da condução política de 37 anos de democracia burguesa.

Os quatro percebem o caminho que ajudaram a percorrer e nunca tendo assumido o preço que consentiram que o país viesse a pagar a prazo, com dois dos eloquentes nas culpas directas de governação, querem uma convergência sobre a situação de embaraço e soluções em direcção única – a sujeição da população para o pagamento da dívida.

Cavaco Silva, frontal e como bom entendedor de ordens externas, afirmou que o propósito do acto eleitoral não pode extravasar os limites de linguagem que inviabilizem a base eleitoral para suportar todas as imposições explicadas pela “troika” enviada pelos credores.

Os principais partidos são conhecedores da gravidade das medidas exigidas. Na realidade, filosoficamente, a propalada democracia para não perder o seu véu de ilusão nos termos em que é praticada e usada, tem de passar pela farsa dos custos das eleições. Foi no palavreado da “democracia” que se produziu a falência e terá de ser solucionada nas mesmas condições. Pela credibilidade do sistema que entre sectores dos pares, é alvo de críticas ténues para a sua mudança.

O 25 de Abril de 2011, fica na História como uma espécie de golpe de influência palaciana em que os quatro principais rostos eleitos do regime falido, em consciência de culpa e ultrapassando rancores antigos pelo poder, se viram obrigados ao acto de denominador comum: colocarem-se do lado da “troika”, prolongar a ordem ao bloco central, na sua presunção de convencerem o povo português a aceitar os sacrifícios que lhes querem impor. Para que a farsa continue!

A não divulgação dos novos pacotes de austeridade, fazem bem pressupor a sua profunda gravidade! Num privilégio, os dois principais partidos têm lá as suas linhas de audição de propostas.

Considerado despiciendo o 25 de Abril, as forças políticas concentram-se nos moldes e nos resultados do 5 de Junho. Com a improbabilidade de maioria absoluta e a condição imposta de uma base eleitoral (que não é a mesma coisa de base social), os fazedores da crise, com a cartilha lida e agora solenemente avisados pelos quatro magníficos, têm as faces condenadas ao cumprimento das ordens. No fundo e legitimados pela “troika”, vão apenas cumprir a sua vocação. Fizeram o mal, vão agravá-lo, tudo em nome da “democracia” e de um futuro melhor!

Dito de outra maneira, a miséria, o desemprego, a precariedade, o roubo dos salários, do ensino e da saúde, o desespero dos jovens, dos reformados e das famílias, são a receita para a prosperidade.

O 5 de Junho foi montado para votar esta receita! Que se não passar, terá já alternativa preparada…


Luis Alexandre

27/4/2011

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O fascismo não morreu...

Uma peça de teatro em tribunal pela mão dos filhos do fascismo!


Recebemos um texto que nos merece muita atenção, uma denúncia de uma infâmia que deve merecer o nosso mais vivo repúdio…

Uma ofensa à memória colectiva de um povo e fundamental das mulheres e homens que lutaram contra o regime fascista e foram presos, torturados e mortos às ordens de uma polícia sanguinária de nome PIDE!

É Fartar Vilanagem!

“Dia 3 de Maio, pelas 9h15, um julgamento que nos remete para os tempos da ditadura…

Os réus: Margarida Fonseca Santos (autora), Carlos Fragateiro e José Manuel Castanheira (ex-directores do Nacional D. Maria II) – são acusados, pelos sobrinhos de Silva Pais, dos crimes de difamação e ofensa à memória de pessoa falecida. No seu entender, denegrimos a imagem do último director da PIDE com a adaptação para teatro do livro A Filha Rebelde (de José Pedro Castanheira e Valdemar Cruz), feita para o TNDM em 2007, com encenação de Helena Pimenta.

O Ministério Público não acompanhou a queixa.

Conquistámos, no 25 de Abril, a liberdade de expressão, que está agora posta em causa. Mas, mais grave ainda, esta é uma tentativa de branquear a imagem daquele que foi o responsável máximo da PIDE – a polícia política que perseguiu, torturou e matou muitos opositores ao regime, entre eles o General Humberto Delgado.

Assina
Margarida Fonseca Antunes (autora)”
5 para a Meia-noite: irreverentes, uma ova... bajuladores do poder sim...


Uma carta de denúncia dos que se consideram irreverentes, mas são sim reverentes ao poder – no estertor do programa, estes lisonjeadores convidam para a despedida – esperamos que abalem rapidamente - os 5 representantes do arco do poder…as mesmas vozes, velhas e gastas!

“Irreverentes, vocês?

Vocês estão é de cócoras perante o poder…

Sim porque irreverência não é convidar os mesmos 5 de sempre e que são os responsáveis pela situação em que está mergulhado o povo Português.

IRREVERÊNCIA seria convidar outras vozes, outros candidatos a estas eleições e que são sistematicamente silenciados pela Comunicação Social.

Ficamos esclarecidos quanta à vossa REVERÊNCIA ao poder instituído”

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Carta do vereador no Dia Internacional do Ruído

Na impossibilidade de o presidente vos escrever as suas preocupações sobre o ruído, assumo como vereador e pedindo desculpas pelo dia de atraso, essa responsabilidade de que não estamos surdos sobre as reiteradas preocupações dos munícipes.

No Dia Internacional do Ruído, que não deixaria de ser comemorado em Albufeira, cremos que o dia correu calmo, na Câmara e na GNR não entrou nenhuma queixa e até ficámos a saber que no país, Lisboa e Porto são as piores cidades na matéria.

Como vêem, os estudos que encomendávamos no passado faziam de Albufeira o melhor sítio para viver (os mais de 4 mil desempregados vieram depois), nunca foi referenciada a poluição das praias (isso era trair o concelho) e nem o ruído, porque isso era desfazer a ideia de este ser o melhor local de diversão estival, onde a liberdade é quase total…

Nesta missiva, escrita no sossego do meu gabinete, partilho convosco a aspiração de um plano de combate ao ruído, sobre o qual continuo a trabalhar, na esperança de que esteja concluído por altura das próximas eleições.

O nosso presidente partilha estas convicções e agora que vai ficar connosco até ao fim do mandato, não deixará de ir mais além da carta que escreveu no ano passado. Se for preciso, já decidimos em conjunto, escreveremos uma segunda.

O ruído de que os munícipes se queixam há décadas, é um flagelo que tem de ser combatido! Não fazia parte do nosso programa eleitoral mas vai ser do próximo. Queremos voltar a ganhar as eleições com este propósito.

Nesta hora de comemoração do dia do combate ao ruído, lamentamos o passado ruidoso, agradecemos a compreensão dos partidos da oposição sobre o mesmo, que nem abriram a boca em respeito pelo silêncio, e, deixo uma palavra de esperança que o iremos combater, passo a passo, sem pressas, para chegarmos a bom porto.

O ruído, connosco, que o silenciámos, tem os dias contados…

Pelo presidente

O vereador


FMI FORA DE PORTUGAL! NÃO PAGAMOS UMA DÍVIDA QUE NÃO CONTRAÍMOS!
Vitorino Magalhães Godinho... uma morte...


Estamos mais pobres. Faleceu o Professor Vitorino Magalhães Godinho (nasceu em Lisboa, em 9 de Junho de 1918), figura de referência da historiografia portuguesa e pioneiro das Ciências Sociais no nosso país. Possui uma obra fundamental sobre a história dos descobrimentos portugueses e há pouco tempo atrás publicou um notável ensaio sobre a Europa.

Sempre o tivemos em conta na qualidade de um democrata e patriota consequente. Pensamos que nunca vendeu as suas convicções por um prato de lentilhas.

Urge (re)lê-lo.

Algumas obras:

- “A Economia dos Descobrimentos Henriquinos” (1962) e “Os Descobrimentos e a Economia Mundial” (editado em dois volumes, em 1963 e 1970);
- “A Estrutura da Antiga Sociedade Portuguesa” (1971);
- “Mito e Mercadoria, Utopia e Prática de Navegar, Séculos XIII-XVIII” (1990);
- “Portugal: a emergência de uma Nação” (2004).

O.A.
Deixar morrer à fome...


Os despedimentos devem serem mais flexibilizados…o trabalho precário deve aumentar…isto tudo medidas aplicadas pelo PS e pelo PSD/CDS quando estão ou estiveram no governo…

Por isso esta nova proposta vinda de um grupo dito de reflexão, «Mais Sociedade», vulgo PSD…é só uma proposta, diz o Nobre…”de que o recurso ao subsídio de desemprego deve ter como consequência a redução da pensão de reforma”…nada mais nos espanta – eles têm de agradar ao grande capital, para mostrar que são bons servidores dos mandantes da troika…

Estas “soluções” de quanto mais fome e miséria é remédio santo, são o pão de cada dia…é fartar vilanagem!

Crónicas de Vasco Barreto

Carta aberta ao Dr. Passos Coelho

Caso o líder do PSD venha a ser o primeiro-ministro e formar Governo, deve ter em consideração o seguinte:

A agricultura e pescas devem ser integradas no Ministério da Economia;

A Polícia Judiciária deve ser integrada no Ministério da Administração Interna;

A Guarda Prisional deve ser integrada na GNR;

A Secretaria de Estado do Turismo deve ser integrada na Secretaria de estado de Comércio porque o Turismo é uma actividade comercial e não tem de ter uma Secretaria de Estado própria;

A Polícia Marítima deve ser integrada na GNR costeira;

A GNR costeira deve continuar a fiscalizar as àguas marítimas até às 12 milhas;

As Capitanias dos Portos e Delegações Marítimas devem passar para a GNR costeira;

A Armada deve ficar apenas com os comandos navais nas capitais de distrito (além das 12 milhas);

A ASAE deve deixar de ser uma força policial e passar a ser apenas um serviço de fiscalização;

O Instituto de Socorro a Náufragos deve passar para a GNR costeira;

A GNR deve mudar de nome e passar apenas a Guarda Nacional. Se é nacional, já se sabe que é republicana e se é republicana, já se sabe que é nacional;

Os oficiais da Armada que prestam serviço nas Capitanias dos Portos e Delegações Marítimas devem ser integrados na GNR costeira, em comissão de serviço. Nos Estados Unidos da América a Armada também integra oficiais da Força Aérea.

A fiscalização das embarcações de recreio nos rios e barragens que pertence ao Ministério da Agricultura, deve passar para a GNR;

Deve ser um único Ministério a mandar nas forças policiais;

Os Governos Civis devem ser reestruturados e passar a Autoridade Regional do Estado;

As Regiões de Turismo devem ser extintas e passar a Autoridade Regional do Turismo, dependentes directamente da Secretaria de estado do Comércio e Turismo, com funções vinculativas;

Portugal ostenta actualmente 15 corpos de polícia e as pessoas continuam a ter medo de sair à rua;

A Unidade de Intervenção da PSP deve passar para a GNR. Não se justifica num país tão pequeno duas unidades de intervenção diferentes. Em caso de conflito citadino, a PSP requisita a Unidade de Intervenção da GNR;

Os GOE da PSP devem passar para a Polícia Judiciária porque os actuais GOE não têm mostrado grande eficácia;

O controlo das armas de fogo deve passar para a GNR;

O controlo das fronteiras nos aeroportos deve passar para a GNR. Se esta força controla as fronteiras terrestres e marítimas também deve controlar as fronteiras aéreas;

A regionalização do Algarve deve ser travada a todo o custo, porque é um erro histórico. Vai criar mais um exército de “penduras” da política e permitir às máfias começar a minar a sociedade algarvia.

Vasco Barreto

Albufeira

quarta-feira, 27 de abril de 2011

José Lello
explica por que chamou "foleiro" a Cavaco

Numa
mensagem no Facebook , deputado do PS disse que Cavaco Silva foi "foleiro" por não ter convidado os parlamentares para as celebrações do 25 de Abril.
O dirigente socialista José Lello explicou hoje que a mensagem por si colocada no Facebook, na qual apelidou o Presidente da República de "foleiro" foi "involuntária" e que em "politiquês" teria dito que Cavaco Silva não foi "suficientemente abrangente".
Em declarações aos jornalistas à margem da entrega das listas do PS pelo círculo do Porto, José Lello explicou que estava a trocar mensagens privadas naquela rede social através do seu telemóvel e que a mesma "transitou para o setor público", o que, reconhece, foi "desagradável".
Nessa mensagem, José Lello apelida Cavaco Silva de "foleiro", por não terem sido convidados os deputados para a cerimónia de celebração do 25 de abril, que decorreu no domingo no Palácio de Belém.
Mensagem em "português redondo"
"Eu se dissesse em politiquês o que pensava nessa altura teria dito que o senhor Presidente (da República) não tinha sido suficientemente abrangente para incluir os partidos políticos e os demais parlamentares naquela que era a festa do 25 de abril", explicou José Lello, reconhecendo que escreveu em "português redondo" e que a mensagem lhe saiu "involuntariamente".
 


Foleira é a latosa dele, pá!
Têm cá uma classe estes deputados no desemprego!!!
"Foleiro" é, para o "culto" deputado José Lello, o mesmo que "não abrangente" !!!!
A que raio de dicionário vai este senhor procurar sinónimos?
E como está no desemprego, sem a mordomia do computador da AR, deve ter usado um "Magalhães" rasca, nos quais as mensagens "transitam" do sector privado para o sector público!!! Deve ser como as fraldas da ministra Ana Jorge, que "têm asas" !!!


Nuno Garrido

Trabalhador da France Telecom imolou-se em Bordéus


No ano passado denunciamos a situação de os trabalhadores da France Télécom serem forçados a mudar de local de trabalho, e ameaçados de despedimento se não aceitassem esta mudança imposta pela administração.

Na sequência destas condições tipicamente terroristas por parte do patronato, muitos trabalhadores entram em desespero, contraindo profundas depressões, chegando alguns deles, trabalhadores, a pôr termo à sua vida. São cerca de 60 suicídios entre 2008 e 2010.

Hoje, um trabalhador do grupo France Télécom imolou-se em Bordéus (sudeste), tornando-se assim o mais recente acto de desespero.

A administração hipocritamente lamenta-se…vilanagem!
De acordo com uma fonte sindical, o pai de quatro filhos, trabalhador da France Télécom há mais de 30 anos e considerado um "profissional muito reconhecido", estava a ser forçado a mudar frequentemente de local de trabalho.
"Esta transferência imposta forçou-o a vender a sua casa. Escreveu por diversas vezes à sua direcção e não terá obtido resposta, como sucede em muitos outros casos", confirmou a mesma fonte.
"O método empregue é de uma violência inaudita. Imolar-se pelo fogo não é um acto anódino", sublinhou.
"O conjunto dos trabalhadores estão completamente submergidos pela emoção" e "toda a cidade de Bordéus está em lágrimas", referiu outro sindicalista.
O sindicalista Sébastien Crozier considerou que esta última vítima "fazia parte das pessoas que foram vergadas pelo período Lombard", o nome do antigo director-geral Didier Lombard, (descartado como bode expiatório por parte da administração…).
Entre Janeiro de 2008 e finais de 2009, mais de 30 trabalhadores do grupo cometeram suicídio, muitos no local de trabalho.
Um estudo do Observatório do stress e das mobilidades forçadas, formado por iniciativa de dois sindicatos do grupo, revela que já ocorreu um suicídio em 2011, ocorrido na residência de um trabalhador, e 27 suicídios e 16 tentativas em 2010. A direcção da empresa nunca forneceu números sobre estes incidentes.

Dos cerca de 100 mil trabalhadores, existem cada vez mais trabalhadores em condições cada vez mais precárias, com contratos a termo (a exemplo da Portugal Telecom…), muitos deles com contratos renovados, quando são, mensalmente, desde que o Estado privatizou o seu capital maioritário.
Além do choque evidente os trabalhadores têm de reagir, como dissemos anteriormente, com determinação e frontalmente como uma força única contra mais esta barbárie atitude do capital.