A confederação geral de trabalhadores de Israel (Histadrut), convocou para segunda-feira, próximo dia 8, uma greve geral, com duração indefinida devido ao fracasso das negociações com o Governo para melhorar as condições de contratação no país.
"Pelo visto, para os funcionários do Ministério das Finanças a terceirização de trabalhadores (através de agências) é como uma nova religião", disse nesta quinta-feira o secretário-geral da Histadrut, na qual se queixou da passividade do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
A greve afectará todo o sector público: ministérios, aeroportos, portos, hospitais, clínicas, transportes por terra (menos os autocarros), autarquias e universidades. O rastilho para a Greve Geral foi quando Ministério das Finanças anunciou que não pensa em contratar os trabalhadores funcionários públicos sem usar estas empresas de trabalho temporário, que na pratica são falsos.
A Histadrut, que agrupa a maioria dos sindicatos de Israel, exige ao Governo que comece a contratar os trabalhadores de forma directa e de acordo com as leis, ao invés de pagar comissões a terceiros. "É assim que os escravos são tratados", descreveu o líder sindical a situação em Israel, onde 400 mil trabalhadores vivem em condições bastante precárias.
A convocação coincide com os inúmeros protestos e acampamentos de manifestantes, fenómeno nunca antes visto neste país, milhares tomaram desde Julho as ruas e parques de Israel, inspirado nos movimentos pela Primavera Árabe nos países vizinhos, lutando ao principio contra a carestia de vida, passando para a contestação do sistema.
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