domingo, 13 de novembro de 2011

Função Pública: trabalhadores manifestam-se pela GREVE GERAL




Na proximidade da realização da greve geral nacional de 24 de Novembro, os trabalhadores da função pública compareceram em massa nas ruas da capital numa manifestação convocada pela Intersindical e a UGT.

Esta manifestação, que contou com a participação de mais de cem mil pessoas revelou, antes de mais, uma firme determinação dos trabalhadores da administração pública, em particular o seu sector mais explorado – há milhares de funcionários públicos que, desde 2002, que não vêem aumentado o seu salário, continuando a receber hoje o salário mínimo nacional – em lutar contra as medidas terroristas do governo, do PS e da tróica.


Mas, em contrapartida, os dirigentes sindicais, principalmente os da CGTP, persistem em não apontar a esta luta objectivos políticos precisos e claros de não pagamento da dívida e derrubamento deste governo de lacaios, rebaixando estas acções a meras manifestações de denúncia e descontentamento.

E, no caso concreto, não vimos esses dirigentes aproveitar a oportunidade para transmitir orientações precisas de mobilização dos sectores menos conscientes e de medidas de organização para fazer da greve geral nacional, não apenas uma vitória da classe operária e do povo trabalhador, como uma etapa decisiva para a agudização e radicalização da sua luta, limitando-se a fazer apelos gerais.


Por outro lado, se perguntassem aos trabalhadores que participaram nesta manifestação se acreditam na mirífica possibilidade de o actual governo com o apoio do PS mudar a sua política, seguramente que teriam uma inequívoco e rotundo repúdio como resposta – então, porquê continuar a fazer aparecer a absurda e reaccionária palavra de ordem de mudança de politicas?

Muitos dos trabalhadores... revelaram uma clara consciência de que não resta ao povo trabalhador outra saída senão preparar-se para uma luta dura e prolongada que passará pelo derrubamento deste governo e a imposição de um governo de esquerda democrático patriótico, caminho esse que, em termos imediatos, implicará mais do que manifestações, várias greves gerais.



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