TAIPA, o regresso às origens...
O Executivo de Albufeira anuncia o “entaipamento” de duas escolas, materiais regionais de grande valor térmico, salubridade e durabilidade, adaptados às condições climáticas do Algarve, o que constitui uma medida racional e sustentável.
Aplaudida a medida, beneficiando os equipamentos, não esqueçamos que existem ainda muitas necessidades neste plano e que estão em claro défice com as exigências inerentes ao aumento da população. São ainda às centenas as crianças em listas de espera, para creches e pré-escolar.
Nos outros graus de Ensino, também os problemas de sobre-lotação de turmas, que está provado cientificamente serem uma condicionante à qualidade da aprendizagem, pedem respostas urgentes e largamente prometidas.
É preciso mais taipa e menos palavras!
O destaque que o Executivo procura com as duas intervenções que se vão iniciar nas escolas, contrasta com os resultados educacionais do Concelho. O mau aproveitamento, o abandono escolar, a violência quase sempre abafada, as mães solteiras, a falta de alternativas do ensino profissional, são factores de empobrecimento da estrutura social e cultural da sociedade albufeirense.
Albufeira é uma cidade atrasada na cultura e no conhecimento, 50 a 60% terão a antiga 4ª classe e dos restantes, os graus de escolaridade continuam baixos e 4 ou 5% terão um grau académico superior.
Uma cidade com a importância turística como a de Albufeira, há muito que deveria ter criado as estruturas de apoio à sua actividade principal e subsidiárias, quer pela via pública quer pela privada, em colaboração com os agentes económicos do Concelho.
A ocupação e formação de milhares de jovens, para além da contribuição para o enraizamento social, daria um contributo qualitativo na oferta de serviços e atendimento, o que se reflectirá no médio prazo, no aumento da procura em função do prestígio e da opinião favorável dos consumidores.
O sector da Educação, particularmente dos ensinos superior e profissional, também constituem um factor de sustentação e crescimento económico, que permitiram o salto a muitas cidades do País. Albufeira ficou para trás injustificadamente e não existe qualquer vontade e estratégia para mudar o rumo.
O dinheiro gasto na taipa faz todo o sentido, mas já não faz o despesismo do Executivo desde há dois anos, em gastar à volta de 135.000 euros com umas horas de barco para apresentar o ano lectivo aos professores. Com este dinheiro já se tinham construído duas creches, essas sim indispensáveis. Ou aplicado em materiais didácticos, reparações ou equipamentos térmicos para conforto dos utentes das escolas.
A população de Albufeira não precisa que lhe deitem taipa para os olhos, que se faça tanta propaganda de uma necessidade atrasada, mas sim de planos concertados que construam uma cidade com melhores índices de educação e prestação de serviços, como pilares de progresso.
FORUM ALBUFEIRA
4 comentários:
bom parece-me que em Albufeira são só burros ou a maioria . mas não há duvida que o sr. Alexandre ou o seu fotógrafo particular . se se candidatarem á camara os Albufeirenses vão todos estudar á dita universidade que fez o engº Sócrates ouno srº Arquiteto da padeiria
Em relação a TAIPA, não percebo qual é a ideia da utilização desse material, pois a Camara Municipal comprou uma fábrica de tijolos, bem poderia fabricar o material para a construção.
Sempre obtinham algum retorno do dinheiro que gastaram.
Os tipos da Câmara não devem andar nada contentes com o que se diz neste blogue. Não os deixar fazer o que querem é perigoso, não há memória haver quem lhes faça frente, nem os do partido socialista. Eles vão tramar alguma só quem não conhecer o presidente que temos. Uma coisa é na frente das pessoas e outra é nas costas, mostra bem o que vale.
é pá até a taipa incomoda a estes responsáveis pelo forum falem com o srº arquiteto que ele diz que é a melhor construção que existe ele que só quer areia lavada nas obras da casa dele
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