domingo, 15 de março de 2009

O ZÉ (SÁ FERNANDES), NÃO FAZ FALTA


Os Partidos políticos portugueses estão completamente desacreditados, sobretudo os do “Bloco Central” de interesses, de que fazem parte PS/PPD-PSD/CDS-PP, que têm governado o País nos últimos 33 anos anos com culpas repartidas pelas permanências de cada um, mas com os mesmos propósitos de se abotoarem nos cofres do erário publico à boa maneira madoffiana de saque das mais valias dos portugueses que de tanto aperto estão completamente asfixiados. São os únicos responsáveis do caos a que tudo isto chegou. Mas, a oposição de esquerda que engloba o PCP e o Bloco de Esquerda, também não estão completamente isentos de culpa, a que isto chegou, uma vez que não sabem como ganhar o eleitorado para as suas causas de modo a que possam influenciar as politicas governativas que evitem o descalabro das sistemáticas guinadas cada vez maiores para a direita, que como todos sabemos, em Portugal pouco ou nada tem de democrática, ao ponto de militantes como Helena Roseta, Manuel Alegre ou Ana Gomes e mais um ou outro serem considerados dentro do PS de extrema esquerda, quando na realidade não passam de democratas.

Ora, estes destacados “socialistas”, não fazem qualquer diferença do grosso dos militantes do PS, que professam uma ideologia de centro direita, e tem sido esse pragmatismo que tem orientado as politicas de direita quando o PS está no poder, desde os inesquecíveis tempos do Dr. Mário Soares que ao meter o socialismo na gaveta, marcou definitivamente o Partido Socialista, que imolou sempre aqueles dirigentes mais à esquerda, como Lopes Cardoso, Salgado Zenha, António Arnault, Henrique de Barros, Edmundo Pedro e mais recentemente João Cravinho que para o calarem o remeteram para Londres, para um super tacho de Administrador do Banco Europeu. O criticável não é o PS ser de esquerda, como obrigatoriamente o devia ser, impensável seria fazer uma politica de direita que já o PSD e pasme-se, o CDS, não praticam quando estão no Governo, o que na realidade inviabiliza completamente uma alternativa politica, pelo que, trocar Sócrates por Ferreira Leite, Santana Lopes, Durão Barroso, Marques Mendes, Filipe Meneses, não vale a pena

Neste ano de 3 eleições de grande impacto, é muito difícil aos Partidos instalados do arco parlamentar, apresentar candidatos com alguma credibilidade como Manuel Alegre que rejeita fazer parte das listas PS, tal é o descrédito a que chegaram os Partidos, que pela primeira vez irão perder muitos eleitores para listas formadas de independentes, sobretudo nas eleições autárquicas, visto que nas legislativas não são autorizadas formações de listas concorrentes de cidadãos independentes, tornando o sistema numa partidocracia, limitando a liberdade de cada cidadão. Quanto às eleições para o parlamento Europeu, é uma eleição sui generis, só chegando a Bruxelas “24 Barões” das nomenclaturas partidárias, e mesmo aí o PS, tem de ir buscar um “independente”, o Dr. Vital Moreira para liderar a lista, depois da recusa de Manuel Alegre e Ferro Rodrigues. Não é por acaso que as eleições europeias (PE), atingem cifras de abstenção superiores a 50% dos eleitores inscritos, o que tira legitimidade aos sortudos barões, Senadores duma Europa falida.

Quando no Congresso do PS, o Secretário Geral, Eng José Sócrates, é eleito por 96% de militantes, então, ainda as aves raras, os nomes de pessoas ditas de centro esquerda, puros sociais democratas, são uma ínfima excepção. Com um quadro ideológico desta péssima qualidade, não se pode o Partido Socialista, reclamar da esquerda, e muito menos da esquerda abrangente e popular, como gosta de dizer José Sócrates. Puro engano que já ninguém acredita porque tem sido sempre a direita a governar nos últimos 33 anos, e para ser mais preciso desde 1926, com um pequeno intervalo que não chegou a dois anos no período “Gonçalvista”, onde na verdade o povo teve voz, pesem todas as contradições dos militares abrilistas. E mesmo com o Bloco de Esquerda a confiança não dá garantia nenhuma, basta ver o exemplo do “Zé faz falta”, José Sá Fernandes que quando se apanhou Vereador a tempo inteiro na Câmara Municipal de Lisboa, despiu logo o fato da esquerda e ultrapassou logo o PS pela direita, é mesmo o braço direito do Presidente António Costa.

Perante este quadro politico ideológico, têm os portugueses toda a razão para estarem descontentes e mesmo revoltados com os seus políticos profissionais e com este sistema que está completamente esgotado. Não precisamos de 250 Deputados, 115 são mais que suficientes. Não precisamos de um 1º Ministro e um Presidente da Republica que não passa de um corta fitas, que não pode fazer nada pelos cidadãos, que não pode demitir um Conselheiro de Estado, mais que suspeito de graves atropelos cívicos ,políticos, económicos, constitucionais, num verdadeiro caso de Policia criminal. Com tal quadro vergonhoso, só temos que nos próximos actos eleitorais não votar nesta classe politica esclerosada, corrupta, perigosa e votar nas listas de cidadãos independentes.

MANUEL AIRES

8 comentários:

Anónimo disse...

Esse é que é o maior problema, porque eles todos prometem e depois tratam das suas vidas , mudam de casaca e como diz este articulista o país está cheio de sás fernandes. Zulmira

Anónimo disse...

pois é para empatas já chega os bufos e paraquedistas que aparecem por aqui

Anónimo disse...

quem são os bufos, e os paraquedistas? estes ultimos são uma associação que o zé praia criou em boa hora em albufeira e não me parecem que são bufos ou estarei enganada bufo anónimo. O Dr. Manuel Aires acrescenta valor à nossa terra e não se esconde no anominato, escreve com verdade o que pensa de rosto destapado por isso amo a sua inteligente escrita que para além de sábia é verdadeira. Joana

Anónimo disse...

Gostei deste artigo do Dr. Manuel Aires, mas achei espectacular um outro dele, que li hoje no Algarve Reporter.
Boa opinião a gente agradece.
Vozes de burro não chegam ao céu.

Luis

Anónimo disse...

Manuel Aires à CMA!! O povo agradecia

Anónimo disse...

Tudo o que está escrito tem o meu apoio mas noto falta de falar mais sobre a vida de Albufeira que aqui em ponto pequeno há muitas historias para contar. O senhor Aires não conhece nenhuma?

Anónimo disse...

os paraquedistas que eu falo são os que aterraram em Albufeira vindos sabe Deus de aonde não são os verdadeiros paraquedistas tipo o pseudo candidato á camara que muito gosta de criticar tudo e todos

Anónimo disse...

OH anónimo, não sejas provinciano, porque paraquedistas são todos aqueles que não nasceram em Portugal, porque os portugueses em qualquer lugar de Portugal nunca serão paraquedistas como tu alarvemente lhe chamas. Os paraquedistas são os que estão dentro da camara asugar a camara cujo dinheiro vem do poder central das subvenções que o governo aplica distribui nos orçamentos para o poder local. Há paraquedistas que são de boliqueime e poisaram em albufeira, outros de lisboa e do norte todos são bem vindos se vierem por bem, os depeitados é que não. Felicia Duarte