ERTA: de 4 milhões, 3 são para despesas?
Abstraindo-nos do novo golpe eleitoral proporcionado pela
estrutura do voto para esta entidade, que elege um chefe da cor predominante
por razões de clientelismo, devemos reflectir sobre como chegámos quase à mordaça.
Com o passar dos anos, um instrumento fundamental na
publicidade da região para o apoio à alargada actividade do Turismo, por razões
de manipulação e controlo da estrutura, foi invadida de “quadros” que lhe
consomem o orçamento.
De uma verba exígua para a importância do sector – uns
escassos 4 milhões -, os partidos do bloco central que dominam e arruinaram a
economia do país, ainda tentaculizaram um organismo que deveria ser dirigido do
topo à base por profissionais qualificados do sector.
A recente engenharia do PSD, fruto da supremacia
institucional, em nada mudou o curso da história como ainda entrega o rumo da
entidade a uma pessoa menos qualificada (o argumento da escolha é o de ter
dirigido o maior concelho turístico do país com uma dívida astronómica e em
estado de perda de procura e de receita), ainda que ornamentado, na linguagem
desta,” sem políticos (?!) mas sómente técnicos”.
Claro que este esvaziamento de identidade política do elenco
não passa do habitual folclore, fazendo crer que a suposta competência dos
escolhidos e oriundos de posições cimeiras em empresas privadas, vão fazer
milagres com um milhão...
Numa análise objectiva, parece-nos que se trata de um elenco
para silenciar o desprezo centralista, que se fixou na ordem do pagamento da
dívida e juros fraudulentos. Este elenco, subordinado, traz na carteira o
prolongamento da estratégia central... de despedimentos, encostando quem os
serviu no argumento de que é preciso racionalizar...
Só um desprevenido consegue ver mais... e o Turismo do
Algarve que espere...
Luis Alexandre
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