terça-feira, 23 de outubro de 2012



Carta Aberta aos deputados da região


No interregno das eleições onde jogam a vossa promoção, perdemos o contacto, a vossa voz, o controlo da vossa práctica e dos conteúdos. Eleitos, passaram para o direito protegido  de poderem desaparecer e aparecer por conveniência. Não será pela carga horária mas pela diferença histórica  de que se tornaram num número para a obediência. E até agora nenhum provou mais do que isso!
Falando do que interessa, no final de mais uma época da principal e quase exclusiva actividade económica da região, e nem adianta exaltar os recentes reconhecimentos de zona turística de excelência, vale a pena comparar a distância entre o que se promete e o que não se faz. Como sabem é recorrente!
O Verão de 2012 cai arrastando os graves números da execução consigo e os deputados não aparecem! Os que obedecem ao Governo refugiam-se em elogios sobre programas e verbas que todos sabemos tratar-se de rebuçados.
Com o emprego  em queda, muitos trabalhadores com salários em atraso, a maioria dos desempregados sem apoios, as empresas em aflição do deve sobre o haver, a estrutura e as finanças do poder público em colapso e uma ausência de estratégia para o futuro, as notícias que descem de Lisboa são outro terramoto.
Os nossos deputados e nem vale a pena citar cores, trocam as suas mordomias pelo silêncio ou papeis de protesto que sabem ser efémeros. Até hoje nenhum sentiu vergonha ou se demitiu.
A fome, o desemprego, a insegurança, as mortes nas estradas , as obras paradas ou adiadas, as falências, a falta de investimento público e privado, a degradação e desertificação do interior, o torniquete na nossa única fronteira terrestre que custou dezenas de milhões de euros, tal como a falta de dinheiro no mercado e de alternativas, são fruto do vosso trabalho longo de subserviência a Lisboa.
A obediência ao centralismo partidário falou sempre mais alto à custa do engano sobre o voto pedido aos algarvios. Os senhores têm gaho todas as batalhas, sem coragem de enfrentar. Não julguem que o fazem por todo o tempo!


Luis Alexandre

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