A poesia é uma energia renovável,
Um sopro tónico no exercício de prisão ao mundo
Contida nos gritos profundos das rusgas da morte
Nas brasas da revolta do trabalho sem paga,
Voando em ondas dilacerantes do pedido sem ajuda,
Ou nos contornos da alegria passageira.
A poesia traz a frieza do conforto ao poeta
Que com o desacerto das suas palavras, em fúria
Consegue ligar as contradições da vida
Valorizando a mágoa de quem perde sem volta
Consertando o valor da luta pela jorna roubada
Com redobradas forças esmagando a tristeza
Em letras corridas da chegada do apoio que tarda.
As providências poéticas consumiram o esforço
Prostrando o poeta nas suas fraquezas e sonhos
Desmentindo os legados seus que não movem
A vontade de poucos cujos respeitos devidos
Não renovam energias aos muitos que têm falta
E como o poeta esperam e precisam em desespero
Que a fome de justiça não se perca em versos
E vá tão longe como as marcas do sofrimento.
José Estêvão
2 comentários:
acabem lá com esta coisa de postarem poesias (de poesia nem têm nada) que ninguém está interessado.
fosse alguma coisa de jeito mas ainda não apareceu nenhuma que fosse e é só cenas tristes e parvas e mal escritas.
o ppl tá farto das chatices do dia a dia, ainda chega aqui e vê isto...
a poesia não é muitas das vezes para perceber tudo á primeira, vai-se percebendo e verdade é que não estamos habituados a ler poesia.
carlos
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