sábado, 9 de janeiro de 2010

POESIA DOS TEMPOS


A poesia é uma energia renovável,

Um sopro tónico no exercício de prisão ao mundo

Contida nos gritos profundos das rusgas da morte

Nas brasas da revolta do trabalho sem paga,

Voando em ondas dilacerantes do pedido sem ajuda,

Ou nos contornos da alegria passageira.


A poesia traz a frieza do conforto ao poeta

Que com o desacerto das suas palavras, em fúria

Consegue ligar as contradições da vida

Valorizando a mágoa de quem perde sem volta

Consertando o valor da luta pela jorna roubada

Com redobradas forças esmagando a tristeza

Em letras corridas da chegada do apoio que tarda.


As providências poéticas consumiram o esforço

Prostrando o poeta nas suas fraquezas e sonhos

Desmentindo os legados seus que não movem

A vontade de poucos cujos respeitos devidos

Não renovam energias aos muitos que têm falta

E como o poeta esperam e precisam em desespero

Que a fome de justiça não se perca em versos

E vá tão longe como as marcas do sofrimento.


José Estêvão

2 comentários:

Anónimo disse...

acabem lá com esta coisa de postarem poesias (de poesia nem têm nada) que ninguém está interessado.
fosse alguma coisa de jeito mas ainda não apareceu nenhuma que fosse e é só cenas tristes e parvas e mal escritas.
o ppl tá farto das chatices do dia a dia, ainda chega aqui e vê isto...

Anónimo disse...

a poesia não é muitas das vezes para perceber tudo á primeira, vai-se percebendo e verdade é que não estamos habituados a ler poesia.

carlos