terça-feira, 31 de março de 2009

OPERAÇÃO MÃOS LIMPAS

“Há políticos pobres que ao fim de uns anos estão milionários”. Esta rigorosa apreciação é da Drª Maria José Morgado, vice Procuradora Geral da Republica, que tem remado contra a corrente e tem dado um magnifico exemplo de isenção, saber, competência, dignidade, tudo coisas que ultimamente tem faltado à Justiça que se pratica em Portugal. Quando a Dª Maria José Morgado exercia as funções de Directora da Policia Judiciária, tornou-se conhecida do País pela forma como exerceu as funções na investigação dos crimes económicos, também conhecidos por crimes do colarinho branco que não são só económicos, mas de tráfico de influências, de manipulação, suborno, peculato e outras variantes de que resultam prejuízos incalculáveis para os cidadãos, colocando o País nos piores lugares do ranking da corrupção mundial, só comparado aos países do 3º e 4º mundo, sempre evocados por esses mesmos autores quando querem desviar as atenções dos seus comportamentos desviantes só comparáveis aos perigosos marginais de alto gabarito.

São conhecidos estes casos apontados pela Drª Maria José Morgado, porque estão espalhados por todo o País começando no poder central do Terreiro do Paço e percorrendo os 308 Concelhos, todos os dias a imprensa nos revela situações de autarcas que entraram pobres e se tornaram bilionários à conta do erário público. Mas, cuidado, não são só autarcas, são também Deputados, Administradores de Empresas Publicas, Altos Funcionários e quejandos. Para uma informação mais rigorosa basta ler a entrevista que a Drª Maria José Morgado, deu ao Jornal “Sol”, publicada na sua edição de 21 de Março de 2009, onde é possível perceber o “modus faciendo" processual em curso nos 66 inquéritos sobre as ilegalidades da Câmara Municipal de Lisboa. Se multiplicarmos o numero de inquéritos com base na CML em termos proporcionais pelos 308 municípios, fica-se com uma pálida ideia da grandeza da corrupção que nos entra em casa, via TV.

Assim, e como não há punição desta vasta criminalidade, tendo até a reforma penal de 2007, vindo a dificultar a colheita de meios de prova, é bastante fácil esvaziar os Estabelecimentos Prisionais que nos últimos dois anos baixaram de uma sobrelotação de 120%, para os actuais 80% da lotação, anunciada recentemente pelas autoridades da tutela que gerem as Cadeias portuguesas, onde existe uma série de problemas há muito elencados, que nunca serão resolvidos, somente porque a lotação oscila entre os 80 e os 120%. Seria mesmo ideal que as Cadeias voltassem a ter 120% de ocupação e que os 40% que vão de 80 para 120, fossem esses lugares ocupados pelos criminosos de colarinho branco, compostos por políticos, banqueiros do BPN, BPP, da Supervisão não atenta, autarcas, pedófilos e tutti quanti prevaricasse, numa autentica “Operação Mãos Limpas”, em tudo semelhante à italiana dos anos noventa do século passado que varreu a classe politica.

Com os julgamentos dos autarcas de Marco de Canaveses, Ferreira Torres, que ficou absolvido das 10 acusações, de Fátima Felgueiras, pena suspensa por um rol de crimes, o de Oeiras, Isaltino Morais, a decorrer, devendo ter igual desfecho, nada de bom se augura para a Justiça, que não consegue condenar malfeitorias destes personagens que espelham as fortunas tipos Mesquitas Machados, de que fala a Drª Maria José Morgado, acabando num “flop”, devido a uma legislação inconsequente que privilegia generosamente os infractores. O Presidente da Câmara de Oeiras, disse no Tribunal de Sintra que tinha recebido a contragosto um terreno com 1400 m2, na Praia do Calhau na Ilha de S. Vicente do Arquipélago de Cabo Verde, possivelmente para construir uma casa, mercê da gentil oferta do autarca cabo-verdiano, que pediu a geminação do seu Município com o de Oeiras. Agora se percebem melhor estas geminações dos Municípios de Cabo Verde com os de Portugal, tal como um Município bem conhecido do Algarve, fez um processo de geminação com outro Município cabo-verdiano, onde já foram àquelas terras africanas uma enorme delegação de amigos do projecto anunciado na imprensa escrita local com pompa e circunstância.

Com um quadro politico-administrativo desta envergadura, servido em todos os escalões por gente medíocre, oportunistas, suspeitos do cometimento de gravíssimos atropelos e grossa corrupção, protegidos por leis feitas à medida, por encomenda dos interesses da classe politica, não é possível aos Tribunais provar seja o que for, para além da pequena criminalidade, muitas vezes cometida por gente com fome, desempregados, cidadãos sem direitos, marginalizados e amordaçados por uma crise económica que não é sentida pelos detentores das indignas fortunas, muitas delas sacadas do erário publico que todos os contribuintes suportam. O minimo que se exige é uma “Operação Mãos Limpas”, nas eleições que ai vêm neste ano de 2009, arredando de todo o poder politico, esta classe, que já prestou péssimas provas que todos conhecem, mas não toleram.

MANUEL AIRES

segunda-feira, 30 de março de 2009

QUEM VEM MATANDO O CONCELHO DE ALBUFEIRA?

pode-se ver ao longe a retro escavadora em trabalhos de movimento de areias








NOVO ATENTADO AMBIENTAL NOS SALGADOS!


Em menos de um ano, assistimos ao segundo esvaziamento da Lagoa dos Salgados, num acto que não teve até agora qualquer explicação plausível por parte das autoridades.

Contactados pela imprensa, a começar pela Agência LUSA, que veiculou a notícia no dia de ontem, um responsável da ARH do Algarve, atribuiu a ocorrência à acção do vento (sic).

Hoje de manhã, como podem atestar as fotografias colhidas no local, fotografámos uma Lagoa vazia, pouca presença animal, mas vimos uma retro escavadora removendo as areias do cordão dunar de separação desta ao mar. A retro, estaria a repor a malvadez dos ventos ciclónicos que varreram aquela pequena faixa de terreno, do Concelho de Albufeira.

Deixo aqui, para consideração dos nossos leitores, um relato colhido esta manhã, da boca de um amante da natureza, em particular desta zona lagunar, o Lamy, que ali pescou enguias, linguados e alguns tipos de moluscos e nos confessou ter chorado, quando viu procederem ao aterro de uma parte da Lagoa, para ali construírem o campo de golfe.

Todos estes factos ocorreram neste Concelho, com a assinatura e conivência dos dois Partidos que sempre dirigiram os seus destinos e nunca fizeram nada para preservar um santuário natural de inegável beleza e que deveria constiuir mais uma das suas mais valias turísticas.

Ficam também para vossa apreciação, imagens da massificação imobiliária que ali é exercida, em lugares que outrora eram manchas de pinheiros.

Toda esta destruição e a sua autorização, têm nomes. O actual Executivo camarário e os inefáveis Polis Humanistas, para além das autoridades regionais que tutelam este espaço.


FORUM ALBUFEIRA

domingo, 29 de março de 2009

TOCAR A REUNIR!


ENDEUSAMENTO OU RECEIO?


Está feito o anúncio oficial da candidatura do presidente da Câmara. Até aqui tudo normal, porque o PSD, não tendo gerado em oito anos, outra figura que se afirmasse e destacasse pelo seu valor e personalidade de respeito, tem de recorrer aos mesmos pressupostos das duas anteriores campanhas. Aproveitar o capital do estilo popularucho de Desidério Silva, reforçado com os proveitos dos milhões do erário público, distribuídos por associações e outras instituições que paulatinamente procuraram controlar.

O putativo anúncio, feito com tanta antecedência, levando em linha de conta o estilo despreocupado da última eleição de 2005, tem contudo um significado, de que nas hostes laranjas a confiança já não é tanta e não vá o diabo tecê-las, é preciso dar um sinal aos apoiantes e investidores na candidatura.

Tal marcação de território, revela a desconfiança no seu próprio trabalho e o agudizar das contradições internas. Para não dar tempo a que a linha crítica se organize e emperre a engrenagem, os barões assinalados, que precisam do alimento camarário, procuram assim não extravasar as diferenças de opiniões e a sua propagação no eleitorado fiel.

Esta estratégia, de querer fazer parecer que tudo está bem, é indispensável para compensar os graves erros de governação, o desbaratar de muitos milhões e a falta de obras emblemáticas de afirmação. Embrenhados no estilo festivaleiro, tão do agrado do presidente e bem coadjuvado pelo seu assessor, levaram aos falhanços de planificação das obras eleitoralistas que correm o risco de terem de ser inauguradas a meio.

Não podendo fazer uso do milagre Polis, temendo agitar a ira da população e dado o grande desagrado das gentes das freguesias, pelas quais quase nada fizeram, o Executivo e o Partido que o suporta, sabem que as próximas eleições não são favas contadas e podem mesmo descambar, em perdas consideráveis.

O PSD vai ser chamado a contas em Outubro, e tem de explicar muito bem onde gastou à volta de 550 milhões de euros, em 8 anos.


FORUM ALBUFEIRA

OS SINAIS DOS TEMPOS...


Hotéis portugueses são os mais baratos da Europa


Portugal figura em último lugar, como destino mais barato, da lista de 19 países europeus da Hotel Price Index. Os preços dos hotéis caíram também nas principais capitais e centros de viagens da zona euro, com destaque para Dublin (Irlanda), onde a descida foi de 20%, passando de 107 para 86 euros por noite.
Lisboa teve uma queda de 10% nos preços médios das dormidas, de 100 para 90 euros, e o Porto registou uma redução da mesma ordem, de 82 para 73 euros. Albufeira surge como a cidade mais barata, com uma média de 50 euros por quarto, menos 1% que no ano anterior.

EXPRESSO ON-LINE, 4ª feira, 25.03.2009

sábado, 28 de março de 2009

A PROPÓSITO DA GRANDE FESTA SOCIALISTA.

A família dita socialista, está reunida em Faro, num convénio anunciado, para avaliar as virtudes dos Programas Polis, os seus impactos no futuro das populações e para apresentação dos seus candidatos às Câmaras Municipais.

O tema genérico não tem nada de extraordinário, falar dos Polis lançados no Algarve, ideia do actual primeiro-ministro, José Sócrates, anos atrás, enquanto ministro do Ambiente.

Em sede de mais um desses milagrosos Programas, o tema é usado como rampa de lançamento da campanha do Dr. Apolinário, que depois de quatro anos decepcionantes, aproveita a boleia dos milhões que o Estado central vai injectar no Polis da Ria Formosa.

A onda também banha Olhão, uma fortaleza da família, funcionando em lume brando e que se esquece de aplicar Leis, quando se tratam de alguns empreendimentos e da defesa do meio ambiente.

Este acontecimento, virado para os auto elogios, teve uma fase também anunciada de visita às cidades intervencionadas pelo Polis, deixando de fora a de Albufeira, onde há anos o tema é tabu entre o saco de gatos da família e sem que alguém do Governo, desse a cara sobre a sucessão de problemas causados e as suas consequências.

O líder regional, Miguel Freitas, fez o programa e a promessa da visita, esteve em Silves e derreteu-se em elogios públicos em Lagos. O desvio para Albufeira não se deu. E porquê? De que têm medo os socialistas? Albufeira já não está inundada, logo é seguro!

Cremos que será por razões de má publicidade, para tantas virtudes prometidas.

Para um ministro do Ambiente, era com certeza estimulante, anunciar como cabeça de cartaz o primeiro parque verde de Albufeira, o que até agora não se concretizou e foi prometido em terrenos de terceiros.

O s albufeirenses não vêem razões para grandes festas à volta do Programa Polis/Cãmara e estranham que a candidatura do Dr. David Martins, do Partido Socialista à Câmara de Albufeira, se faça em torno de um tema sobre o qual recaem muitas acusações populares, muitos milhões desperdiçados e muitas reparações e correcções que se terão de executar e ficam às costas da população do Concelho.

O Partido Socialista, se quiser ter o respeito das populações, tem de dar a cara pelo que promete e não faz, ou faz muito mal. No caso de Albufeira, que acreditamos provoque engulhos, qualquer acreditação tem de passar pelo enfrentar dos problemas e dos seus custos.

Luis Alexandre

sexta-feira, 27 de março de 2009

OS SUPER-HOMENS! A DESGRAÇA VAI CONTINUAR?

foto Algarve Reporter



Desidério e David Martins, são apresentados aos olhos dos albufeirenses, como os Super Homens dos Partidos e os multiplicadores dos pães, depois de outros colegas terem conduzido o Concelho para uma situação de crise estrutural, cujos traços se começam a evidenciar.

Como são postos nas alturas, pensam, ou fazem-nos pensar, que vêem mais que os outros e que os pães se fazem só com fermento.

Pessoalmente penso que, dos comuns mortais desta cidade, só se distinguem pelo fatos do personagem em questão, comprados pelas organizações.

Os Partidos criaram na sociedade a ideia de que para além deles, não há espaço de organização para as ideias e para os planos de acção e quando um movimento, supostamente independente, se encaixa, irrompe logo uma luta para os tomar por dentro e cercá-los por fora. E se atingem notoriedade, mais urgente se torna a tarefa.

A detenção dos meios financeiros, de comunicação e de homens de mão escolhidos e com vocação e paciência, são um meio recorrente da História da democracia parlamentar, para este tipo de trabalho.

A omnipresença e omnipotência dos Partidos cercam os cidadãos, destilam dentro deles a teoria de que tudo ou quase tudo deverá passar pelas suas estruturas refinadas, porque ali estão contidas todas as virtudes do pensamento, da criação, das visões de futuro e, sobretudo, os indivíduos capazes de os protagonizarem.

Os Partidos, são os criadores de muitos heróis, de fantasmas e da situação de atraso em que o País vive.

O Portugal de hoje, está para a Europa e o Mundo, na mesma proporção em que estava o de Salazar, noutro tempo e enquadramento.

Salazar tornou-se um mito de sinal negativo e os senhores de hoje como os vemos?

Ligaram-nos à Europa… por auto-estradas, querem-nos ligar por TGV, mas não nos ligaram à investigação, à tecnologia e qualidade de vida da maioria desses países.

Os grandes “trusts” mundiais entram e saem do País nas condições deles e os Partidos do Poder aceitam a subalternidade de tratamento e tratam de se impor sobre a população.

Somos a cauda da Europa e ainda andam à cabeçada com o Ensino, com a Saúde e a desgraçada da Justiça, que é o expoente da miserabilidade do pensamento que nos impõem.

A palavra democracia, a mais repetida do léxico político, produzida e servida aos portugueses, está expressa no salário mínimo, nas reformas, no desemprego, na baixa escolaridade e abandono escolar, na entrega da Saúde aos privados que fazem o que o sector público não consegue fazer com as mesmas pessoas, no emprego garantido do Estado e na falta de perspectivas em geral.

Nos últimos tempos ouve-se que o culpado é o povo gastador, que quer ter carro, casa e frigorífico. Então, também foram estas coisas que as Câmaras e as Empresas Públicas que estão endividadas até à raiz dos cabelos fizeram? Onde estão esses bens?

Não há nem bens nem dinheiro!

Mas vêm aí os Super Homens, um com 11 anos de poder e outro aureolado como parlamentar, para nos levarem ao paraíso.

O do poder, Desidério Silva, lança no último ano de mandato, seis obras, uma está embargada, outra está parada por erros de projecto, outra pagou mais 250.000 euros para estar pronta em cima das eleições e enfrenta uma luta de cadeiras, que não esperaria e julgava trazer controlada. O outro, está a arrumar os papéis na Assembleia da República e a estudar o mapa de Albufeira, para se apresentar em pose e discurso de deputado e escudado no Partido do poder central. É um verdadeiro enviado, ainda não disse nada ou fez o que quer fosse, mas já é o desejado. Vem com o manual de promessas, não querendo ser incomodado com o passado do Partido Socialista.

Merecerá o Concelho ficar-se por esta pobreza?

Luis Alexandre

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quinta-feira, 26 de março de 2009

política à moda de albufeira (42)

QUEM NÃO TEM CÃO, CAÇA COM RATO!


Na caça, o papel do cão não se fica por abanar o rabo, é o batedor e nenhum caçador o dispensa. Faz os mandados e recebe a sua ração. Tem de ser bem tratado para as boas prestações. Correm até à exaustão e são submissos. Só conhecem a voz do dono e muitas vezes é o cão que faz o caçador brilhar.

Os caçadores gastam fortunas em boas armas, equipamentos e treinos, para trazerem tudo preparado e afinado. Os caçadores prestam todo o cuidado ao voto da caça.

Nas tabernas e nas tertúlias, contam-se as histórias mais fantásticas e exibem-se os troféus de caça. Gabam-se, aumentando os feitos ou mentindo descaradamente. O trabalho dos cães é relegado para segundo plano. Os cães ficam à porta e ladram a sua servidão e a satisfação.

O circo da política, muitas vezes assemelha-se à caça. Os caçadores de votos, também se reúnem em grupos, saem em batidas, procurando as presas e não dispensam os seus batedores e as suas mentiras.

Gabam-se do que fizeram com o dinheiro dos outros, escondendo os falhanços, os tiros para o ar e os que dão nos pés. Têm muito dinheiro para as armas da propaganda, treinam-se muito nos intervalos das caçadas e escolhem os assessores que lhes convêm para a ajuda em acertar nos alvos.

Os votos das presas são saborosos, dão uns bons caldos e são uma licença de caça para vários anos nas coutadas da sumptuosidade da vida. Em cima das caçadas, que chatice tão doce, volta a azáfama, repetem-se as rotinas, acrescentam-se mais algumas perspectivas de cerco das presas votantes, os assessores, que não pararam os treinos estão preparados e vão todos felizes para as lutas, esperando pelos resultados.

Tal como a caça pode dar chibo, a política pode dar trambolhão! E quem paga? Na caça, o caçador falha o tiro, o cão é poupado.

Na política, o herói não volta a enganar as presas e o tiro pode partir-lhe as pernas e as asas ao assessor.

quarta-feira, 25 de março de 2009

CONCENTRAÇÃO REGIONAL

da INDIGNAÇÃO







ENFERMEIROS "À PESCA"

Uma carreira digna para todos
Remuneração de acordo com a formação

...


3 de Abril - 11h
Rotunda do Hospital de Faro






Transporte organizado à porta do Hospital de Portimão 9h30
INSCREVE-TE!

918682140 drfaro@gmail.com

SEP - Direcção Regional de Faro

QUE ALBUFEIRA QUEREMOS DAQUI A 25 ANOS?

Fotografia da Albufeira que encantou meio mundo e que o Programa Polis/Câmara deu a última machadada!



O tempo corre depressa, de tal maneira, que quando damos pelos males, já estão espalhados.

A cidade e o Concelho de Albufeira, numa deriva insensata, foi conduzida para uma perda de qualidade, cujos planos e custos de recuperação são extraordinariamente caros e outros raiam o impensável.

Uma vila branca em mar azul, tranquila, acolhedora e funcional, foi transfigurada, as fachadas das suas casas características foram ocupadas por neons e fotos gigantes de apelo ao fast food, numa total degenerescência dos valores e tradições de uma terra que começou a sua saga turística com base na simplicidade em todos os aspectos.

Casas, ruas, espaços públicos, praias, matas, tudo foi dilacerado em nome de um progresso duvidoso, comprometedor, obtuso e, nalguns casos, a merecer condenação por gestão danosa.

O poder de quem governa, a força financeira de quem investe e as entidades fiscalizadoras, combinaram-se numa harmonia de interesses, revelando um total desinteresse pelos valores e sustentabilidade futuras de uma cidade, cuja população foi claramente espezinhada e afastada das decisões que a si diziam respeito.

As forças que se alternaram no comando do Concelho, PS e PSD, responsáveis pelo que foi feito e pelo desastre a prazo, não reconhecem nem têm intenções de mudar o curso da situação, porque têm clientelas para servirem.

A população do Concelho, mesmo aqueles que nos últimos 30 anos se instalaram à procura de soluções para as suas vidas, começam a perceber que o caminho que seguimos não é o melhor, são muitos os factores negativos que recaem sobre as suas condições de vida e que há necessidade de respostas urgentes e um planeamento que lhes transmita segurança e futuro.

A gravidade da situação, impõe mudanças na responsabilidade política, obriga a que procuremos ajuda junto do saber e da experiência, a Universidade e Gabinetes Técnicos de Engenharia e Arquitectura, para estabelecermos novos parâmetros de desenvolvimento e as correcções necessárias.

Albufeira está necessitada de um estudo global de religação do novo ao velho e destes à linha de costa, em completa integração paisagística e respeito pelos valores e pelas pessoas.

Desde o urbanismo ao trânsito, desde o ordenamento às infra-estruturas rodoviárias, desde a segurança aos espaços verdes e equilíbrio ambiental, desde a saúde e os cuidados continuados ao desporto e às suas organizações, desde a cultura ao centro histórico, desde os estacionamentos às creches e centos de dia, desde as praias bem estruturadas e preservadas ao Ensino de vários graus e formação profissional, passando pelas carências gritantes das freguesias, tudo tem de ser reavaliado e repensado para uma nova visão e dimensão.

Não faz sentido que uma cidade turística que é submetida a pressão mais alta em escassos 3 meses do ano, devido à má gestão dos solos fique congestionada, não faz sentido que sendo a sua vocação a actividade balnear tenha graves problemas de poluição, não faz sentido provocar o desespero de locais e visitantes pela falta de estacionamentos, não faz sentido a falta de estruturas de ensino, creches e qualificação profissional dos nossos jovens e o recurso a mão-de-obra estrangeira desqualificada com reflexos na qualidade do serviço prestado, não fazem sentido os precários serviços de saúde prestados, não faz sentido o crescimento descontrolado para termos uma dezena de milhar de habitações para vender e a cujos preços as famílias trabalhadoras não podem chegar sem que lhes sejam criadas alternativas, não faz sentido o desinvestimento no centro histórico e baixa da cidade que afastaram os investidores de nome e maior capacidade de atracção, não faz sentido o abandono a que foi votada a zona das Areias/Sá Carneiro, afundando-a, como não fez sentido ter fechado ruas e eliminado estacionamentos sem antes ter garantido condições de funcionalidade.

Depois do falhanço do Programa Polis/Câmara, continuamos a pagar a factura da degenerescência funcional da cidade.

Precisamos de planos urgentes, que tracem linhas para além de uma geração, privilegiem as pessoas, habitantes e visitantes, que requalifiquem urbanisticamente e sustentem e diversifiquem os negócios existentes, dando-lhes qualidade estrutural e tecnológica, que defendam o património e o ambiente diversificado do Concelho.

Só a mudança pode evitar as situações de ruptura!


Luis Alexandre

terça-feira, 24 de março de 2009

ATÉ QUANDO OS COMERCIANTES VÃO PAGAR OS ERROS PÚBLICOS?

Um espectáculo completo e com animação, nesta ponta do evento, como constava no folheto de anúncio.



Os erros de gestão camarária, que se vêm acumulando ao longo dos últimos anos, falhando redondamente na defesa das duas principais centralidades da cidade, vêm ao de cima com grande crueldade e custam o desespero de muitos negócios, famílias de patrões e empregados.

A falta de compreensão sobre a actividade comercial, com a concentração das atenções no sector da construção civil e no desenvolvimento de empresas nos espaços da Guia, em concorrência com as da cidade e em desigualdade de condições de oferta de comodidades, foi o traço da actuação deste Executivo.

Os comerciantes das Areias e da Sá Carneiro, ainda hoje esperam por casas de banho públicas, ordenamento, reforço de iluminação e segurança e os indispensáveis parques de estacionamento, vitais para os fluxos de possíveis clientes.

Tudo isto foi prometido, mas não passou do papel e das palavras!

No centro da cidade, os incumprimentos e os erros, atingem também grande dimensão e gravidade.

O Programa Polis/Câmara, que começou a casa pelo telhado, fechou ruas e eliminou lugares de estacionamento sem ter criado até hoje as alternativas. As empresas de serviços, encurraladas, começaram a debandada levando consigo centenas de empregados e milhares de utilizadores, provocando rombos nos negócios, que vão falindo um a um e os espaços ocupados pelos dinheiros duvidosos dos chineses.

As inundações que vitimaram dezenas de comerciantes e populares, ficaram sem respostas de apoio, apesar das promessas camarárias.

Esta é a modernidade e progresso que este Executivo pratica. Não tem qualquer noção do que faz e para onde quer ir!

Como se todos os erros cometidos não bastassem, ainda adiou as construções dos parques de estacionamento para o princípio do ano para estarem prontos por ocasião das eleições, sem se preocuparem com as consequências negativas para a população e os comerciantes.

Em jeito de provocação, promoveu um evento no passado fim-de-semana, que pretendia deixar a Avenida da Liberdade de fora. Os protestos aqui apresentados, levaram ao aparecimento de 3 carros de bombeiros mas a animação, essa nunca chegou. Indo mais longe, ainda coloca placas de desvio dos clientes desta Avenida, empurrando-os para outras direcções, sem atender ao abaixo assinado com largas centenas de assinaturas que reclamam transportes gratuitos para os diversos pontos da baixa.

O Executivo está a seguir uma linha política pouco clara nos propósitos e de todo injusta!

Os comerciantes estão descontentes e querem soluções.

FORUM ALBUFEIRA

DERRUBANDO A HISTÓRIA DE ALBUFEIRA...

Este velho candeeiro, ainda vai decorar o jardim de algum marialva desta cidade.



Este Executivo, não pára na sua saga de destruição dos valores históricos da cidade. Mais uns quantos candeeiros com alguma traça, foram substituídos por outros sem qualquer beleza e relação com as ruas emblemáticas onde estiveram muitos anos.

Em nome da modernidade, para combinar com as paredes decoradas a fast food, este Executivo do PSD e com a conivência do PS, também pretendia substituir as calçadas tradicionais, por chão de cimento reluzente.

Só a oposição dos comerciantes e da população, travou tais intenções.

As características da velha vila que encantou meio mundo, vem sendo impolutamente destruída, para desespero de moradores e visitantes.

Até quando?


FORUM ALBUFEIRA

segunda-feira, 23 de março de 2009

CIDADÃOS DOS CALIÇOS INSISTEM NA ELIMINAÇÃO DOS CABOS DE ALTA TENSÃO! A CÂMARA VAI CONTINUAR SURDA?



(comentário do FORUM ALBUFEIRA, no post publicado no blogue Algarve Reporter sobre a intensificação da luta dos cidadãos pelo cumprimento das promessas camarárias de enterramento dos cabos de alta tensão que atravessam toda aquela zona.)



Esta Câmara está fragilizada e tem um profundo medo dos movimentos populares.

A ideia do abaixo assinado é boa mas se não for entregue em mão e com forte presença popular, a Câmara joga com o tempo para o esquecimento.

A ideia de uma manifestação dos interessados nunca será autorizada e tem o mesmo valor de uma presença maciça no interior do edifício da Câmara, não carecendo de qualquer autorização prévia.

O Forum Albufeira tem agendado o assunto para a próxima reunião pública do Executivo, a realizar-se na primeira terça-feira do mês de Abril.

Já o fizemos na reunião de 3 de Março e quando os asuntos não têm resolução ou respostas convincentes, não saem da nossa agenda.

Os cidadãos destas áreas deveriam considerar esta hipótese de manifestação, acompanhados da comunicação social, cuja presença aterroriza o Executivo.

O FORUM ALBUFEIRA apoia a justa reivindicação da população dos Caliços.

EVENTOS QUE PARTEM A BAIXA EM DUAS! DIVIDIR PARA REINAR?

Emendaram a mão e compuseram o ramalhete com três carros de bombeiros


Quem leu o Programa oficial impresso, para o evento dos Carros e Motos Antigas, pôde constatar que o Executivo da Câmara Municipal o organizou para o espaço entre a Praia dos Pescadores e o Largo Engº Duarte Pacheco, exclusivamente, ignorando a Av. Da Liberdade.

As críticas públicas do FORUM ALBUFEIRA, de afirmar que o Executivo estava a dividir intencionalmente os comerciantes e a população, levaram a que este se decidisse, em cima do acontecimento, a colocar três carros de bombeiros na Avenida.

Mais uma prova desta divisão injusta, está na programação da animação que se centrou apenas nos lugares referidos no folheto e com total exclusão da Avenida da Liberdade.

Elementos responsáveis da Câmara, questionados, tentaram desmentir verbalmente aquilo que os factos comprovam.

Estes eventos são necessários, dizemos até, são indispensáveis, mas têm de contemplar todas as áreas, sem obedecer aos critérios da política intencional de divisão das opiniões. Pensar que os comerciantes e população não perceberam, é tomá-los por parvos, o que não favorece a imagem do Executivo.

Na realidade, no conjunto da baixa e noutras partes da vida económica da cidade, as pessoas não esquecem o abandono de sete anos sem quaisquer iniciativas.

O Executivo percebeu que as eleições se ganham em dois pólos, os funcionários da Câmara e a baixa de Albufeira. Daí o emendo da mão. Afinal para que pagamos um assessor doutorado em todo o tipo de comunicações? Este homem tem influenciado a política de pôr os idosos e o Concelho a cantar e a bailar, porque o resto é a tristeza que vimos denunciando!

Até quando?

FORUM ALBUFEIRA

domingo, 22 de março de 2009

NEM SEMPRE O DINHEIRO É TUDO


Desde os anos setenta do século XX que visito a vila de Albufeira do Distrito de Faro, hoje cidade sem que haja qualquer motivo aparente, para que Albufeira seja cidade, tal como acontece com outras vilas que passaram a cidades e aldeias que passaram a vilas, como Santa Luzia do concelho de Tavira, para só citar dois exemplos que muito bem conheço, para além de dezenas de casos, todos eles sem qualquer justificação, a não ser arranjar pequenos e grandes tachos políticos. Tudo isto não passa de uma saloiada das muitas que nos trouxe a chamada Democracia, que vivendo de aparências transformam localidades rurais em falsas cidades onde deveria valer a pena viver, independentemente da sua classificação territorial administrativa. Ora, Albufeira, a vila de Albufeira dos Pescadores que conheci, valia incomensuravelmente muito mais do que a ridícula cidade de Albufeira que não passa de uma monstruosa injecção de betão e cimento armado disposto de forma irregular e sem qualidade de vida para os seus habitantes e muitos visitantes que tem ao longo do ano, sobretudo nos meses de Junho, Julho e Agosto, embora já não venham como antes.

Mas, Albufeira, é o 2º ou 3º Concelho mais rico do País, daí que teria obrigação de aplicar bem o dinheiro dos seus munícipes, que pelo que lemos na imprensa local tal não se verifica como escreve em editorial o nosso Director, Aleluia que relata a completa degradação da Freguesia de Paderne, outrora :”referenciada como a capital da cultura do concelho de Albufeira” e hoje uma pequena freguesia que passou de uma população de 500 habitantes há 40 anos, para menos de 100 habitantes actuais, onde 50% têm mais de 60 anos, na sua maioria viúvos. Isto revela como o investimento municipal é mal orientado para coisas e causas que não servem nem beneficiam as populações. O que lucra Paderne com os gastos de 60 mil contos com o fogo de artificio no final de cada ano em Albufeira ? O que enriquece Paderne com as constantes onerosas visitas de algumas dezenas de apaniguados a Cabo Verde, à Áustria, à BTL, aos shows de Verão, Outono, Inverno e Primavera, com cachet milionários pagos a artistas vulgares e “famosos” das Revistas Cor de Rosa, de baixíssimo perfil humano, cultural e porque não dizer, moral, que custam milhões?

No final de cada ano são muitas centenas de milhares de contos, para melhor se perceber, gastos em coisas superfulas que nada acrescentam ao progresso e desenvolvimento do Concelho de Albufeira, especialmente das suas pequenas freguesias rurais de onde fogem os jovens que ali não encontram isentivos para se fixar, onde não há empregos, casas condignas para morar, centros de formação, campos para a prática de desportos, caminhos para circular, acessibilidades facies de utilizar e mais que tudo, perspectivas de melhores dias no futuro que cada vez se apresenta mais negro, quando os eleitos municipais e locais e seus amigos andam num forrobodó ao longo dos 365 dias do ano e durante os 4 anos de mandato sem dar satisfações a ninguém, iludindo os cidadãos nos períodos eleitorais com falsas promessas, que não são minimamente cumpridas.

Paderne, espelha este cenário confrangedor de promessas não cumpridas há 7 anos quando se prometeu que seria concretizado um Acesso directo à Via do Infante, que estou certo estaria feito, pago e repago, com os gastos em viagens, banquetes, bombas e bexeninas, prendas e folclore demagógico de cabazes de Natal e outras bijuterias, campanhas jornalisticas de Assessores de Imagem, concertos musicais de produção megalómana de custos astronómicos pagos a artistas portugueses e estrangeiros de duvidosa qualidade e de escolhas sempre discutíveis. Em 7 anos, não seriam só os Acessos de Paderne à Via do Infante, com as verbas mal gastas, pagar-se-ia uma enorme Autoestrada em todo o Concelho de Albufeira. A contrário, ressalta ali mesmo ao lado no Concelho de Loulé, a Freguesia de Boliqueime que respira saúde e “dispõe de todas as condições para um desenvolvimento harmonioso”, com a criação de um empreendimento que ultrapassa os 160 milhões de Euros (32 milhões de contos), saindo 40 milhões de euros (8 milhões de contos), dos cofres da Câmara Municipal de Loulé, que ao que parece não vai em processos demagógicos.

Este deve ser o bom investimento numa zona industrial e de serviços de dimensão europeia, cativando dezenas de Empresas que criam, supõem-se, mais de 1000 postos de trabalho, sobretudo ocupados por jovens profissionais e licenciados que infelizmente têm de emigrar por falta de respostas dos governantes centrais e autárquicos que mal baratam o dinheiro dos contribuintes naquilo de mais negativo para a economia nacional. Tão próximos e tão distantes estão as Freguesias de Paderne e Boliqueime, enquanto uma tem uma história brilhante e se afunda nas dificuldades, a outra renasce das cinzas, quando há 50 anos se batia para ombrear com a Vila de Paderne despromovida em 1910 e que por este andar, quando se comemorar os 100 anos da Republica em 2010, o Concelho de Albufeira terá menos uma Freguesia, porque Paderne, morreu.

MANUEL AIRES

A FADA MADRINHA

Era uma vez uma Fada-Madrinha que vivia numa cidade do sul, cheia de sol.
Como era uma senhora de grandes qualidades, especialmente devota e piedosa, sonhava ajudar os mais desfavorecidos a desfavorecerem-se dos desfavores da vida.
Para alcançar tão magnífico objectivo, alistou-se então no partido dos menos desfavorecidos, e assim partiu para a sua sacrificada missão entre os políticos, martírio a que aquiesceu em nome dos pais, dos filhos e dos espíritos tontos.

Que pretendia ela? Na sua condição de Fada-Madrinha, abeirar-se dos pobrezinhos, dos excluídos, das criancinhas e dos velhotes e propor a cada um a formulação de um desejo. Depois, com a varinha mágica, plim!, lá aparecia o desejo satisfeito instantaneamente, sem custos, nem factura, nem IVA…
Porém, em absoluto segredo e sem ela se dar conta disso, os menos desfavorecidos governaram, afinal, em desfavor dos mais desfavorecidos e no interesse dos muitíssimo menos desfavorecidos. As suas obras não eram de caridade, eram de betão. As suas acções não eram evangélicas, eram em papel. Quando percebeu que aqueles malandros tinham outras missões prioritárias, que não coincidiam propriamente com as suas caridosas intenções, a piedosa senhora viu-se obrigada a resignar (há quem diga, maldosamente, que se resignou… a ser despedida).

Desiderando vingar-se, a santa senhora continuou o seu trabalho social, ainda com mais vigor. Mas, ao contrário da sua homóloga Rainha Santa, não escondia as rosas no regaço e, alardeando indiscutível modernidade, utilizava até as suas boas acções como marketing promocional das suas virtudes.
Tanto bastou, para que outras madalenas arrependidas (que também nada sabiam das actividades indecorosas do governo dos menos desfavorecidos) encontrassem nesta Joana d’Arc a sua heroína. Aí estava a protectora dos jovens, das famílias, dos reclusos, dos idosos, dos adictos dos vícios, e de todos os excluídos e restantes fracturados sociais, de uma sociedade perfeita, perfeita como uma cerveja sem álcool… Ámen.
Porém, na sua ansiedade, os bentos patronos da sua santidade tanto a empurraram para a luta, que a santa guerreira os mandou do cavalo abaixo, depois de perceber que as armas e os barões assinalados eram escassos (e de pouca monta, por sinal) para as suas projectadas e beneméritas ambições “urbi et orbi”.
A Fada-Madrinha pegou na varinha mágica e, plim!, num raro acesso de beatífica fúria, partiu-a aos bocadinhos.

Dizem que vai apresentar lista para concorrer a eleições. Na Disneylândia.


José Simões

sábado, 21 de março de 2009

QUEM PAGA A INCOMPETÊNCIA?

Em mais um exemplo de progresso concelhio, vê-se aqui a evolução de uma moradia para uma estupenda loja chinesa. (foto e sugestão gentilmente cedidas por Algarve Reporter)



Os sucessivos erros que se vêm acumulando na gestão camarária do Concelho de Albufeira, vão custar, inevitavelmente, uns milhões euros aos bolsos dos munícipes.

O primeiro grande acto de despesismo, foram os erros grosseiros da gestão do Programa Polis/Câmara, cujos falhanços nas canalizações provocaram as graves inundações que fomos vítimas, determinando os novos investimentos não previstos na construção dos emissários da Bateria e da estacada-cais e respectivo canal de recolha e condução de águas pluviais que a primeira intervenção destruiu, mais as recuperações e substituições de materiais e espaços que se terão de fazer num horizonte próximo.

Fora de tempo e com custos mais elevados, foram lançados apenas em Janeiro deste ano os dois parques de estacionamento, com intuitos eleitoralistas e num desrespeito total pelos interesses dos comerciantes e da população.

O parque do campo do Inatel, atrasou-se porque foi prometido em terrenos que não eram da Sociedade Polis/Câmara. O segundo, no topo da Av. Da Liberdade, esteve previsto para estar pronto há mais de anos e na hora do arranque, a empresa contratada rejeitou os projectos e estão parados no estaleiro, enquanto não vêm os novos.

Analisemos só a sucessão de despesas adicionais que tudo representa: começa nos valores dos projectos novos e velhos, a inflação nos custos de arranque das obras e os custos da empresa parada no terreno, faltando esperar para quantificarmos as derrapagens.

Também nesta recta eleitoral, foi lançada a obra do eixo viário e a do parque de merendas e encanamento da ribeira, tendo sido esta última embargada por incumprimento da Lei por parte do Executivo PSD. Vêm aí as multas, os custos dos estudos necessários e a paragem da Empresa construtora.

No centro da cidade, decorrem obras de intervenção nas infra-estruturas de duas ruas, que já ultrapassaram largamente os prazos de execução, por mau planeamento camarário. Estas obras foram adiadas uns meses, exactamente prometeram, para tudo correr bem o que não está a acontecer, com elevados prejuízos para a população. Também estas obras estão em derrapagem financeira.

Para finalizar o rol de desgraças, temos de somar mais dois casos flagrantes de uso indevido dos dinheiros públicos.

O descaramento do Executivo, que aprovou ligeiro o pedido de reforço de verbas, uns fantásticos 10 milhões de euros, pedidos pela Empresa Irmãos Cavacos SA, para reforço de cobertura de custos devido ao aumento das áreas a limpar na cidade!?!? Valeu o bom senso da Assembleia Municipal, pressionada pela população e que ainda vai tomar uma decisão.

E, finalmente, não menos grave, o pagamento pela Executivo de mais 250.000 euros sobre o custo total, para fazer concluir a obra do Pavilhão Desportivo no período eleitoral.

Nem o Executivo, se lhe perguntarem, sabe quantificar o desastre por si criado.

Esta é uma gestão lesiva dos interesses da população e que não deixou de contar com o silêncio cúmplice do Partido Socialista que tem vivido no limbo e diz que vai ressuscitar na pessoa de um profeta fresquinho.

Luis Alexandre

sexta-feira, 20 de março de 2009

AS MÁS COMPANHIAS DO CARTEIRO.

> O carteiro que roubava os cheques das reformas aos velhos
> pensionistas, morre e vai para o inferno. Lá encontra o Diabo que lhe
> diz:
> - Como castigo pelos teus pecados em vida, vais ficar uma eternidade
> dentro de um imenso tanque cheio de m**** e atolado até ao queixo.
>
> Ele olha para o lado e vê a Manela Ferreira Leite dentro do mesmo
> tanque com a m**** só pela cintura.
> O carteiro irritado, chama o demónio e reclama:
>
> - Desculpa lá!! Assim não dá!! Tem dó, eu não roubei tanto assim! Só
> roubei o dinheiro dos reformados de Vila Nova de Gaia, mas nunca
> ninguém conseguiu provar nada contra mim e estou aqui quase afogado em
> m****, enquanto a Manela que roubou a reforma a tantos funcionários
> públicos e pensionistas, está atolada em m**** só até a cintura?
>
> O diabo, muito zangado, olha para a Manela e grita:
>
> - Manela! Sai já de cima da cabeça do Sócrates!!!!!

DECISÃO DE BASE CIENTÍFICA... COMEÇAR A CALÇADA A MEIO!

Porque será que esta calçada começa aqui? Aceitam-se opiniões, sem sorrisos maliciosos.



Albufeira enveredou, em definitivo, por experiências novas. A mais recente, passa por começar uma calçada a meio de uma Rua, cujas obras estão atrasadas mais de 30 dias.

Este processo, que não tem responsável nem razões aparentes, será que introduz uma nova técnica de recuperação, ou serve alguns propósitos em especial?

Os cidadãos têm-se interrogado, trocam observações e ideias e não chegam a conclusões.

A Câmara continua sem dar explicações sobre os atrasos das obras que estão provocando prejuízos vários entre comerciantes e população, tendo desenvolvido, contactos de corredor ou gabinete, com sectores ditos representativos dos interesses no terreno e, possivelmente, explicou-se aí.

Esta nova técnica de começar a meio a calçada, poderá ter nascido nessas conversas de gabinete. Mas continuamos sem ouvir as razões para os atrasos que têm levado os comerciantes ao desespero. As conversas de gabinete devem-se ter esquecido deste pormenor dos prejuízos.

Albufeira, persiste na política de pensar e agir sem respeitar os interesses e a participação dos munícipes. Até quando?


FORUM ALBUFEIRA

SAÚDE MAIS CARA PARA O CONCELHO!














foto algarve reporter







À semelhança do que se passa pelo País, o estado da Saúde em Albufeira também não é o melhor, isto é, não está de boa saúde.

Com uma população fixa crescente e uma população flutuante que atinge gradualmente o pico de 400.000 pessoas em Agosto, estamos a falar de tantas pessoas como aquelas que vivem no conjunto do Algarve.

Os habitantes do Concelho, que rondam os 37.000, têm uma má imagem e experiência dos cuidados que lhes são prestados pelo Centro de Saúde, não sendo um problema de falta de dedicação dos prestadores de serviços, mas uma clara insuficiência de meios. Esperas de 5, 6 ou mais horas para ser atendido, é um mal que se arrasta.

Os responsáveis regionais conhecem o problema e dizem-se apertados pelas políticas centrais de racionalização de custos, que resultam sempre numa sobrecarga sobre médicos, enfermeiros e administrativos e num serviço deficiente e que muitas vezes, raia o ofensivo.

A cobertura domiciliária é insuficiente, os horários de atendimento vão estreitando-se, as camas para idosos para além de deficitárias são caras, mais de metade dos cidadãos não têm médico de família e as especialidades têm de ser procuradas fora com os custos que representam.

Trinta e cinco anos de sistema democrático, traduzem-se por altos e baixos do sistema de Saúde, a instituição do SNS que começou gratuitamente já está debaixo de taxas moderadoras e desarticulado na sua estrutura de proximidade, que tem sido alvo de muitas queixas públicas, pelos constrangimentos que tem causado aos cidadãos e operadores.

O desmantelamento sistemático do SNS, tem tido correspondência na entrada dos privados, que se multiplicam, na ocupação dos espaços abertos com esta intenção.

O privado não acrescenta mais qualidade, recorre a sofístificações, cobre as áreas rentáveis, penetra nos nichos que lhe interessam, o dinheiro do SNS corre para os seus bolsos pela falta de respostas e são inegavelmente mais caros e apresentados aos olhos da população, como necessários.

A maior conquista da democracia parlamentar vai-se desmontando e os seus autores promovem, descaradamente, o mito do serviço privado, que afinal actua com os mesmos profissionais mas não com os mesmos custos.

Os Executivos camarários, têm assistido de cadeira ao desenvolvimento desta política, refugiam-se na argumentação da falta de meios e do carácter nacional da intervenção na Saúde, nos seus programas eleitorais e queixas das populações são vagos e desresponsabilizados.

Os anos passam, os problemas agravam-se, as populações aumentam e as soluções tardam e desviam-se dos objectivos democráticos.

Albufeira está neste parâmetro e o actual Executivo, incapaz de chamar a atenção dos Governos Centrais, que já foram da mesma cor, arrasta-se no argumento de que já disponibilizou terrenos e no interior dos gabinetes, prepara cuidadosamente a entrada dos privados, aproveitando o filão turístico que tem seguros e outras coberturas, que a população do Concelho não tem.

Esta é a política deste Executivo, que tem um hospital privado parado na sua construção e anunciou, no discurso de fim de ano, que ainda em 2009, queriam ver lançada a 1ª pedra de outro, nas Ferreiras.

Em Albufeira, os seus responsáveis, abraçaram claramente a solução: “Tens dinheiro, tens saúde! Não tens dinheiro vais ao público e sujeitas-te!

A política seguida de deixa andar, para criar a ideia da oportunidade e que esta passa pelo desenvolvimento do privado em exclusivo, não tem nada que ver com a absoluta necessidade de bons projectos na área do Turismo de Saúde, com unidades hoteleiras ou outras iniciativas de apoio às convalescenças prolongadas, recuperação de doenças traumáticas, terapia de repouso, de locomoção, de contacto com a natureza e em condições de segurança e num clima favorável.

A Saúde é um factor de suporte dos bons cuidados no funcionamento da actividade turística e, fundamentalmente, tem de estar ao serviço da população sem a qual não há futuro.

Assim haja visão!


Luis Alexandre

quinta-feira, 19 de março de 2009

ATÉ QUANDO OS COMERCIANTES VÃO PAGAR OS ERROS PÚBLICOS?

Os erros de gestão camarária, que se vêm acumulando ao longo dos últimos anos, falhando redondamente na defesa das duas principais centralidades da cidade, vêm ao de cima com grande crueldade e custam o desespero de muitos negócios, famílias de patrões e empregados.

A falta de compreensão sobre a actividade comercial, com a concentração das atenções no sector da construção civil e no desenvolvimento de empresas nos espaços da Guia, em concorrência com as da cidade e em desigualdade de condições de oferta de comodidades, foi o traço da actuação deste Executivo.

Os comerciantes das Areias e da Sá Carneiro, ainda hoje esperam por casas de banho públicas, ordenamento, reforço de iluminação e segurança e os indispensáveis parques de estacionamento, vitais para os fluxos de possíveis clientes.

Tudo isto foi prometido, mas não passou do papel e das palavras!

No centro da cidade, os incumprimentos e os erros, atingem também grande dimensão e gravidade.

O Programa Polis/Câmara, que começou a casa pelo telhado, fechou ruas e eliminou lugares de estacionamento sem ter criado até hoje as alternativas. As empresas de serviços, encurraladas, começaram a debandada levando consigo centenas de empregados e milhares de utilizadores, provocando rombos nos negócios, que vão falindo um a um e os espaços ocupados pelos dinheiros duvidosos dos chineses.

As inundações que vitimaram dezenas de comerciantes e populares, ficaram sem respostas de apoio, apesar das promessas camarárias.

Esta é a modernidade e progresso que este Executivo pratica. Não tem qualquer noção do que faz e para onde quer ir!

Como se todos os erros cometidos não bastassem, ainda adiou as construções dos parques de estacionamento para o princípio do ano para estarem prontos por ocasião das eleições, sem se preocuparem com as consequências negativas para a população e os comerciantes.

Em jeito de provocação, promove um evento no próximo fim-de-semana, que deixa a Avenida da Liberdade de fora. Indo mais longe, ainda coloca placas de desvio dos clientes desta Avenida, empurrando-os para outras direcções, sem atender ao abaixo assinado com largas centenas de assinaturas que reclamam transportes gratuitos para os diversos pontos da baixa.

O Executivo está a seguir uma linha política pouco clara nos propósitos e de todo injusta!

Os comerciantes estão descontentes e querem soluções.


FORUM ALBUFEIRA

quarta-feira, 18 de março de 2009

ORGULHOSAMENTE ÚLTIMOS

Uma das frases que caracterizou o salazarismo e o seu cortejo de desventuras para o povo e o País, a do “orgulhosamente sós”, pode bem vir a ter, nos anos que correm, a sua correspondente num “orgulhosamente últimos”.

A similaridade não existirá para os partidariamente europeístas, sempre confiantes nos lemas centrais fabricados, mas quase sempre distraídos com os resultados. O mesmo não pensarão aqueles que, como eu, há muito se aperceberam da oportunidade perdida e da desconfiança das instâncias europeias para com os processos adoptados para o desenvolvimento do País.

Com a Comunidade a 15, durante anos, os tutores da ideia, deixaram-nos brincar ao gato e ao rato com os gregos pelo último lugar e estes, ainda por cima vieram cá roubar-nos a taça do Europeu, num sector em que temos alguma notoriedade e números agradáveis na exportação de jogadores e, mais recentemente, de treinadores.

Com o alargamento a 27, os portugueses ainda acalentaram as esperanças de os cenários se alterarem. Mais uma vez, funcionava a boa ignorância lusa, servida em bandeja eleitoral, que tem dificuldade estrutural em entender que o problema está nos dirigentes, nos seus programas e também nas suas escolhas.

Não temos que nos preocupar com lugares de ranking, temos sim se conseguimos aproveitar os recursos e sinergias que a nossa integração deveriam permitir. Aqui está o cerne da questão. E também foi aqui que falhámos! Um povo inteiro abraçou uma causa, apenas com base nas afirmações dos seus dirigentes e num desconhecimento total do que representava o passo dado. Aos políticos da altura corria tudo na perfeição.

A entrada na CEE fez-nos bem ao ego. Um argumento retumbante era o de que vinha aí muito dinheiro e os portugueses pensaram em memórias não muito distantes: vem aí um novo Brasil, um negócio da China e a glória da Índia. Foi um esfregar de mãos, que agora estão vazias.

Na altura, ao ouvir falar em dinheiro, o povo arregalou os olhos e entregou-se ao sonho. Fomos levados mais pela mão do que pelo conhecimento. Entrámos com os dois pés e apesar do primado católico sobre as consciências, que se mistura com a superstição, não nos preocupámos em entrar com o pé direito.

Com mais de vinte anos de Comunidade, ainda estão de pé todos os vícios de forma, o tema continua desvalorizado como a participação eleitoral, os políticos nem querem ouvir falar de retrocessos, como se a nossa participação seja um sucesso traduzido em mais qualidade de vida da população.

Os milhares de milhões que vieram para Portugal, estão debaixo da desconfiança das instâncias europeias e do povo português e não produziram nenhum milagre. Já vamos no terceiro Quadro de apoio e Portugal enfrenta a pior crise de sempre, ultrapassando os valores dos anos a seguir ao 25 de Abril.

A Comunidade dos milhões, que partiu do pequeno núcleo dos países ricos, procurou freneticamente mais lucro, ocupou os espaços reclamados contratualmente nos países que foram entrando, serviu-se dos dinheiros que enviavam, deixaram uma parte do bolo para a selvajaria local e não cuidaram de tomar medidas de controlo do sistema financeiro que abortou. A lógica do lucro, sem distribuição social, implodiu o sistema e face às dificuldades, depois dos primeiros tempos de desorientação e regresso ao individualismo nacional, perceberam que iam todos para o fundo e para o degredo, se não mudassem de atitude.

Primeiro trataram de salvar o sistema que os alimenta, segundo injectaram-lhe o dinheiro e o apoio necessário, terceiro viraram-se para os pagadores e esboçaram políticas mais teóricas do que práticas para socorrerem os cidadãos indispensáveis pelo sacrifício e pelo trabalho, para recuperarem o sistema e evitarem o colapso total.

O Algarve, se olhar para trás, poderá compreender os equívocos em que foi lançado pelos seus representantes. A entrada na Comunidade, longe de contribuir para a sustentabilidade, diversificando as suas estruturas, eliminou-as, deu espaço ao Turismo e aos tubarões, que são os primeiros a saltar fora e a pedir ajudas, perante uma crise de larga escala, onde a falta de dinheiro se reflectirá sem dó nem piedade sobre a população e cujos dados se agravarão nos próximos tempos.

O Algarve continua uma região frágil e adiada e a actual geração de políticos, portam-se como baratas tontas e muito longe do caminho.

Luis Alexandre

terça-feira, 17 de março de 2009

UM ESPAÇO VERDE NA PRAÇA LINDA...


A PRAÇA LINDA E O SEU EX-ESPELHO DE ÁGUA E O ESPAÇO DE UMA EX-ÁRVORE EUROPEIA.



Nos discursos oficiais do Executivo, apareciam enfatizadas as palavras respeitantes aos jogos de água que caracterizavam a brilhante intervenção Polis/Câmara em Albufeira.

Este, do Largo Engº Duarte Pacheco foi suprimido, o da Praça dos Pescadores é uma miragem e os da Avenida da Liberdade funcionaram de dois em dois dias até que deixaram de funcionar e as grelhas são verdadeiras armadilhas para cidadãos distraídos.

A companhia de manutenção dos jogos de água da Avenida, sem culpa própria, realizou um contrato milionário de manutenção, aproveitando os erros saborosos de execução.

Sobre este assunto, cujos custos ficaram às costas dos contribuintes do Concelho, nunca se ouviram quaisquer justificações do Executivo camarário, tal como da oposição PS em defesa do Governo, que venderam gato por lebre.

Para quando a grande festa-comício de inauguração da incapacidade conjunta, com os representantes ao mais alto nível?


FORUM ALBUFEIRA

OS ATRASOS DAS OBRAS DAS RUAS CÂNDIDO DOS REIS E 5 DE OUTUBRO.

Agradeciamos a publicação deste nosso comunicado à população e aos comerciantes.


COMUNICADO DA ACOSAL:


Estas obras estiveram previstas para o ano passado, foram adiadas a pedido dos comerciantes para começarem num tempo que permitissem o rigor no cumprimento dos prazos, minimizando os efeitos negativos nas já débeis economias do comércio, restauração e serviços da baixa.

Depois das experiências altamente negativas das obras Polis/Câmara, que agravaram a capacidade financeira das empresas e a perda de milhares de turistas que nos visitavam nos Invernos, todos esperávamos que as promessas camarárias, uma vez que as obras são da sua exclusiva responsabilidade, corressem bem melhor, tendo-nos sido prometido que seriam alvo de uma planificação rigorosa. Na realidade tiveram mais do que tempo para isso mas, infelizmente, não é o que está a acontecer.

Mais uma vez as falhas e os prejuízos, recaem sobre a população e os negócios.

Em qualquer País civilizado e organizado, quando as entidades não cumprem as suas obrigações, são obrigados a indemnizarem os afectados. Na cidade do Porto, há alguns anos atrás, foi o que aconteceu.

Questionada pela ACOSAL, que requereu no dia 6 de Fevereiro, uma reunião com o presidente para se analisar a situação e serem tomadas medidas compatíveis, acontece que até hoje não obtivemos qualquer resposta.

Estão a querer ganhar tempo no terreno e a fugir às suas responsabilidades, furtando-se ao diálogo com os interessados e prejudicados. Não está certo e queremos respostas.

A Direcção

segunda-feira, 16 de março de 2009

O PREÇO DA ÁGUA

O preço médio da água na maioria dos países europeus vai ter de subir porque está muito abaixo do valor real, defendeu um responsável do Banco Europeu de Investimento (BEI).

Em entrevista à Agência Lusa, Luis Veiga Frade, director da divisão de água e protecção ambiental do BEI, explicou que o custo que os consumidores e contribuintes pagam pela água que utilizam está "muito abaixo do seu valor real".Sem receitas suficientes para gerir os custos, é através de empréstimos que se financiam os investimentos na área.

Mas quem empresta precisa de ter garantias "de que há um cashflow que vem dos utilizadores". E, por isso, a solução apontada pelo especialista do Banco Europeu de Investimento é simples: "O preço da água tem de subir"."O utilizador tem capacidade para pagar mais. A conta da água no orçamento familiar não é importante, se comparada com as outras", disse Veiga Frade, defendendo a necessidade de uma "implementação progressiva de uma política real de preços".LUSA


Comentário FORUM ALBUFEIRA:

Este tipo de declarações, proferidas normalmente por pessoas de altos cargos, “insuspeitas”, têm como pano de fundo, preparar a opinião pública para os acontecimentos futuros que terão de ser considerados normais, dada a sua “justiça e inevitabilidade”.

A água é um bem público e está consagrado constitucionalmente como um dos benefícios que devem ser servidos às populações. Os custos desse serviço, terão de ser assumidos pelo orçamento global das autarquias, uma vez que está englobado nas suas competências.

Como é um recurso valioso e de base popular, é natural que desperte a cobiça dos investidores, que vêm aqui mais uma fonte de negócio, precisando que os políticos consagrem as suas pretensões sob a forma de Lei e dar início a todo os processos para a sua privatização e exploração.

A água é vista modernamente como um tipo de “petróleo”, que pode ser cartelizado e usado como fonte de enriquecimento e controle das necessidades das populações, que têm de ser supervisionadas para não “abusarem dos recursos” que vêm da natureza.

Estes argumentos oportunistas, já usados para os recursos do mar e da agricultura, têm apenas como objectivo preparar-nos para o pior, o aumento dos preços da água, debaixo de critérios especulativos, de que são exemplo os preços dos combustíveis e o custo da energia eléctrica, que não pára de subir, apresentando a EDP lucros multimilionários e indecorosos.

A curto prazo, vamos ouvir um coro de vozes dos caciques locais a usarem as opiniões credíveis” deste cavalheiro e do BEI, como justificação para os aumentos.

É só esperar.


domingo, 15 de março de 2009

O ZÉ (SÁ FERNANDES), NÃO FAZ FALTA


Os Partidos políticos portugueses estão completamente desacreditados, sobretudo os do “Bloco Central” de interesses, de que fazem parte PS/PPD-PSD/CDS-PP, que têm governado o País nos últimos 33 anos anos com culpas repartidas pelas permanências de cada um, mas com os mesmos propósitos de se abotoarem nos cofres do erário publico à boa maneira madoffiana de saque das mais valias dos portugueses que de tanto aperto estão completamente asfixiados. São os únicos responsáveis do caos a que tudo isto chegou. Mas, a oposição de esquerda que engloba o PCP e o Bloco de Esquerda, também não estão completamente isentos de culpa, a que isto chegou, uma vez que não sabem como ganhar o eleitorado para as suas causas de modo a que possam influenciar as politicas governativas que evitem o descalabro das sistemáticas guinadas cada vez maiores para a direita, que como todos sabemos, em Portugal pouco ou nada tem de democrática, ao ponto de militantes como Helena Roseta, Manuel Alegre ou Ana Gomes e mais um ou outro serem considerados dentro do PS de extrema esquerda, quando na realidade não passam de democratas.

Ora, estes destacados “socialistas”, não fazem qualquer diferença do grosso dos militantes do PS, que professam uma ideologia de centro direita, e tem sido esse pragmatismo que tem orientado as politicas de direita quando o PS está no poder, desde os inesquecíveis tempos do Dr. Mário Soares que ao meter o socialismo na gaveta, marcou definitivamente o Partido Socialista, que imolou sempre aqueles dirigentes mais à esquerda, como Lopes Cardoso, Salgado Zenha, António Arnault, Henrique de Barros, Edmundo Pedro e mais recentemente João Cravinho que para o calarem o remeteram para Londres, para um super tacho de Administrador do Banco Europeu. O criticável não é o PS ser de esquerda, como obrigatoriamente o devia ser, impensável seria fazer uma politica de direita que já o PSD e pasme-se, o CDS, não praticam quando estão no Governo, o que na realidade inviabiliza completamente uma alternativa politica, pelo que, trocar Sócrates por Ferreira Leite, Santana Lopes, Durão Barroso, Marques Mendes, Filipe Meneses, não vale a pena

Neste ano de 3 eleições de grande impacto, é muito difícil aos Partidos instalados do arco parlamentar, apresentar candidatos com alguma credibilidade como Manuel Alegre que rejeita fazer parte das listas PS, tal é o descrédito a que chegaram os Partidos, que pela primeira vez irão perder muitos eleitores para listas formadas de independentes, sobretudo nas eleições autárquicas, visto que nas legislativas não são autorizadas formações de listas concorrentes de cidadãos independentes, tornando o sistema numa partidocracia, limitando a liberdade de cada cidadão. Quanto às eleições para o parlamento Europeu, é uma eleição sui generis, só chegando a Bruxelas “24 Barões” das nomenclaturas partidárias, e mesmo aí o PS, tem de ir buscar um “independente”, o Dr. Vital Moreira para liderar a lista, depois da recusa de Manuel Alegre e Ferro Rodrigues. Não é por acaso que as eleições europeias (PE), atingem cifras de abstenção superiores a 50% dos eleitores inscritos, o que tira legitimidade aos sortudos barões, Senadores duma Europa falida.

Quando no Congresso do PS, o Secretário Geral, Eng José Sócrates, é eleito por 96% de militantes, então, ainda as aves raras, os nomes de pessoas ditas de centro esquerda, puros sociais democratas, são uma ínfima excepção. Com um quadro ideológico desta péssima qualidade, não se pode o Partido Socialista, reclamar da esquerda, e muito menos da esquerda abrangente e popular, como gosta de dizer José Sócrates. Puro engano que já ninguém acredita porque tem sido sempre a direita a governar nos últimos 33 anos, e para ser mais preciso desde 1926, com um pequeno intervalo que não chegou a dois anos no período “Gonçalvista”, onde na verdade o povo teve voz, pesem todas as contradições dos militares abrilistas. E mesmo com o Bloco de Esquerda a confiança não dá garantia nenhuma, basta ver o exemplo do “Zé faz falta”, José Sá Fernandes que quando se apanhou Vereador a tempo inteiro na Câmara Municipal de Lisboa, despiu logo o fato da esquerda e ultrapassou logo o PS pela direita, é mesmo o braço direito do Presidente António Costa.

Perante este quadro politico ideológico, têm os portugueses toda a razão para estarem descontentes e mesmo revoltados com os seus políticos profissionais e com este sistema que está completamente esgotado. Não precisamos de 250 Deputados, 115 são mais que suficientes. Não precisamos de um 1º Ministro e um Presidente da Republica que não passa de um corta fitas, que não pode fazer nada pelos cidadãos, que não pode demitir um Conselheiro de Estado, mais que suspeito de graves atropelos cívicos ,políticos, económicos, constitucionais, num verdadeiro caso de Policia criminal. Com tal quadro vergonhoso, só temos que nos próximos actos eleitorais não votar nesta classe politica esclerosada, corrupta, perigosa e votar nas listas de cidadãos independentes.

MANUEL AIRES

sábado, 14 de março de 2009

Apontamentos... e reflexões (sobre supermercado Apolónia nos Salgados).

Albufeira, com a sua fama artificial de Concelho rico e estruturado, não pára de induzir em erro muitos investidores.

O prestigiado supermercado Apolónia, com sede em Almancil, onde tem alcançado sucesso empresarial, pelo dinamismo do seu proprietário, que soube em boa hora aproveitar as características de uma área de turismo residencial em expansão, bem apetrechada de infra-estruturas e simultaneamente atractiva, ao fazer os seus investimentos no Concelho de Albufeira, mais propriamente nos Salgados, não está a ter os mesmos resultados.

Mantendo de Inverno um bom ritmo de trabalho na loja de Almancil, nos Salgados a diferença é abismal. E porquê? Contaria o investidor com esta diferença? Terá analisado bem o contexto estrutural e residencial ou ter-lhe-ão soprado algumas histórias de embalar?

A linha de praias desde os Arrifes até aos Salgados é um exemplo do que não se deve fazer, foi barbaramente massificada sem ordenamento e na realidade só funciona no Verão.

Os moradores, naturais ou não do Concelho, ao longo dos últimos 25 anos viram as suas casas serem rodeadas indiscriminadamente de muitas outras e blocos residenciais, que não acrescentaram qualquer beleza e só contribuíram para degradar a paisagem com a sobrecarga da ocupação sazonal.

A estrada até aos Salgados, que na verdade é uma rua muito comprida, tipo EN 125, continua ao longo de todos estes anos a não ter passeios, escapatórias e estacionamentos, num sinal de desinteresse camarário. Os espaços verdes naturais daquela área, foram dizimados e restam meia dúzia de árvores em espaços privados.

Enganou-se o Apolónia, como há muitos anos andam enganados os moradores e compradores.

Luis Alexandre

PIADA PARA DESCONTRAIR!

dois amigos encontram-se, lá para as bandas do Cais Herculano:


- Boa tarde Ti Jaquim.


- Boa tarde é para alguns...

- Vai mal a vida?

- Vai de mal a pior... estes gajos dão cabo disto...

- Deixe lá, muita água vai correr debaixo da ponte.

- Em Albufeira diz-se doutra maneira! "Muita água vai ainda inundar a baixa"!

- Como?

- Embargaram a ribeira, mas ela não vai nisso. Algum dia ainda fala mais alto.

(palavras sábias da ternura do tempo)