shophie caves
O mundo de lés a lés vive dias conturbados. Os Estados Unidos, debaixo de fogo, mudaram a cor da presidência, a velha Europa não mostra a sabedoria da idade, o Portugal dos pequeninos parece órfão e abandonado à sorte das estrelas (diz o ministro) e o Algarve, este quintal de parentes afastados, em época de amendoeiras em flor, vive a ansiedade do que o futuro lhe reserva.
Pelos sinais pouco animadores do Sol de Inverno, quando abrirmos as portas para a época balnear, com a profundidade da crise financeira, vamos esconder as mazelas da sazonalidade devoradora e ninguém está em condições de avaliar o que nos espera.
Os calores de Verão, poderão atingir temperaturas difíceis de suportar e não serem suficientes para aquecerem as necessidades das caixas registadoras e a preparação do frio da próxima invernia, que pode gelar os corações de muitas famílias.
Fala-se de crise, da falta de dinheiro, de garantias aos Bancos para contraírem empréstimos e o admirável nesta história que não é de fadas, há sempre quem tenha para emprestar. Então o dinheiro não desapareceu, pelo menos das mãos de alguns.
As grandes fábricas e empresas, que se aproveitaram da sombra dos dinheiros e privilégios do Estado e nunca foram supervisionadas, declaram falência, fazem as malas, dão tempo a si próprias e vão aparecer noutro lugar, com outro passaporte e outro bilhete de identidade.
Da grande indústria, ao comércio e turismo, os processos são os mesmos e o rastos de miséria que deixam, os políticos estão a postos para os apagarem. São pau para toda a obra.
Em tempos de vacas gordas, os lucros destas empresas, que beneficiaram das isenções de impostos, foram distribuídos pelos accionistas e quando o céu se põe cinzento e os rácios frustram as expectativas, os trabalhadores ficam à porta e debaixo de chuva.
Diferente de outras ocasiões, por razões de consciência pesada e porque é ano de muitas eleições, só mesmo a GNR não ser mandada para proteger a segurança da propriedade.
No meio desta realidade, de desemprego e afundamento familiar, o Estado, compulsivamente, avança com algumas medidas e milhões, que são escandalosamente curtos em comparação com as mordomias postas à disposição de Bancos e sectores empresariais.
O sector do Turismo, que tem sido uma galinha de ovos de ouro em receitas estatais e sem grande esforço da parte deste, face à gravidade da situação, não tem merecido a devida atenção e a visão esclerosada da administração central mantém um ALLGARVE, ridiculamente inferior ao esforço espanhol.
Os Hoteleiros foram os únicos a levantar a voz e os outros sectores vivem na expectativa, por ausência das suas organizações.
O Algarve está debaixo de uma grande tempestade e vão-se passar alguns meses para os rescaldos.
Aumentou o desemprego exponencialmente em comparação com igual período de 2008, aumentou o incumprimento dos compromissos empresariais e familiares, as empresas definham ou encerram, as dificuldades de tesouraria agravam-se e o próximo Inverno pode transformar-se num verdadeiro holocausto, mas o Governo não tem um plano para a nossa Região, que é sem dúvida o elo mais fraco de todo o tecido económico do País.
O Algarve está à deriva e não está a merecer o respeito e a atenção cuidada e específica que merece.
Os políticos representativos da Região, agem como se não se passasse nada e não reclamam as medidas concretas e urgentes que se adaptem à conjuntura específica.
O Algarve pode não ter pão para os que aqui vivem e trabalham, mas tem memória!
Luis Alexandre,
Membro do Forum Albufeira
O mundo de lés a lés vive dias conturbados. Os Estados Unidos, debaixo de fogo, mudaram a cor da presidência, a velha Europa não mostra a sabedoria da idade, o Portugal dos pequeninos parece órfão e abandonado à sorte das estrelas (diz o ministro) e o Algarve, este quintal de parentes afastados, em época de amendoeiras em flor, vive a ansiedade do que o futuro lhe reserva.
Pelos sinais pouco animadores do Sol de Inverno, quando abrirmos as portas para a época balnear, com a profundidade da crise financeira, vamos esconder as mazelas da sazonalidade devoradora e ninguém está em condições de avaliar o que nos espera.
Os calores de Verão, poderão atingir temperaturas difíceis de suportar e não serem suficientes para aquecerem as necessidades das caixas registadoras e a preparação do frio da próxima invernia, que pode gelar os corações de muitas famílias.
Fala-se de crise, da falta de dinheiro, de garantias aos Bancos para contraírem empréstimos e o admirável nesta história que não é de fadas, há sempre quem tenha para emprestar. Então o dinheiro não desapareceu, pelo menos das mãos de alguns.
As grandes fábricas e empresas, que se aproveitaram da sombra dos dinheiros e privilégios do Estado e nunca foram supervisionadas, declaram falência, fazem as malas, dão tempo a si próprias e vão aparecer noutro lugar, com outro passaporte e outro bilhete de identidade.
Da grande indústria, ao comércio e turismo, os processos são os mesmos e o rastos de miséria que deixam, os políticos estão a postos para os apagarem. São pau para toda a obra.
Em tempos de vacas gordas, os lucros destas empresas, que beneficiaram das isenções de impostos, foram distribuídos pelos accionistas e quando o céu se põe cinzento e os rácios frustram as expectativas, os trabalhadores ficam à porta e debaixo de chuva.
Diferente de outras ocasiões, por razões de consciência pesada e porque é ano de muitas eleições, só mesmo a GNR não ser mandada para proteger a segurança da propriedade.
No meio desta realidade, de desemprego e afundamento familiar, o Estado, compulsivamente, avança com algumas medidas e milhões, que são escandalosamente curtos em comparação com as mordomias postas à disposição de Bancos e sectores empresariais.
O sector do Turismo, que tem sido uma galinha de ovos de ouro em receitas estatais e sem grande esforço da parte deste, face à gravidade da situação, não tem merecido a devida atenção e a visão esclerosada da administração central mantém um ALLGARVE, ridiculamente inferior ao esforço espanhol.
Os Hoteleiros foram os únicos a levantar a voz e os outros sectores vivem na expectativa, por ausência das suas organizações.
O Algarve está debaixo de uma grande tempestade e vão-se passar alguns meses para os rescaldos.
Aumentou o desemprego exponencialmente em comparação com igual período de 2008, aumentou o incumprimento dos compromissos empresariais e familiares, as empresas definham ou encerram, as dificuldades de tesouraria agravam-se e o próximo Inverno pode transformar-se num verdadeiro holocausto, mas o Governo não tem um plano para a nossa Região, que é sem dúvida o elo mais fraco de todo o tecido económico do País.
O Algarve está à deriva e não está a merecer o respeito e a atenção cuidada e específica que merece.
Os políticos representativos da Região, agem como se não se passasse nada e não reclamam as medidas concretas e urgentes que se adaptem à conjuntura específica.
O Algarve pode não ter pão para os que aqui vivem e trabalham, mas tem memória!
Luis Alexandre,
Membro do Forum Albufeira
4 comentários:
Excelente texto sobre a situação de crise no Algarve. Toca no cerne da questão mas os políticos da Região lêem e pôem de lado. É o costume. E o deputado ´David Martins, que é a nova coqueluche do saco de gatos do PS, o que tem a dizer? Vai esperar pelas ordens de cima como de costume? Ou vai dizer que o Governo já tomou as medidas para o apoio às pequenas e médias empresas sem se importar se este chega até elas ou não? Abrimos as televisões e os jornais e a toda a hora escutamos as queixas que o dinheiro não chega.
Neste texto, que salienta o carácter diferente do Algarve em relação ao resto do País, é feita uma acusação muito concreta, que a especificidade da Região não foi considerada e que há uma ausência do poder junto da população e das empresas.
De Novembro para a frente, espero sinceramente que a situação não esteja fora de controle...
O dinheiro gasto pelo Polis, olhando para os resultados é uma verdadeira afronta. Voaram mais de 50 milhões de euros e as contas não devem ainda estar fechadas porque há obras a correr.
A cidade podia ter beneficiado deste dinheiro e tinha-se feito melhor se o presidente da Câmara não tivesse aceitado que os técnicos do Polis fizessem o que queriam, sem a participação dos tecnicos da autarquia.
Esta decisão foi contra os interesses dos cidadãos e que pagaram para ver destruir coisas importantes das suas vidas e ainda levaram com as inundações.
E os responsáveis não vão pagar pelo que deixaram fazer ?
O partido socialista, que cada vez mais pretende ser o partido único em Portugal elegeu pelo Algarve 6 deputados. Alguém sabe, para além de seus apoiantes e gajos dos tachos, o que é que eles têm feito de jeito pelo algarve? Aliás conhece-se alguma obra ou algum projecto alguma causa, ideia que dignifique ou melhore o Algarve?
20 Fevereiro 2009 - 00h30
Correio da Manhã
Câmara de Albufeira pede ao Governo para tomar medidas.
Prostituição gera protesto.
A prostituição junto à EN125 preocupa os comerciantes e a autarquia de Albufeira. O presidente da Câmara já enviou mesmo uma carta ao ministro da Administração Interna a pedir a tomada de medidas para resolver o problema.
O assunto foi abordado em reunião de Câmara, tendo o dirigente da Associação de Comércio e Serviços (ACOSAL), Luís Alexandre, referido que esta "actividade afecta a imagem do concelho".
O presidente da autarquia garantiu que tem efectuado pedidos de intervenção à GNR e ao Governo Civil, adiantando que este foi um dos temas abordados numa missiva enviada no final do mês passado ao Governo. Desidério Silva disse ao CM que o problema "não se faz sentir só em Albufeira, mas por todo o Algarve".
Então e a Administração Interna ainda não disse nada? É o conceito de Allgarve para a administração cental é? E o sr. deputado candidato à presidência da câmara o que tem a dizer relativamente a isto? Cala-se, aproveita o tempo que passa na parlamento para propor alguma proposta para tentar resolver a situação, faz o quê?
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