- O alerta de D. José Policarpo, sobre os casamentos inter religiosos pode originar uma tragédia que nem Alá tem solução para o problema sobretudo se for entre uma mulher católica apostólica, romana, nascida na civilização ocidental, com um muçulmano, um judeu, um indu ou qualquer outra religião de perfil dogmático, afirmada numa ortodoxia puramente inflexivel nos actos litúrgicos e nos costumes que tiram drasticamente a liberdade ao cônjuge do sexo feminino, agravado, caso a vivencia permanente seja no País do oriente do cônjuge masculino. Ora, o cardeal Patriarca de Lisboa, limitou-se, e bem, a constatar um facto que ele conhece perfeitamente dos inúmeros casos que lhe têm sido manifestados pelos actores de tais casamentos e suas famílias que desesperadamente pedem auxilio para uma libertação tardia, devido a se ter acreditado no amor, no interesse material ou diversa situação encontrada para embarcar no barco da paixão e rumar para terras da Arabia, do Irão, do Japão ou do Preste João, nas asas do cupido cor de rosa.
Assim como estas prisões sentimentais fracassam, o mesmo acontece com a vila/cidade de Albufeira ao ficar refém do actual executivo da Câmara Municipal, acreditando nas suas promessas de progresso, liberdade, igualdade e fraternidade, acabando ao fim de 8 anos de mandato por um razoável fiasco alicerçado num rol de mentiras politicas, económicas e sociais. Os cidadãos albufeirenses vivem hoje pior do que viviam em 2001. Têm menos riqueza, menos cultura, menos saúde, menos protecção social, porque se apostou no trivial, das realizações desportivas profissionais de craques do pontapé na bola, em mega concertos de artistas estrangeiros em fim de estação e opulentas manifestações de populismo bacoco, de passagens de ano megalómanas, quando se vive uma crise económica mundial de cariz ganancioso, fraudulento e criminoso que obriga os Estados a pagar com dinheiro dos contribuintes todas estas megalomanias do sistema capitalista, que nos largos tempos de prosperidade meteu ao bolso os fabulosos ganhos especulativos.
O que a CM de Albufeira não fez, em 7 anos, não o fará agora em 9 meses que faltam para terminar o 2º mandato e novas eleições se realizarão lá para os idos de Outubro de 2009, estando na hora de prestar contas e não de derramar mais 24 milhões de euros em obras discutíveis, atribuindo 14 milhões de euros à rede viária, que há muito devia estar concluída e mais 10 milhões de euros em construção de edifícios, mamarrachos de cimento armado, quando existe falta de habitação social e ausência de infraestruturas industriais, comerciais, artesanais e de requalificação urbanística que proteja os pequenos e médios comerciantes que todos os dias são obrigados a fechar as portas porque já não auferem receita para pagar as despesas mais primárias. O que se não fez em 7 anos não é possível fazer agora e chorar lágrimas de crocodilo sobre o leite derramado, porque dinheiro é coisa que nunca faltou ao Município de Albufeira, faltou foi capacidade de o gastar nas actividades lucrativas para a população do Concelho expressas em condições de investimento nas empresas que criem emprego sustentado de longo prazo, melhorando o sector sanitário e agrícola, apostando nos jovens e nos desempregados de longa duração. São estes índices que dariam outro rosto ao pequeno Concelho e não obras de fachada como fazem os governantes em fim dos mandatos.
Quem está no poleiro tem sempre aquele desabafo, afirmando que é mais fácil criticar do que fazer. É verdade! Mas, é certo que quem está no poleiro já teve tempo demais e fez pouco. Quem está no poleiro não quer de lá sair e dar oportunidade a quem critica, para demonstrar que sabe, pode e faz melhor. Quem está no poleiro, está grudado, não faz nada de graça, é altamente pago para produzir, mas leva a maior parte do tempo em festas, romarias, viagens por todo o Mundo e de lés a lés no País, e ainda, se apresentam como uns desgraçadinhos que mal têm vagar para comer e estar com a família. Coitados, são uns sacrificados, embora a realidade seja muito diferente, pois quando assumem os lugares vão com uma mão à frente e outra atrás, mas quando saem ao cabo de 4, 8 ou 12 anos têm um património bastante acrescido e pasme-se uma choruda reforma milionária num País onde as medíocres elites, não são exemplo para ninguém.
Será excelente que os ateus, os crentes, os católicos e todos aqueles que adquiriram capacidade eleitoral para votar, sigam o conselho de D. José Policarpo, não “casando/votando” em políticos que já mostraram que valem pouco. Que nada fizeram para melhorar as condições de vida dos albufeirenses, neste Algarve de industria turística, mas que no centro de Faro e outras cidades estão pejadas de bairros de lata, onde não há água potável, saneamento básico, habitação condigna e uma total falta de solidariedade para com os algarvios mais carenciados. Com a crise no auge, todos os dias vão para o desemprego milhares de trabalhadores e o Algarve em Albufeira não são excepção, enquanto os excedentes financeiros dos Municípios podiam ser melhor aplicados.
6 comentários:
Bem vindo sr. Manel Caires mas porque é que os seus textos não aparecem na Avezinha ? Tambem já o calaram ? gostei muito do que está escrito e para mim é tudo verdade e vai haver gente pobre de espirito que não vai gostar, mas isso é mesmo bom.
carlos
O Didi "paga" para não ouvir nem ler o M Caires, pois ele só dá chumbada forte na Câmara, mas há outros sítios onde pode fazer ouvir a sua opinião!
Mas agora é Carnaval, e contaram-me que o Didi vai aparecer no desfile de Paderne fardado de Rei Medieval!
Fui ver no blogue do A Reporter e tá lá.....
Também diz que para não ficar a destoar da quadra, o candidato do PS, David contra Golias,vai vestido de diabo, e só falta a Ana Vidigal aparecer de fantasma....
Já agora, o Alexandre Freitas (cds/pp) podia vir de menino do coro,e o Luis Alexandre de Dom Quixote!
Q ganda Carnaval!!!!!!!!
É uma grande desatenção não chamar as pessoas pelos seus nomes, roça até a má educação, porque os anónimos que me antecederam nos comentários ao extraordinário artigo do Dr. Manuel Aires, como são todos os que ao longo de 4 anos tenho lido na AVEZINHA, chamaram-lhe Manel Caires e M Caires, não está correcto porque o nome de MANUEL AIRES no final do artigo está bem expresso e em letras maiusculas, com E-mail e Blogue, daí não se justificar tal incorrecção, apesar das criticas favoráveis. Quanto ao conteudo nada a dizer a não ser manifestar o meu sincero aplauso ao Dr. Manuel Aires.
A participação do Dr. Manuel Aires neste blogue, com os seus textos de opinião, vem enriquecê-lo, agradará a muitos dos nossos e atrairá muitos mais.
A verticalidade e o espírito esclarecido deste social-democrata, fica expressa no conteúdo deste texto, onde contribui para o enriquecimento do debate de opiniões que pretendem um melhor rumo para o Concelho de Albufeira.
Bem vindo Dr. Manuel Aires!
Mosse Debe até eu que sou tosco gostei de fazer a leitura mas é um pouco comprida e lá pros lados da camara vai muita gente espernear com o que está escrito.
O Dr. Manuel Aires só deve é intervir mais vezes neste forum porque muitas das coisas que escreve são a mais pura das verdades é que para além da questão dos casamentos. E o facto de vir do interior social democrata só devia ser algo de salutar porque não é por alguém ser de um dado partido que não deve ter intervenções mesmo que isso faça alguns dirigentes locais e mesmo pessoal da camara ficar a espernear. É capaz de ser incómodo para os interesses instalados mas ao menos não se resigna e bate-se pelo que acha melhor para a população de Albufeira, com críticas e propostas que devem ser tomadas em linha de conta.
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