A luta de galos… amigos
A inauguração do eixo viário da entrada da cidade e o parque anexo da ribeira, se produziram fogo polémico silenciado no arranque, continuam a arder depois da cerimónia solene.
Escrevendo em resposta na “Avezinha”, o engº Gracias Fernandes, um conhecido desiderista porque recuperado e convidado para presidir a um dos principais departamentos da Câmara, veio soltar a língua em defesa da honra “afectada” nas hostes dos técnicos da edilidade ligados ao projecto.
Esta cobertura da “honra”, permitiu-lhe descambar em insultos a um chamado amigo, no caso Fernando Anastácio (e vá lá que é amigo, se não fosse…), próximo candidato à Câmara Municipal pelo PS, por causa de afirmações de derrapagens de um e auto-elogios de outro – Desidério Silva -, um despesista nato, que em consciência pesada precisou de evidenciar publicamente o seu feito de haver poupado… numa obra.
Gracias Fernandes, engenheiro de formação e neo-fascista de consciência, substituiu o presidente da Câmara em resposta, alegando razões de conhecimento técnico e responsável da obra, as mesmas que não reconhece em Fernando Anastácio e nem o seu defendido possui.
Esta polémica recheada de artificialismos que nega razões políticas e partidárias, afinal o que pretende? Claramente escamotear o despesismo em muitas obras anteriores, mostrando que esta não seguiu esse caminho.
Como não dispomos de números nem conhecemos factos que o sítio da Câmara não explica acerca dos contratos e pormenores do decorrer da obra, não levamos a interpretação desta farsa pelos caminhos que convêm aos contendores.
Preferimos evidenciar as afirmações do ilustre engenheiro, que fala de passagem sobre a falta de licenças para o projecto, declarando: “que a obra foi licenciada pela ARH, embora após o inicio”. A afirmação sai seca e sem delongas, qual anátema sobre quem?....
Outra evidência sobre o licenciamento à posteori é a admissão de que, escreve o engenheiro: “O único trabalho que não estava previsto na empreitada foi o fornecimento e montagem de duas comportas, em ferro, que se entendeu fazer no âmbito do Sistema de Monitorização e Controlo de Cheias da Baixa de Albufeira, no valor de cerca de 68.000 euros + IVA”.
O que se infere que a obra “responsável” arrancou sem planos para o tratamento dos caudais da ribeira, matéria obrigada por lei, que uma denúncia obrigou à intervenção da ARH e à necessária introdução desta despesa, indubitavelmente como atenuadora do que poderá vir a ser uma desgraça no futuro.
Gracias Fernandes, na sua ferocidade contra o amigo Anastácio, chama-lhe mentiroso porque, como técnico responsável da obra, não existem quaisquer riscos ambientais e a obra reduziu o risco de cheias na baixa de Albufeira”. E nestas afirmações estão contidas a exigência de lei de respeitar o histórico dos caudais dos últimos 100 anos? Claro que não! Mas o engenheiro Gracias desafia qualquer técnico a desmenti-lo e à honra do trabalho dos outros técnicos da Câmara…
O engº Gracias Fernandes, braço de Desidério Silva e da sua “obra”, ignora outras opiniões técnicas e até acabou por ver sancionado o trabalho pela ARH…
Mas então o engenheiro neo-fascista não ia executar a obra sem as comportas que apenas serão mezinhas em chuvas anormais?
FORUM ALBUFEIRA
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