O “pau para toda a obra” não foi eleito

Nem à segunda tentativa o condenado Fernando Nobre foi eleito. Passos Coelho, habituado a pedir desculpas, quis dar uma imagem de cumprimento de promessas ao mantê-la indigitado, o que podemos entender como um sinal para a “troika”.

O CDS, parte da nova coligação da direita tradicional foi mais lúcido e percebeu os perigos que representava a eleição do inexperiente e pouco lúcido politicamente, o ainda presidente da AMI.

Quando sobrevierem as medidas mais drásticas sobre o povo português que este Governo está condenado a aplicar e a fazer sancionar na Assembleia da República, o CDS receou as hesitações e contradições deste homem num lugar chave da hierarquia do Estado.

Não deixando de ser uma primeira derrota o desentendimento, a coligação está unida e preparada para o essencial: governar para obrigar o povo português ao pagamento da dívida externa que beneficiou o grande capital nacional e internacional e os políticos intermediários.

Fernando Nobre, médico e destacado interventor na solidariedade, deixou-se levar pela ambição pessoal ao ponto de perder a credibilidade. Restar-lhe-á algum rasgo de lucidez para perceber o volume de medidas que aí vêm e contradizem os seus valores apregoados?

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