O corridinho eleitoral…
de pedra e cal... e já a posicionar-se...
O partido do “socialismo” de gaveta encaixou o desprezo dos algarvios. O menino João considerou numa análise política tão frívola como a sua participação na vida do Algarve, que o resultado “era injusto”. Nem merece mais comentários… e que seja a última vez…
O seu segundo que é primeiro (na distrital) e único (deputado) emergente da região (?!), já ontem evidenciou o seu futuro posicionamento colocando-se estrategicamente no fundo de emplastro televisivo do senhor José Seguro. As suas análises dentro da mesma subjectividade, não diferiram das do chefe de lista, culpando a decisão sobre as portagens.
Pesando a lucidez destes dois artistas inculpados, os algarvios é que lhes ficaram a dever…
Como não há que esperar qualquer luta ideológica onde não há ideologia, a luta interna no P”S” sobre mais uma derrota e o suposto adeus do socratismo, vai apenas trazer movimentações de novos candidatos aos cargos perdidos. Dizem que só no Algarve são mais de 400 a arrumarem papéis para os que se seguem. E as eleições são, afinal, em parte para isto… a alternância das benesses do Estado que levaram à falência.
A perda de 1 deputado e de 9% dos votos recebidos em 2009, faz do PS o primeiro grande perdedor, seguido do B”E”, que de partido da moda baixou para a metade da escolha embora conservando o seu deputado… fantasma… cujas acções não foram reconhecidas…
Na linha da chamada “esquerda” parlamentar, a CDU, cujo secretário-geral não deixou de aclamar o P”S” como da sua área de referência (num eterno namoro não correspondido e preservando estrategicamente as fronteiras que evitem o isolamento no quadro do sistema representativo burguês), elegeu um deputado contando (tal como o B”E”) com a área dos eleitores fantasmas que deram à região mais um elegível. De 2009 para 2011 a CDU sobe menos de 1% e o B”E” desce de 15 para 8%.
O vencedor - o PSD -, que cobriu o mapa do Algarve de laranja sobre o rosa, ganhou na convicção da força do sentimento de revolta da população sobre o desprezo do Governo P”S” pelos problemas criados na região. Alguém responde sobre quais as iniciativas e acções desenvolvidas pelo PSD em prol do Algarve e com resultados na vida das pessoas que só tem piorado? Não? Então só cobrou descontentamento e o futuro será o de espalhar mais…
Miguel Freitas não disse que o P”S” caiu pelas portagens? E o PSD ganha pelas contradições? As portagens, que são mais uma afronta à economia algarvia, não são contudo o único eixo do falhanço e da ausência de políticas específicas.
Com a alternância fatalista, um produto com prazo de validade desta democracia burguesa, deixa uma enorme responsabilidade sobre os ombros dos ganhadores, que choravam a impotência que agora precisam contrariar no uso do poder.
Definido o carrasco governamental para por ordem nas contas do Estado à conta da sobreexploração dos trabalhadores e empresas, o novo Governo PSD/CDS vai mostrar os dentes e aplicar os lados obscuros do programa da “troika”, a que o PS em busca da identidade do novo chefe está obrigado por natureza de classe e de serventuário que o negociou.
É bom que o povo português e os algarvios em particular percebam o que votaram e o que os espera. Uma dívida que não criámos está a ser exigida e os resultados são bem piores do que os que estão visíveis. Convém não esquecermos que nenhum partido parlamentar a recusou… ou exigiu a análise da sua natureza. Mesmo conhecendo melhor do que ninguém as consequências.
Luis Alexandre
1 comentário:
Miguel Freitas é o padrinho do senhor Anastácio e do David vem aí. E nenhum destes dois vai cuspir no prato. O Seguro vai fazer tudo para segurar o presidente que o apoia. O PS é um partido habituado a dar premios a todos, que percam ou não. Já vimos tanta coisa no Algarve que vicios não mudam da noite perdida para o dia, o mês ou anos seguidos. Como diz o Assis, hoje perdemos amanhã vamos lá outra vez.
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